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The Flash – 3×10 Borrowing Problems From the Future

Por: em 26 de janeiro de 2017

The Flash – 3×10 Borrowing Problems From the Future

Por: em

Até aqui, 2 temporadas e 9 episódios depois, The Flash usou e abusou do poder de Barry de voltar ao passado e alterar a linha do tempo. Foram vários episódios fundamentados nesse plot, tivemos Flashpoint, toda a primeira parte dessa temporada… Tudo sempre baseado nas mudanças que Bar fez no passado que alteraram o presente. Dessa vez, como o título do episódio já sugeria, a série escolheu explorar outra vertente das viagens no tempo: Mudar o futuro, alterando acontecimentos presentes. Não é preciso ser nenhum gênio para prever que isso vai dar cada vez mais problema e acabar se enrolando demais, mas confesso que fiquei curioso para ver como essa mudança de perspectiva vai afetar a série e os personagens.

Não é exatamente surpresa que Iris tenha sido o ponto de partida para a decisão de Barry. Continuo sem acreditar que a série vá ter coragem de matar a personagem, então o plot não me tinha soado bem quando foi apresentado, mas agora até dá pra entender as motivações do roteiro. A ideia de alterar o presente na tentativa de prevenir o destino de Iris é interessante e, narrativamente falando, abre várias possibilidades que aparentemente serão exploradas nos próximos episódios. O que me surpreendeu positivamente aqui foi Barry já abrir o jogo com Iris e contar o que tinha visto. Há temporadas atrás, ele levaria 2, 3, até 4 episódios e a revelação aqui (mesmo que um tanto forçada pelas atitudes de Wally) mostra que o relacionamento dos dois (e por que não dizer o próprio roteiro da série?) chegou a um nível maior de maturidade, em que não precisa mais se sustentar em meias verdades.

Todos os insights colocados pelo H.R sobre futuro foram bem interessantes. Quem vê muita série e filme de sci-fi sabe que sempre existe um jeitinho de mudar aquilo que vai acontecer, mas existem consequências que precisam ser lidadas. Ligar o destino de Iris ao futuro de outros personagens pelas headlines que apareceram no jornal da TV daquele futuro foi uma ótima estratégia do roteiro para fazer com que o plot soe interessante e relevante, mesmo com a descrença em sua morte. Sabemos que, em 4 meses, Nevasca vai ter tomado o controle de Caitlin, Joe irá honrar a cidade de alguma forma, Gorila Grodd vai atacar novamente e de alguma forma, H.R vai estar presente no momento em que Savitar matar Iris. São informações gerais, mas que podem ajudar o Flash Team a alterar, por meio dos detalhes, o rumo dos acontecimentos.

Quanto a Caitlin e Nevasca, por exemplo. Não dá pra saber se a presença do Julian na equipe vai efetivamente mudar alguma coisa, mas ela está tentando e isso já é muito. A medida em que Nevasca luta pra sair, Snow luta para manter sua humanidade intacta e não sair congelando seus amigos, mas essa é uma guerra difícil de ser vencida. O episódio deu pistas de uma possível aproximação com Julian (não acho que no sentido romântico, mas sim no de parceiros mesmo) e talvez ele consiga encontrar alguma forma de ao menos frear ou atrasar os instintos gelados da vilã. Tom Felton demorou um pouco, mas conseguiu encontrar o tom e o lugar do seu personagem na série, então acredito que vai ser bem interessante assistir a forma como ele vai se encaixar dentro do Team Flash de agora em diante.

Afinal, no fim do dia, Julian ainda é um homem perturbado. Carregando nas costas o peso de mortes que cometeu sem saber e coisas terríveis que fez quando estava sob o controle de Savitar, ele ainda não dorme direito à noite e sente que tem uma dívida a pagar. E, parando pra pensar, quem conseguiria dormir? Mindcontrol é algo que, no mundo real, nós só podemos imaginar e foi bacana ver Barry aceitando o antigo rival na sua equipe, mesmo depois de uma relutância inicial, provavelmente causada pelo estado de confusão mental que o velocista escarlate estava nesse episódio depois de Plunder ter começado seus ataques e a realidade da possível morte de Iris tê-lo atingido em cheio.

E foi esse estado de confusão metal que o fez cometer muitos erros aqui, mais do que ele está acostumado. Cogitar a possibilidade de deixar Plunder solto (pior: se colocar no raio de ataque pra ser atingido por ele) é de uma insanidade no nível que fazia tempo que ele cometia. Descarregar tudo isso em cima de Wally logo em seguida, então. Claro, o West mais novo não é nenhum exemplo a ser seguido e apesar de já estar muito rápido e com controle dos seus poderes, ainda inspira preocupações. Diferente de Barry quando começou, Wally traz consigo aquele ar de superioridade adolescente; aquele sentimento que a gente tem entre os 15-18 anos que nada no mundo pode nos deter, que vamos dominar tudo, que tudo vai ficar bem sempre… Isso aliado a superpoderes, então. É a receita certa para um fracasso retumbante.

Seus gestos impulsivos aqui deram certo mais por sorte que por instinto. Ele conseguiu impedir Barry de fazer uma grande besteira, ouviu um bocado, mas no fim teve seu dia de glória, capturando Plunder para começar a alterar o futuro e se apresentar a cidade como Kid Flash. Mas o caminho a ser percorrido ainda é longo. Não foram aleatórios os momentos em que alguns personagens aleatórios aqui e ali comentam sobre o “velocista amarelo” estar sempre na sombra do Flash e derivados e Wally ainda vai ter que provar muito para si mesmo e para os outros que ele é mais do que um simples sidekick de Barry.

De uma maneira geral, Borrowing Problems from the Future também teve outras subtramas (que comentarei abaixo), mas que ainda não tiveram um grande impacto na trama. Foi um episódio de retorno tranquilo, com o objetivo de estabelecer o Norte que o restante da temporada deve seguir. E, sendo assim, cumpriu muito bem seu papel.

Outros pensamentos:

— A cena inicial foi uma das mais bonitas da série.

— Grant Gustin entrou na cota shirtless do canal quando renovou o contrato? (Não é uma reclamação, pelo contrário. Só uma constatação).

— Todo o plot do Museu da Star Labs foi divertidíssimo, mas ainda não dá pra confiar 100% no H.R.

— Eu quero um Cisco de holograma pra mim agora.

— 23 de maio de 2017. Será a data do season finale?

— Não vai dar muito certo esconder do Joe essa história de mudar o futuro e da possível morte de Iris não…

— E a moça do final, quem será? De certeza, só sabemos que é alguém atrás de H.R… teorias?


E você, o que achou do retorno do velocista da CW? Deixe seu comentário e até semana que vem! 

Fique com a promo de Dead or Alive, episódio de semana que vem:


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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