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The Flash – 3×12 Untouchable

Por: em 11 de fevereiro de 2017

The Flash – 3×12 Untouchable

Por: em

Em mais um episódio sem grandes acontecimentos, The Flash construiu um bom roteiro focado mais uma vez em seus personagens e na velha máxima do “acredite em você, você pode fazer isso, você é mais do que pensa.” De uma forma ou de outra, a jornada de todos em Untouchable foi voltada para o pessoal e para questões relacionadas a autocontrole, dominância de seus próprios poderes e habilidades e também sobre os perigos que isso pode trazer quando se é um super herói.

É claro, estou falando de Wally West, nosso adolescente favorito. Ê garoto que dá trabalho. É bem bacana ver o cuidado que Barry tem com ele e como ele tem se mostrado com potencial para superar o mestre porque mostra que o Flash não possui mais nenhuma ressalva com o fato do garoto ter obtido seus poderes, pelo contrário: Wally agora é a arma secreta de Barry. Ou pelo menos era, até essa responsabilidade e a autoconfiança exacerbada do garoto quase terem colocado tudo a perder no momento em que ele achou que seria uma boa ideia tentar salvar Iris das mãos de Yorkin (o meta-humano da semana, que tinha um tipo de “toque da morte” que desintegrava tudo que ele tocasse) sozinho. Claro que o garoto foi extremamente imprudente, mas eu coloco um pouco dessa culpa na conta de Barry também, que colocou nos ombros dele o peso de tentar salvar Iris de Savitar.

Como comentei semana passada, herói ou não, Wally ainda é um menino e nenhum garoto deveria ter que lidar com uma responsabilidade dessas, que é uma receita de fracasso certa se combinada com o quanto ele se acha preparado e qualificado para salvar a todos. Foi bacana a conversa dele e de Barry depois do acontecimento para que ele entendesse que não há problema nenhum em duvidar de si mesmo e ele ainda tem muito que aprender. Mais importante que ficar se martirizando pelo erro cometido, é correr atrás do prejuízo e tentar arrumar a bagunça, que foi exatamente o que ele fez, ao focar no treinamento sobre vibrações e, enfim, conseguir desenvolver a técnica, que foi a responsável por derrotar Yorkin e salvar Iris e os outros.

Não existe (ou não deveria existir) uma disputa entre Flash e Kid Flash. Os dois precisam se ajudar e trabalhar juntos. Nesse ponto, foi bem bacana a presença de Joanie no episódio. A princípio, a filha de Cecile parecia ser a personagem que iria colocar mais fogo em algum tipo de disputa silenciosa dos dois, mas no fundo, seu papel foi o de dar mais confiança a Wally, mostrando que existem mesmo muitas pessoas que gostam, torcem e vibram com o Kid Flash, o que é mais um motivo para ele corrigir suas falhas de postura e se tornar o herói que o povo merece – e acredita que ele já seja, vale dizer.

Essa questão de “acreditar em si” também foi uma recorrente nos plots de Julian e Caitlin, que estão cada vez mais próximos. Não consigo ver química para um desenvolvimento romântico entre os dois (por mais que isso esteja ficando mais gritante a cada episódio), mas tem sido bacana o modo como as histórias deles estão se conectando. A crise de consciência que acometeu Julian aqui não é inesperada e, devo dizer, soa bastante compreensível. A despeito do começo difícil, já dá pra ver que ele é um cara do bem, que nunca quis fazer nada do que fez quando era o Alquimia, então era bem óbvio que ter jogado na sua cara o quanto ele pode ter feito mal as pessoas sem saber não é algo fácil de se lidar. Olhar para Yorkin era como olhar para tudo que ele foi no passado e nós sabemos que isso nunca é fácil, mesmo que não tenhamos sido possuídos por um vilão e feito coisas moralmente questionáveis.

Mas agora ele tem o apoio de Caitlin, que estava ali para lembrá-lo que, melhor do que tentar enterrar o que aconteceu, é moldar o passado de forma que se extraia algo de bom. E acredito que dá pra dizer que ele seguiu esse conselho a risca quando foi o principal responsável por estimular Caitlin a usar seus poderes de gelo para salvar Iris e, principalmente, quando foi sua voz e sua presença que impediram que Nevasca tomasse conta dela. De uma maneira engraçada, eles transmitem calma um pro outro, como um abrigo no meio da tempestade. Torço, do fundo do coração, para que isso não seja estragado no futuro por um eventual romance, uma morte ou uma traição (afinal, ainda temos aquela profecia do Savitar).

E, finalmente, Iris revelou a Joe que pode ser morta num futuro em breve. Confesso que isso me surpreendeu, mas ao mesmo tempo me deixou feliz, porque era uma história que já estava começando a saturar. A reação dele foi a esperada, passando do choque à dor de quase perdê-la agora ao desejo de lutar para evitar que a tragédia aconteça. O futuro está bem aí e, do que vimos até aqui, não é fácil de ser mudado.

Mas fácil nunca foi, não é, Barry?

Outras observações:

— Al Capone vice presidente em outra Terra? Como assim?

“Sabe, às vezes parece que o Flash é esse cara que meu namorado se torna quando corre para salvar pessoas. Como se eu fossa a única que não entendesse o Flash. Ele parecia separado de você. Mas quando me salvou ontem, eu lembrei que não tenho motivos para ficar com medo. O homem que eu amo é um super-herói.” Como que faz pra torcer menos por esses dois depois dessa última cena maravilhosa??

— Cisco fazendo referência a Jogos Vorazes na apostinha no começo do episódio: Maravilhoso.

— Barry vibrando o trem: Uma das melhores cenas da temporada até aqui

— Outra cena linda: Barry falando pra Joe que ele ainda era o segundo em seu coração.

— Essa semana excepcionalmente a review demorou bem mais a sair por causa de uma semana bem cheia no trabalho. Peço desculpas e já voltamos a programação normal.

— Quando vi o nome de Violett Beane nos créditos iniciais, passei o episódio todo esperando uma aparição da Jessie, que só veio no “pós-crédito”, mas com um gostinho de que tem coisa boa por aí. Grood sequestrou Harry e o levou para Gorilla City, o que quer dizer que o próximo episódio (que será exibido só no dia 21/02) tem tudo para ser eletrizante.

Até lá, confira o trailer e deixe seu comentário! O que achou dessa semana?


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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