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The Flash – 4×01 The Flash Reborn

Por: em 11 de outubro de 2017

The Flash – 4×01 The Flash Reborn

Por: em

Uma nova temporada de The Flash começou e cá estou eu com a responsabilidade, e o prazer, de comentar com vocês o que foi desse episódio e de cada um dos que ainda virão.

Logo nos primeiros segundos já percebemos algumas diferenças. A abertura foi falada por Iris, uma vez que Barry está preso na força da aceleração desde a season finale da última temporada – o que soma 6 meses de Central City, e do time Flash, tentando sobreviver sem o herói. E também não temos o logo da série aparecendo, apenas os raios.

Vemos a equipe trabalhando juntos, e duro, para manter a cidade a salvo, com Iris na liderança, seguindo em frente como Barry pediu que ela fizesse, e Cisco, Wally e Joe indo às ruas para tentar deter os metas que não dão folga – só que as coisas não tem funcionado muito bem e dos vilões capturados nem todos têm ficado preso. O que faz pesar ainda mais a falta daquele que era o líder do time.

Reprodução/CW

À sua maneira cada personagem tem lidado com a perda daquele que era noivo, filho, irmão e melhor amigo. Iris seguiu à risca a promessa que fez e seguiu em frente, sem ter consigo nenhuma esperança de ter seu amado de volta – afinal de contas ela viu todos os seus sonhos de um futuro se despedaçarem quando o nosso velocista se entregou para a Força da Aceleração.

Joe também seguiu em frente, mas ainda está inconformado com sua perda e sente que precisa se dar ao direito de sofrer o luto pelo filho que perdeu. Wally não demonstra se sente realmente a falta de Barry ou não. Caitlin não está mais entre o grupo, pois precisa descobrir quem ela é no momento e para isso achou necessário abandonar tudo que já lhe era conhecido – e isso inclui os amigos e o trabalho, então quando a encontramos no episódio ela está trabalhando como bartender apesar de suas boas qualificações, como aponta Cisco, e de alguma forma conseguindo controlar seu alter ego do mal.

Esse não perdeu a esperança de que um dia veria o melhor amigo novamente. Ao longo dos seis meses em que Barry esteve preso ele trabalhou em uma forma de trazê-lo de volta, e com a ajuda de todos os especialistas do flash universe e a volta de Caitlin para o laboratório colocou seu plano em prática, utilizando como desculpa a ameaça do novo vilão que surgiu no episódio e exigia enfrentar apenas o Flash. Só que as coisas não saíram como planejado.

Reprodução/CW

Em primeiro lugar Barry não retorna para o local desejado, o espaço onde ele treinou pela primeira vez após descobrir seus poderes. E em segundo ele não retorna como o homem que conhecemos e amamos, como bem diz Iris. Pelo contrário, ele retorna num estado de loucura, sem falar coisa com coisa, como se sua mente estivesse perdida entre todas as suas lembranças. E aqui meus amigos temos a oportunidade de ver outra grande atuação de Grant Gustin, que nunca decepciona.

A partir daí a equipe tenta entender o que está acontecendo com nosso herói. Será que ele está tentando se comunicar através dos símbolos que mais parecem coisa de Krypton ou será que isso foi tudo que restou de Barry depois do tempo que passou na prisão, que para ele pode ter sido muito mais do que meses? Sem esquecer que ainda precisavam resolver a questão do Samuroid, como Cisco, cumprindo com sua função de nomear os vilões, o chamou ao final do episódio, uma vez que o Flash não se encontrava em condições de salvar o dia.

Reprodução/CW

E é aqui que as coisas desandaram um pouco no episódio. A terceira temporada foi um grande divisor de opiniões, e um dos motivos para isso foi o fato de muitos acharem que o roteiro trabalhou de forma preguiçosa o plot do flashpoint. Depois de uma conversa com Joe onde ele diz que a filha precisa ter fé de que as coisas vão dar certo agora que seu noivo voltou a moça toma uma atitude que ainda não consegui decidir se foi loucura ou coragem: ela se entrega ao vilão confiante de que Barry irá voltar a sai e salvá-la.

E é exatamente isso que acontece. Por mais bonito que seja a essência da situação, a demonstração de que o amor dos dois é tão forte, mas tão forte que faz nosso herói voltar ao si, ao mesmo tempo é muito cômoda. Como se o roteiro tivesse medo de lidar com a ausência de seu protagonista por mais alguns episódios.

No geral o episódio foi bom e trouxe ares de recomeço e esperança. Um recomeço para o próprio Flash que retorna se sentindo livre de todas as dores e más lembranças do passado, para o time que mais uma vez está todo reunido – fora Julian, que voltou para Londres, e para o casal que finalmente podem tentar seguir em frente com seus planos de felicidade eterna. E esperança de que essa temporada consiga se recuperar e trazer de volta a série pela qual nos apaixonamos.

Observações:

  • Por trás de toda a história do Samuroid está Kilgore, um vilão bem conhecido dos quadrinhos, que é capaz de controlar tudo que é elétrico.
  • Quem mais levou susto achando que Caitlin tinha libertado seu lado frio quando o Barry levou aquela rajada de gelo?
  • E por falar nela mais alguém está curioso para saber como está funcionando esse “controle” da doutora sobre seu lado vilanesco?
  • Cisco não só trabalhou numa forma de trazer Barry de volta como de quebra criou um novo traje. O menino está de parabéns!
  • Eu sinceramente espero que o Barry tenha uma recaída. As coisas se resolverem muito fáceis assim não é legal.
  • “Bem, acordar com a Gaga não é tão assustador” e “Tá bom Jesus ligeiro” são as melhores frases do episódio. Cortesia de Cisco Ramon.

E vocês o que acharam do episódio? Deu pra se empolgar com as possibilidades ou a série já não é mais a mesma?

 

 


Louise Rezende

Tem memória de elefante pra tudo aquilo que as pessoas costumam chamar de "cultura inútil". Apaixonada por séries, filmes, livros, música e nescau.

Petrópolis/RJ

Série Favorita: Gilmore Girls e One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: Outlander

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