Depois dos hiatos e um retorno bem morno, The Big Bang Theory volta a apresentar bons plots – e aqui a gente agradece, já que entramos na reta final da temporada (faltam 4 episódios) e nada pior que “entrar nas férias” sem um bom encerramento. Dando uma pausa à saga de “quem vai ficar com Raj” e suas consequências, foi a vez de colocar os holofotes sobre outros problemas pelos quais passam os personagens.
Quando uma pessoa confirma presença em dois eventos simultâneos, a gente já espera que nada de bom vai sair dali. E então vem Sheldon, conseguindo trabalhar em dois projetos e fazer contribuições válidas para ambos. O mais curioso é que ele estava com todo esse plano de poupar tempo, inclusive com grandes sentenças, mas acabou perdendo vários minutos explicando o que estava fazendo. Ou seja, não muito eficaz, não é mesmo? De qualquer forma, conseguiu irritar ainda mais os amigos com suas engenhocas e ainda pegou uma gripe bem forte (aliás, muito explicável essa gripe por exaustão, o ser humano não deveria se esforçar tanto).
Aliás, a versão dopada de remédios do Sheldon foi um paralelo com quem bebe e perde a noção de tudo (e como não rir dele pedindo conselhos a Penny, já que a juventude inteira dela foi assim). A maior preocupação era com o caderno que tinha sumido, umas vez que continha uma série de informações secretas do projeto. O que ninguém esperava era que a situação era ainda pior: Sheldon jogou na roda tudo que sabia para um bar inteiro e, mesmo que tenha feito todos prometerem segredo, quem garante que não tinha um dedo duro no meio? Agora fica um questionamento: o quadro que o barman apagou tinha informações já conhecidas pelo cientista ou ele criou novas fórmulas que poderiam revolucionar o projeto?
Apesar da parte comédia ter sido o pior principal, o que mais chamou minha atenção no episódio foi a sequência ao arco de Bernadette-maternidade-carreira. Já não é a primeira vez que abordam o assunto, ela sofreu bastante durante a gravidez, tanto em sua relação com o trabalho quanto com a reação dos colegas. Agora que vai encerrando a licença, é chegada a hora de deixar o convívio diário e delegar a responsabilidade de cuidar de Halley a outra(s) pessoa(s) durante o expediente. Vai ser a primeira vez que ela ficará tanto tempo assim longe da filha e é de partir o coração.
Uma das coisas que mais me surpreendeu foi a reação de Howard diante da aflição de Bernadette. Mais uma vez, palmas para o desenvolvimento que vem dando ao personagem (claro, às vezes quando ele abre a boca ainda sai apenas abobrinha). Foi um belo diálogo mostrando toda cumplicidade que existe entre os dois. Ele a lembrou de que maneira nenhuma ela deve permanecer em algo que não a faz feliz, que ela tem o direito de voltar atrás. E, querendo ou não, somente ela vai saber se voltar a trabalhar é o melhor caminho no momento.
E ainda:
– “Pessoal, antes que as coisas piorem, lembrem-se que o vencedor ganha o Sheldon” – esse prêmio a Amy adora ter sempre, né.
– As histórias do Howard são absurdas né? Como assim ele fica alimentando uma mentira por anos e ainda tirando dinheiro dela para enviar nos cartões de aniversário.
– O Stuart muitas vezes pode ser um estorvo, mas não dá para negar que ele é um amigo muito melhor do que são para ele.
– O melhor do episódio foi, sem a menor sombra de dúvidas, a sequência em que Sheldon dança no bar country, enturma com geral e ainda obriga todos a fazer o “pinky promise”.
– Foi ótimo ver Soft Kitty de volta, não? Lembrando que agora eles podem usar a vontade, já que ganharam a disputa judicial pelos direitos autorais da música.
– Talvez a Amy não tenha gostado muito do retorno da música, já que agora é obrigada a fazer várias versões desafiadoras do clássico.
O próximo episódio se chama “The Separation Agitation” (veja a promo). À princípio, temi por um dos casais da série, mas tudo indica que será o trágico momento em que Bernie começa a trabalhar e deixa a pequena Halley sob cuidado de terceiros. O que acha que vem a seguir em The Big Bang Theory? Vem comentar com a gente!
