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The Fosters – 4×19 Who Knows/4×20 Until Tomorrow (Season Finale)

Por: em 18 de abril de 2017

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Por: em

Vai ficar tudo bem…

Não, não vai. Nem aqui, nem em San Diego. Não em The Fosters.

Com a missão de fazer uma temporada mais sombria, o drama da família Foster sai de cena em sua quarta temporada com tantas doses de sofrimento, altos e baixos e incansável melodrama que nos deixa temoroso pelo que vem na sua quinta temporada. A reta final do quarto ano não deixou de dar resoluções esperadas e fez isso de forma energética, diria agoniante. Nós temos muito o que comentar, então vamos por partes!

Anchor Beach.

Era fácil prever que a informação de que a escola poderia ser privatizada chegaria aos ouvidos de Lena e, consequentemente, Monte. Foi interessante ver as duas trabalharem juntas para descobrir quem estaria por trás desse golpe contra a escola e, ninguém menos que papai Stratos estava envolvido nessa história. Seu plano de transformar a escola em um ambiente de elite não era somente investimento e sim uma vingança mesquinha contra Mariana e sua família, quem ele culpa pelo transtorno de Nick. Óbvio que os estudantes não ficariam calados e, além de mais um discurso emocionante de Lena sobre qual a proposta da escola desde sua fundação, foi o coro dos alunos embaixo da chuva obrigando o conselho a ouvi-los:

Educação não é um direito só para ricos e brancos!

Além de um tapa, é inspirador a luta dos estudantes pelo lugar que estudam. Mesmo o conselho aprovando a privatização da escola, será que eles voltarão atrás nessa decisão e escutar quem realmente necessita e usufrui da educação de qualidade sem precisar pagar por isso?

O retrocesso de Mariana.

Acompanhar o crescimento da personagem foi importante e tinha tudo para um desenvolvimento digno nessa reta final da temporada, o que não aconteceu. Da latina empoderada e destemida, fomos para uma garota mimada e egoísta em questão de episódios. A terapia parecia ser a ajuda perfeita para a menina superar todos os traumas que passou, mas o que aconteceu foi o contrário.

Talvez, relembrar o passado de abandono durante esse processo justifique toda sua revolta, pois a leva diretamente para a escolha que Ana também poderia ter feito, mas não lhe dá o direito de interferir na vida da melhor amiga e do irmão. É decepcionante rever um reflexo da Mariana do começo da série e espero que seus rumos sejam melhores daqui pra frente.

Jesus, Emma e Brandon.

Um triângulo que só existe para a confusa mente de Jesus. Tomando a temporada para si, o garoto finalmente chamou atenção com um bom desenvolvimento para seu personagem. Nós vimos desde o começo a insegurança de Jesus em relação suas habilidades e relacionamento com Emma e todos esses medos se potencializaram depois de seu acidente. Além disso, foi possível ver uma maior cumplicidade entre ele e Brandon e um ciúmes, que há muito tempo, ele deve guardar para si.

Graças ao irmão, ele enxerga que sexo não é a unica ligação que ele mantém com a namorada e volta a beber os seus remédios, mas não é o suficiente para ele controlar de vez suas inseguranças. Foi muito bom vê-lo descobrir sobre a gravidez e aborção de Emma e compreender toda a situação sem grandes problematizações, ele só não contava com o fato de que toda sua família sabia disso e sequer o contou, principalmente que logo Brandon estivesse envolvido com a história, sendo o suficiente para ele considerar uma traição. Sabemos que nada mais grave deve acontecer, mas vamos torcer  para que os dois se reconciliem e estejam bem até o novo ciclo da série começar.

Callie.

Eu procurei vários motivos e entender o que acontece com a personagem como um todo. Antes de qualquer crítica, nós temos que entender o quão generosa essa garota é, o tanto que ela sente-se sortuda pelo que conquistou e tenta ajudar jovens que não possuem a mesma sorte que ela. Mas suas atitudes impulsivas levam tudo isso por água abaixo e o único pensamento que vem a cabeça é: me ajuda a te defender. Não só a Callie, como os roteiristas. Nós sabemos as qualidades da protagonista, o seu instinto para ajudar, mas não dá pra fechar os olhos quando há uma intensidade de sofrimento na trama dessa garota. Quantas vezes a vimos rir? Ou até mesmo, dar certo em algo? A quinta temporada está batendo ai e eles insistem em jogar a garota nesse buraco.

Mas vamos entender o que aconteceu. Já era de se esperar que quando essa trama de tráfico humano nas ruas de San Diego surgiu do nada e ressuscitaram o Girls United seria para envolver Callie em algo. Foi extremamente válida a discussão e ótimo para fermentar uma season finale, mas totalmente previsível. Não só essa parte da história, como a decepcionante resolução do arrastado caso de assassinato. Quem chegou até aqui e ainda se importava ou entendia alguma coisa disso? Foram tantas informações jogadas que não dava pra reconhecer os personagens dessa trama. E foi simples assim, tinham 24h para achar alguma evidencia que livrasse Callie das acusações e só foi pressionar um pouco aqui e acolá que a confissão de Troy saiu. Com dois personagens centrais trabalhando na polícia, por que raios não fizeram isso antes?

Assim como, haviam tantas possibilidades de resolver o problema quando Callie e Daphne encontraram as garotas fugindo do GU para encontrar o traficante. Callie não enxerga que seus impulsos são praticamente suicidas, pois mesmo que fosse para a cadeia, sua mãe Stef havia lhe garantido que ela não deixaria acontecer. Então, só nos resta esperar e torcer angustiados até 11 de Julho para que ela saia ilesa dessa confusão toda.

Observações:

  • Finalmente, Callie e Brandon lembraram da existência um do outro e, ao que parece, não haverá mais romance entre os dois. Amém?
  • Aliás, os dois podem montar uma dupla e sair cantando por aí.
  • Por mais momentos de irmandade nessa série. As cenas de Brandon e Jesus, Callie e Jude foram muito bonitas.
  • Não entendi muito bem a recusa da Ana em falar sobre o passado na terapia.
  • Por que raios Daphne não impediu a Callie ou ligou para Stef assim que elas saíram?
  • E o celular que foi levado? Meu deus, não da pra aguentar.
  • Retirem essa versão Mariana fofoqueira e tragam ela de volta.
  • Foi realmente muito estranha a cena de Ana, Gabe e Isabella reunidos como uma família perto dos gêmeos. Espero que a depressão dele seja resolvida e não esquecida.
  • Mesmo sendo inocente, Callie tinha que entender que não da pra salvar todo mundo, Kyle é um exemplo disso!

Salvem Anchor Beach, o Jesus e sim: protect Callie at all coasts. Não deixem de comentar o que acharam da reta final de The Fosters e segurem os corações, até Julho pessoal!


Pedro Fernando

Paulistano e nerd. Viciado em livros e séries que possuem bons dramas, seja de fantasia ou ficção científica. Apaixonado por séries desde a época das tardes de ouro do SBT, com Um Maluco No Pedaço e Eu, a Patroa e as Crianças. A partir disso o amor só cresceu!

São Paulo - SP

Série Favorita: The Fosters

Não assiste de jeito nenhum: CSI: Criminal Scene Investigation

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