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The Flash – 3×21 Cause and Effect/ 3×22 Infatino Street

Por: em 21 de maio de 2017

The Flash – 3×21 Cause and Effect/ 3×22 Infatino Street

Por: em

Às vésperas do season finale de sua mais controversa temporada, a gente tem muito o que comentar sobre The Flash.

Reprodução/CW

A começar por essa explicação para a origem de Savitar. Ok, eu gosto (muito até) da ideia de que ele seja praticamente uma amplificação de toda a dor, ódio e angústia que existem dentro de Barry, mas minha cabeça entrou em parafuso com o fato do ciclo sem começo nem fim, ele sendo uma duplicante temporal criada no Flashpoint e deixada de lado (criada pra destruir o próprio Savitar, que no fim das contas é ele mesmo, ue). Talvez eu preferisse uma explicação mais didática e de fácil entendimento, mas como a gente já teve tanta decepção com esse 3º ano, eu decidi simplesmente aceitar tudo que foi falado e só começar a torcer para que, no encerramento de amanhã, tudo faça mais sentido – ou que pelo menos o final seja menos confuso. Deixando de lado o cérebro fritado, é sim até interessante ver Barry e os outros lutando contra alguém que é igual a ele, alguém que tem todas as memórias, sensações, emoções… mas que converteu tudo isso em ódio e força e se tornou quase o lado negro da speed force (É, referência ruim, eu sei).

Para deixar isso bem claro, “Cause and Effect” acabou soando quase um episódio filler, ao mostrar um Barry sem memória após um plano falho de Cisco de bloquear as memórias de Savitar. Ver aquele Barry sorridente, alegre e sem carregar o peso do mundo nos ombros foi uma experiência interessante, pra nos mostrar como seria uma vida sem dor, sem memórias pesadas e sem responsabilidade. Mas essa vida não existe, é claro. Como contraparte de Savitar, esse Barry foi legal, até engraçado (eu ri um bocado quando ele “descobriu” seus poderes) e foi muito bonitinho os momentos dele com a Iris, mas tão perto do final, a gente precisava mesmo desse plot? É algo que me perguntei assistindo e continuo a me questionar. Tirando esse contraste, alguns momentos interessantes (Savitar se questionando quem é, Nevasca ajudando o time, Wally sem poderes)… seria um episódio quase perdido.

Que Iris tenha que morrer para que Barry sinta tanta dor que faça com que Savitar seja criado não foi nenhuma surpresa – não vou me lembrar direito, mas acho até que vocês comentaram isso na review do 20º episódio. Todo mundo sabe da importância gigantesca que ela tem na vida de Barry, por isso foi legal também que o episódio 21 nos trouxe um ótimo flashback da noite em que Bar chegou na casa de Joe. O pequeno momento em que as duas crianças se ajudam com carinho e amor serve como um prenúncio da relação que estava vindo e por mais “brega” que seja a afirmação de que foi naquele momento em que eles começaram a se apaixonar um pelo outro, não consigo pensar em outra forma de colocar.

Reprodução/CW

E a luta de Barry para salvar Iris é tanta que mesmo uma aliança com Snart surgiu. É claro que eles não são mais os mesmos inimigos que já foram um dia, mas também não são amigos e que Barry tenha ido atrás do Capitão Frio para invadir a ARGUS e roubar a fonte para a bazuca de speed force que Tracy e H.R estavam construindo mostra o nível de desespero. Eu sou muito fã do Wentworth Miller, então foi uma delícia ver Snart e Allen juntos para entrar na empresa de Lyla. Falando na mulher de John, é legal ressaltar também como as ligações com o mundo de Arrow Legends tem sido feitas de maneira cada vez mais sutil, o que me agrada muito. Uma participação como essa, uma mensagem de texto de Felicity para Cisco e tudo o mais. A única coisa que me incomodou na participação da moça é que ela primeiro se negou a entregar ao Barry o bagulho dos Dominadores, fez ele e Snart invadirem o local, enfrentarem o King Shark e no fim, por ter visto Bar salvar a vida de Snart, ela simplesmente decidiu deixá-lo levar o troço. Não é que não faz sentido, mas poxa, teria poupando menos tempo e trabalho se ela o fizesse antes. Mas vida que segue.

São esses pequenas coisas no roteiro que me incomodam muito cada vez que eu paro para analisar esse 3º ano. Por exemplo, o momento em que Savitar aparece disfarçado de Barry na STAR Labs, pergunta onde Iris está e simplesmente recebe sua resposta da boca de H.R. Poxa. Todo mundo ali tinha noção que Barry não podia saber onde Iris estava, ou Savitar saberia. Mesmo se fosse o próprio Barry ali, era algo para ser desconfiado/checado antes de simplesmente dito. H.R pisou muito na bola, mas não vou ficar julgando o cara, porque ele já tá fazendo muito isso por si próprio. Tom Cavanagh é um ator tão bom que, mesmo eu não curtindo muito o H.R, senti compaixão ao ver nos olhos dele a culpa que ele estava carregando por ter praticamente entregado Iris a Savitar.

Seu novo relacionamento com Tracy, inclusive, foi uma das coisas mais legais desse episódio. A cientista é muito carismática e se não fosse a certeza que eu tenho de que foi ele que morreu no lugar de Iris (já chegamos a isso), seria interessante ver essa relação se desenvolvimento. Mas, se for mesmo o caso, nada impende que ela faça algumas boas participações em temporadas vindouras.

Reprodução/CW

Não, eu não acho que Iris tenha morrido. Primeiro, volto a bater na tecla que não acho The Flash corajosa a esse ponto. Arrow matou Laurel, mas já mexeu seus pauzinhos para trazer Katie Cassidy de volta em outra versão e a reação ao acontecimento em si foi negativa demais para eu achar que o canal vai arriscar de novo. Seria interessante demais e eu ia adorar que isso realmente tivesse acontecido, pra ver como seria a construção do luto de Barry e como ele iria fazer para escapar de se tornar Savitar, mas acho mais provável que aquela não seja Iris e sim H.R. Primeiro, a gente viu nesse episódio a caneta que muda a aparência, quase como se o roteiro estivesse nos lembrando da existência dele. Segundo, há a culpa que H.R está carregando por ter entregado o esconderijo de Iris. Terceiro, ele não aparece em momento nenhum na cena. No momento em que Barry atinge Savitar e Iris cai, ele pode muito bem ter surgido, tirado ela de perto e assumido seu lugar de alguma forma. E, quarto, o tom melancólico e de despedida que ele usou com Cisco na última conversa deles. Diria, agora, que tenho 95% de certeza disso. Mas vamos esperar terça-feira pra ver.

Reprodução/CW

E, por último, vamos falar um pouco de Nevasca também. Foi uma ótima surpresa ver que ainda existe um pouco de Caitlin na vilã. No momento em que ela sorri quando está trabalhando com Cisco e os outros no STAR Labs, no momento em que tenta, de maneira sutil, convencer Savitar a não matar Iris… É como se a personalidade maligna ainda não tivesse dominado totalmente o corpo da cientista e, lá dentro, ainda existisse uma parte boa lutando para se sobressair. A luta com Cisco na floresta é a prova disso, quando ela diz que precisa matar o que ainda existe de Caitlin dentro dela. Tivemos apenas o começo da luta e acho que, de alguma forma, ela sairá dessa história sendo novamente Caitlin, mas pra ter certeza teremos que esperar o season finale também.

O ano foi decepcionante, é fato. Mas as expectativas para esse último episódio são boas. Se o saldo final não pode ser revertido, nos resta esperar que, ao menos, uma temporada mediana tenha uma boa conclusão e que uma borracha possa ser passada. A gente promete que finge que esse ano não aconteceu se o próximo for bom, viu CW.


Outras observações:

— Que medo daquele traje com vida própria.

— A cena de Joe e Iris na Terra-2 confessando coisas do passado e dançando foi uma das mais bonitas da série, ever.

— “Pare de tentar vencer Savitar no jogo dele.

— Um dos meus momentos favoritos: Barry falando que o Wally finalmente se tornou o herói que ele acreditava que ele se tornaria.

— Real ou não, a cena da morte da Iris já é uma das melhores da série.

Fique com a promo do season finale. E, até lá, bora debater o que pode ou não acontecer!

 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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