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The Librarians: O bom e o mau

Por: em 6 de setembro de 2015

The Librarians: O bom e o mau

Por: em

Os Bibliotecários

The Librarians é uma série de 2014 da TNT, continuação da franquia de filmes televisivos The Librarian, estrelada por Noah Wyle. A série, que conta a história de caçadores/guardiães de artefatos mágicos perigosos denominados bibliotecários, não se tornou ainda muito conhecida, e apesar de já ter segunda temporada garantida não encontrou sua legião própria de fãs. Isso porque não se trata da série mais original, bem produzida, e de melhor roteiro da televisão, mas certamente possui atributos que valem a pena destacar, podendo facilmente agradar fãs de séries como Warehouse 13 e Doctor Who, mais chegados em ficção, aventura e/ou fantasia. O objetivo do post é analisar a primeira temporada, ver o que funcionou e o que não funcionou, para que você decida se vale a pena ou não passar por cima dos pontos negativos e consega se apegar ao universo e aos personagens.

O Bom

Casos interessantes

The Librarians

Para quem gosta de uma boa investigação e uma boa fantasia, a série é uma ótima pedida. Afinal, qualquer equipe do CSI consegue pegar assassinos em série, mas parar  a matança milenar do Minotauro – sim, aquele mesmo do labirinto- não é para qualquer um. A série lida de maneira surpreendente com adaptações mitológicas e releitura de artefatos históricos conhecidos, acessando um arcabouço extenso de mitos do qual retira seus “casos” de maneira criativa e intrigante. Dragões, Casas mal-assombradas, Papai Noel, estão todos presentes, mas não da forma como se espera; a atualização das lendas para os dias atuais é feita de maneira eficaz, de modo que dificilmente a situação parece deslocada.

Trabalho em equipe

The Librarians

O trabalho em grupo é uma das melhores coisas da série, estando a mesma em sua melhor forma quando todos os protagonistas interagem. Cada um na equipe possui seu papel, sua fraqueza e seus atributos, e todos se ajudam para solucionar o caso da semana- claro que com algumas brigas aqui e ali. É bem legal acompanhar quatro pessoas até então estranhas, de personalidades bem destoantes, se tornarem companheiros e amigos. Essa foi em minha opinião a decisão mais acertada da série em sua adaptação, já que no filme Flyyn Carsen (Noah Wyle) agia sozinho.

Bom humor

Bibliotecários também riem

Por mais tensa que esteja a situação, sempre há espaço para uma piada, um comentário sarcástico ou uma provocação entre colegas. São passagens rápidas, que não interferem em nada no desenrolar da trama, mas são bem vindas, especialmente se considerarmos que se trata de um seriado voltado para o público juvenil. Alguns podem considerar esse um ponto negativo, mas não chega à proporção da trama não se levar à sério.

 

O Mau

Roteiro

Os casos tomam repercussões inesperadas, e isso é bom pois deixa tudo menos previsível. O problema é que em diversas situações o desfecho não correspondeu à grandiosidade dos fatos. Durante muitos momentos me senti subestimado, e tive que ter muita boa vontade para aceitar algumas explicações sem nenhum sentido– resguardada a noção de que se trata de uma obra ficcional fantasiosa. Esse foi para mim o ponto mais incômodo, mas vale ressaltar que não é recorrente em todos os episódios.

Trama principal

Os casos da semana são bem legais de se acompanhar, mas o mesmo não pode ser dito da trama “principal” – se é que se pode chamar assim – da busca pela biblioteca. Além de terem sido pouco referidos os avanços de Flynn nesse processo, quando chegou no finale empurraram qualquer coisa mirabolante- e sem sentido algum- para justificar seu retorno. Também sobre o passado de alguns protagonistas são feitas várias insinuações, que se tornam esclarecidas durante uma revelação no final, mas logo é esquecida. O que poderia ter sido explorado de forma interessante foi completamente relegado.

Vilão

Dulaque

O uso de Dulaque (Matt Frewer) foi excessivo, quando em muitos momentos sua presença era desnecessária. Ele figura como idealizador, manipulador e/ou aproveitador das confusões em quase todos os episódios, configurando uma abordagem forçada do roteiro para justificar as tramas. Sua presença constante talvez não fosse algo ruim, não fosse o fato de que ele é um vilão nada carismático e completamente raso, de forma que suas motivações não parecem ser nada mais do que o desejo megalomaníaco de dominar o mundo a qualquer custo- uma noção ultrapassada e maniqueísta, que não cola mais.


E você, leitor? Já deu uma chance à série? O melhor a se fazer é assistir pelo menos três episódios e tirar suas próprias conclusões. Se der essa chance, volte aqui para contar o que achou.


Bernardo Nery

Romântico soteropolitano que adora brincar de poesia. Apaixonado por séries e qualquer tipo de história, pois a vida é feita de pessoas e o que elas têm a contar.

Salvador/BA

Série Favorita: Doctor Who

Não assiste de jeito nenhum: American Horror Story

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