É, amigos, acabou a temporada! No último sábado foi ao ar a season finale de The Last Kingdom e apesar de todas as dificuldades que um orçamento limitado impõe e de todos os desafios de um roteiro adaptado, podemos ficar muuuito felizes com a beleza de série que a BBC America exibiu nas últimas semanas!
O último episódio teve tudo que uma boa guerra medieval entre ingleses e dinamarqueses poderia ter: estratégia, espada, gritos, sangue, traições, mortes, fidelidade ao rei e reféns. Em apenas um episódio perdemos Iseult, Leofric, Odda e Skorpa, Aethelwold continuou o covarde de sempre e, pasmem, Guthrum tornou-se o mais novo cristão da ilha britânica! Ah, e Uhtred, finalmente (!!!), teve um final glorioso! Além de protagonizar, junto com Beocca (!!!), a cena mais épica da Batalha de Ethandun!
Os primeiros quarenta minutos de episódio confirmaram boa parte do que já esperávamos de alguns personagens. Odda, o jovem, um belo oportunista, Aethelwold, o covarde (mas bem esperto, né) e Uhtred, a peça chave das decisões de guerra de Alfredo. Mas, nessa bela season finale, o mais bacana mesmo foram as surpresas em relação a personagens como Beocca, Odda, Guthrum. O padre Beocca que passou boa parte da série como exemplar representante da igreja, apresentou um humor mais ácido e um potencial bélico importante naquele momento de tensão extrema entre saxões e vikings! Odda não titubeou em eliminar o próprio filho quando percebeu a ganância e traição de Odda, o jovem. E aquela curiosidade toda (que parecia um pouco de respeito também) de Guthrum com o Deus cristão resultou em uma cena bem bonita de batismo! Convenhamos, se teve uma coisa que The Last Kingdom fez muito bem foi apresentar ótimos personagens!
O oitavo episódio também contou com cenas bem emocionantes, o que eu achei super importante para encerrar a temporada e aproximar de vez nós, espectadores, com o enredo e suas histórias. O que foi Uhtred desenterrando o filho? E Alfredo, após a longa vigília, dizendo “As espadas da Inglaterra estão vindo!” e se preparando cofiante para decisiva batalha com o exército de Guthrum! E Uhtred saltando a parede de escudos dinamarquesa e acabando com Skorpa! Essas cenas são belos exemplos do êxito do que venho afirmando em cada review: The Last Kingdom soube articular velocidade narrativa com personagens bem desenvolvidos. É por isso que essas cenas todas fizeram sentido e foram realmente bonitas e atraentes!
The Last Kingdom venceu o desafio de adaptar dois livros primorosos em uma temporada curta e com o orçamento limitado. Assistimos a uma produção bem mais modesta do que Game of Thrones ou Vikings, por exemplo, e a última batalha da temporada, apesar das ótimas cenas de tensão e muito sangue, deu uma super derrapada nos efeitos especiais – reparem só nas cenas abertas, (risos)! Deixando esses detalhes de lado, fomos sem dúvidas presenteados com uma série de qualidade que parece ter pensado muito bem sobre seus limites e objetivos e nos fez amar e odiar Uhtred, Alfredo, Leofric, Brida e tantos outros personagens do grande Bernard Cornwell!
Observações:
– Brida e Ragnar como reféns! Personagens tão maravilhosos que acabaram derrotados e presos! Não tem jeito, né? Guerra é guerra!
– Uhtred conseguiu construir uma personalidade própria no meio de todo aquele jogo político, alianças e traições. A alma dinamarquesa de Uhtred avança sobre terras inglesas em busca de sua nobreza saxã! Renova BBC!
O destino é tudo! Será que vem uma segunda temporada por aí? O que acharam da primeira temporada de The Last Kingdom? Quais seus personagens favoritos? Deixem seus comentários!