The Big Bang Theory – 10×23 The Gyroscopic Collapse

Após vários episódios que se desenrolaram na mudança de Sheldon e Amy para o mesmo apartamento, agora na reta final da temporada, parece que o jogo virou. Desde a dificuldade de aceitação principalmente de Sheldon até os conflitos de dividirem o mesmo espaço, foi um longo caminho que percorreram para chegar nesse estágio harmonioso que estão. Aqui, fica aquele medo deThe Big Bang Theory estar tomando o mesmo rumo sem noção daquelas séries que inventam motivos para separar o casal só para não cair na monotonia. Resumindo: era a hora para essa cartada?

Para o bem ou para o mal, essa oportunidade é incrível para Amy. Ela não só vai ter reconhecimento em sua pesquisa, mas também espaço para perceber que existe vida sem estar grudada em Sheldon. Desde que começaram a namorar, ela aceita tanta coisa que dificilmente todo ser humano aceitaria. E estando em Princeton, ela não vai deixar de manter contato com ele, disso tenho certeza.

Outro ponto positivo foi a sequência de reações de Sheldon. É claro que ele ficou devastado, afinal ele nunca ficou tanto tempo longe dela – salvo aquele episódio em que ele deu a louca e fugiu de casa para passar um tempo com a mãe (curiosamente, também final de temporada). Mas depois da conversa com Leonard, ele percebeu que poderia ser melhor. Ninguém imaginaria que aquele Sheldon da primeira temporada faria uma coisa dessas, não é mesmo? E digo mais: quem diria que ele ainda iria mostrar além de sua insegurança com aquele ciuminho no fim do episódio?

O pequeno colapso emocional de Sheldon não foi só por Amy. Nem imagino o que é a sensação de trabalhar durante um ano em um projeto para que depois ele seja tirado as forças. Ainda estou esperando alguma reviravolta do tipo aquele militar sendo o pai de Howard, mas por enquanto nada disso parece que vai acontecer. Ele só foi muito sacana expulsando os idealizadores do projeto sem nem aviso prévio – não entendo muito dessas coisas, mas isso não é apropriação de trabalho intelectual? Os militares simplesmente usaram os físicos (e o engenheiro) para a primeira fase do projeto e, quando já estava tudo mais fácil, descartaram os coitados.

Mas ninguém se sente mais descartado que Raj. Aquela primeira cena foi de cortar o coração. Enquanto os amigos comemoravam a vitória juntos, ele percebia que de nada fazia parte – deve ser assim que o Stuart se sente todos os dias, mas vida que segue né. Pelo menos agora Raj conseguiu um novo lar para chamar de seu. Não é o melhor nem o que ele esperava, mas só de deixar de ser um peso nos ombros dos amigos já é um começo. Fica aí a esperança de que ele dê a volta por cima e consiga algo mais legal.

E ainda:

– A cena em que as meninas estão andando pelo parque foi tão legal! Seria interessante se a série explorasse mais o “lado de fora” dos cenários.

– O que dizer desse Sheldon todo sofrido vivendo uma música de blues? “Tocando uma música triste num apartamento tão vazio quanto meu coração”. Pesado né?

– Howard e Bernadette são mesmo feitos um para o outro, né? Os dois ficam grudentos sempre que estão “entre projetos” no trabalho. Halley é só um exemplo disso, pelo visto.

– Como será que vai ficar a nova casa de Raj? Espero que mostrem logo no próximo episódio.