Alicia Florrick e seu eterno retorno. Dando continuidade ao último episódio, Monday é o primeiro dos nove episódios finais de The Good Wife que finalmente foi cancelada pela CBS. Apesar de ser um episódio fraco, pensando em seu roteiro e ações desenvolvidas, traz questões interessantes para o futuro da série, sendo 1) a caçada aos Florrick 2) o choque de monstro embate entre Alicia e Diane.
O caso da semana rendeu uma trama chata. Howel, T.I. da firma encontra um tablete que será lançado pela Chumhum em breve. O problema é que essa propriedade foi roubada. Neil Gross aciona a TAPS, uma entidade estatal ligada ao governo mas que age ações dúbias, como uma polícia secreta de Gross, gerando um possível caso de conflito de interesse.
Num encontro tumultuoso que conta com o juiz matando insetos no tribunal, o caso acaba sendo resolvido quando Lucca aciona a ideia de liberdade de imprensa, justificando que Howel é um um jornalista, afinal seus tweets tem uma grande popularidade.
Não pretendo gastar mais tempo na trama por ela ser, em si, monótona. Sua força vem num racha causado dentro da Lockhart, Agos & Lee. A dupla Alicia e Lucca mantem-se de modo independente na firma, como se não respondessem às autoridades. Alicia não se percebe como uma associada (afinal ela já teve seu nome na placa da firma). Lucca se vê subordinada à sua ex-sócia e essa tensão impacta no relacionamento mais frágil dentro do prédio: Diane e Alicia.
Ambas já tiveram seus momentos, já se gostaram muito, já se magoaram e mantem a classe. O racha dentro da firma é o conflito entre as leituras dos chefes, Diane e Cary, que acham um tiro no pé entrar em conflito com Chumhum e Alicia e Lucca, confiantes em resolver o problema de Howel (e lucrar com isso).
A cadeira quebrada, o primeiro escritório… Todas essas coisas são lembranças vivas. Retornar ao passado demanda de nós paciência e sabedoria, já que por mais que as situações permaneçam as mesmas, algo em nós mudou. De volta ao mesmo ambiente onde começou, Alicia sente-se descolada por ela mesma não ser quem já fora um dia. A cadeira quebrada é a metáfora visual que o roteiro para sinalizar isso. É apenas uma questão de tempo até que ela perceba essas diferenças irreconciliáveis e mude-se dali. Duvido muito que Alicia abaixe a cabeça.
No time da trama boa tivemos o retorno de Marissa trabalhando num café hipster e sendo cortejado pelo agente Rolland Hlavin que está numa caçada para pegar os Florrick. A trama é boa porque concentra alguns dos melhores personagens dessa temporada, como a própria Marissa, Eli e Ruth, além de inserir mais ação à serie que anda meio morna.
Um governador que perde volta para casa com um alvo em suas costas. O problema é quem o tiro pode atingir antes de fazer sua derradeira vítima. Aqui, a bala ou qualquer outro instrumento vai acertar Alicia, como bem aconselha Ruth. Com o departamento de justiça envolvido, é preciso ter cautelo e sabedoria para saber qual esqueleto será retirado do armário? Seria o retorno de mais uma trama envolvendo fraude eleitoral? O que Peter fez?
A dinâmica entre Marissa e Eli é forte e traz humor ao episódio, mostrando um lado do personagem que pode ser redimido, primeiro pela paternidade e segundo pelo reconhecimento de seus erros, através de Ruth. Eli continua tão fodástico como sempre foi mas sua nova faceta carrega senso de moralidade e justiça mais forte.
O último plano do episódio é carregado de tensão e insegurança, um questionamento sobre o futuro dos personagens. Agora que sabemos o futuro da série, resta saber quais serão os caminhos finais traçados.
p.s.: O próximo episódio conta com a participação da melhor personagem feminina (In my opinion!) dessa trama: Elsbeth Tascioni.
p.s.: Desconforto entre Alicia e Jason. Pensei que mais coisa tivesse acontecido entre um episódio e outro da série. Será que dessa vez o romance engata?
