Resoluções.
Acreditando estarem salvos em casa, o segundo episódio dessa quarta temporada Safe tem a missão de continuar a tensão e emoção que se instalou na estréia e, de certa forma, conseguiu. Apesar de algumas ressalvas, a temporada esse ano promete e demonstra o quanto ainda tem fôlego para explorar essa família querida Adams-Foster, sem perder o ritmo e consistência em suas tramas. Agora, com o arco do drama de Nick aparentemente finalizado, a série dará espaço para resolver as pendências da temporada passada.
Stef, então, declara que todos devem ficar trancados em casa sem acesso aos celulares para que estejam seguros enquanto a polícia tratava de procurar por Nick, que mesmo não localizado na escola e a certeza de que realmente estava sob a posse da arma de seu pai, era o culpado por incendiar o galpão. Cercando a casa de cuidados, a tensão na casa se instala já que para o público era claro que Nick estava por lá em algum lugar. Infelizmente, exageraram no tom em dar sustos à cada uma das cenas em que os personagens estavam em ação e pareceu muitas vezes forçado em criar algo que já existia: o medo pela vida de cada membro daquela família.
Mesmo com todos os cuidados, não foi o suficiente para a família notar a presença de Nick na casa. Apenas nos momentos finais é que ele se revela para Mariana e demonstra o quão é instável e doente, nos revelando que parte de seu surto foi causado pelas lembranças de violência que sofrera de seu pai e o quanto isso o afetou. Óbvio que não justifica suas atitudes, mas foi uma boa sacada humanizar o personagem que tão pouco conhecíamos sobre. Nick não quis machucar Mariana, talvez essa nunca fora sua intenção, mas queria acabar com a própria vida. A intercalação de cenas entre o que a família fazia na casa enquanto Mariana tentava acalmar seu namorado e estabelecer sua conexão com ele para que não acabasse com sua vida foi ótima. Mais ainda, foi finalmente respirar com calma quando Stef rende o garoto e ele é levado pelos policiais.
Enquanto isso, as mães ainda tentavam adiar a conversa com Callie e Brandon sobre o relacionamento deles e o receio das mães em tratar sobre isso é visível. A garota ainda se mantém receosa sobre o que as mães podem fazer com ela e essa atitude é a que mais me incômoda, o pessimismo. Já que depois de todo esse tempo em que causou problemas, deveria ser sabido por ela que Stef e Lena nunca desistiriam da adoção dela. Mesmo assim, as consequências desse assunto acabou afetando Brandon, em mais uma das suas decisões imaturas. É impressionante que sendo o mais velho dos irmãos, é o que menos amadureceu durante esses anos. Stef não estava totalmente certa em culpá-lo pelo o que aconteceu em Ildywild, mas por achar que tem dezoito anos e não querer viver sob as leis de sua mãe, resolve sair de casa e ir morar com Cortney, numa clara demonstração que essa decisão não dará muito certo e isso deverá afetar seu relacionamento com a garota, que possui uma bagagem de vida muito maior do que suas namoradas anteriores.
Os problemas do aplicativo Fost and Found tornam-se maiores quando as mensagens de julgamento contra Callie passam dos limites e ela recebe a ajuda de A.J. e Mariana para reverter isso e tomar o controle do projeto das mãos de Justina, para provar de uma vez que ela trabalha para a empresa responsável que causou a morte de Jack. Sendo inevitável esconder a verdade para sua irmã dos ataques e possuindo o apoio dela e de A.J., os três traçam um plano e conseguem hackear o aplicativo para que o cheque que Justina recebeu da empresa seja visto por todos e tornando a missão do site para que consigam justiça pela morte de Jack.
A morte do personagem continua afetando Jude, que sonha com o garoto e percebe que há uma missão para ele. Pedindo ajuda para Lena, os dois conseguem encontrar as cinzas de Jack que foram deixadas no sistema de adoção e resolvem espalhar na árvore que construíram para Frankie, em um momento tocante que além de restabelecer a relação dele com Callie, é significativa pois seu amigo finalmente encontrou um lar.
Foi um episódio de transição e conclusivo para algumas tramas, deixando o terreno para que a série construa o caminho de seu quarto ano e se estabeleça como um dos melhores programas na grade da Freeform depois desses dois apresentados. Vale destacar, que os dois primeiros episódios foram dirigidos por Rob Morrow, responsável pelo 2×18 da série em que Jude e Connor deram o primeiro beijo e o 3×15 da temporada passada, além disso, ele fez uma ponta na série como o namorado da Grandma Sharon, Will.
Observações:
- A.J. mostrando consciência no desperdício de água durante esses tempos de seca. Bom, garoto!
- Ótimo acerto em deixar Jesus com a comédia do episódio, a cena dele correndo com medo do porão e rebatendo Stef que eles não poderiam ler um livro já que faziam isso nos celulares foram as melhores!
- Aliás, as cenas com a família reunida são sempre perfeitas. O que foi eles falando sobre sexo?
- Difícil acreditar que uma policial desconfiada igual Stef tenha deixado de verificar o porão e acreditado que o barulho fossem somente ratos. Ficou estranho…
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