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The Magicians

Por: em 7 de janeiro de 2016

The Magicians

Por: em

Praticamente no escuro. Foi assim que resolvi me aventurar por The Magicians, a nova aposta do Syfy, que estreia oficialmente em 25 de janeiro. A única informação que tinha a respeito da série era que ela parecia “uma mistura de Harry Potter e As Crônicas de Nárnia”. O que poderia significar inúmeras coisas, tanto maravilhosas quanto catastróficas, mas, decidida a manter minhas promessas de ano novo (bom, pelos menos nessas primeiras semanas de 2016) e evitar criar expectativas desnecessárias, apenas me sentei em frente ao computador e assisti ao episódio, que acabou se mostrando uma boa aposta para uma tarde chuvosa de férias.

Baseada na saga de livros Os Magos, de Lev Grossman, a série acompanha Quentin Coldwater (Jason Ralph), um jovem extremamente inteligente, mas que não consegue se adaptar ao mundo em que vive, tendo uma constante sensação de não pertencimento, o que o levou a ser diagnosticado com depressão. Apaixonado por fantasia e principalmente pelos livros The Fillory and Further – que narram as aventuras de três irmãos que descobrem em um relógio antigo a passagem para um mundo mágico (sim, você já viu algo parecido em algum lugar) – o jovem acaba descobrindo que o que considerava ficção é mais real do que poderia imaginar, quando consegue uma vaga na universidade de magia Brakebills. Ainda assim, como nem tudo pode ser perfeito, um antigo mal está retornando e Quentin está de algum modo ligado a isso.

The Magicians

A premissa é interessante, mas não o suficiente para tornar o piloto perfeito. A duração de cinquenta minutos demanda agilidade e não é isso o que vemos aqui. The Magicians não faz esforço para apresentar sua trama de forma rápida, na verdade, em alguns momentos pode chegar a soar entediante e arrastada. É claro que é importante considerar que a série se propõe a introduzir um universo novo e se esse contanto inicial se desse de forma atropelada dificilmente compreenderíamos o desenrolar da história. Ainda assim, não é possível negar que existe um problema no ritmo e na falta ação durante boa parte do episódio, ficando para os minutos finais os acontecimentos impactantes, que além de bens construídos, conseguem deixar a sensação de quero mais.

Talvez investir em um episódio lento com final explosivo seja um artifício arriscado, no entanto, compreendo a proposta. Estamos sendo guiados por Quentin e descobrindo as peculiaridades desse mundo mágico juntamente com o rapaz. As questões e perguntas deixadas em aberto contribuem para o tom misterioso da série e, consequentemente, para despertar a curiosidade. Contudo, são os personagens e a possibilidade de se conectar com eles  que faz com que a série conquiste (ou não) um lugar na sua grade. Pelo menos, foi assim comigo. Tendo crescido como uma leitora voraz de fantasia e amante incondicional de Harry Potter foi fácil me colocar na pele do protagonista e me questionei constantemente o que faria se estivesse em seu lugar.

The Magicians

Fica fácil também entender Julia (Stella Maeve), a melhor amiga e aparente paixão platônica de Quentin, que descobre sobre a Brakebills, mas não tem magia suficiente para fazer parte de seu corpo docente. Chamam atenção ainda Alice (Olivia Taylor Dudley) uma jovem talentosa vinda de uma família de magos e Dean Fogg (Rick Worthy), o misterioso diretor da universidade. Os demais personagens têm pouco tempo em cena, mas já isso é suficiente para que mostrem que terão alguma relevância para a trama e possuem mais carisma que o protagonista.

É cedo para dizer o que esperar de The Magicians. A trama principal ainda não está completamente clara e muita coisa fica em aberto, a falta de ação pode incomodar em determinados momentos, assim como algumas atuações. Todavia, o apresentado até agora é capaz de interessar, os efeitos especiais são ótimos e o mesmo pode ser dito da trilha sonora. Além disso, a trama apresentada, a construção das cenas em que magia é utilizada e as lembranças de obras clássicas que surgem imediatamente em sua cabeça quando se assiste ao episódio fazem com que a série seja uma boa pedida para os amantes de fantasia. Bastou um contato de cinquenta minutos para que me pegasse imaginando que, já que minha carta de Hogwarts nunca chegou, posso ter a esperança de que a universidade de Brakebills  tenha uma vaga reservada para mim. Isso, certamente, é um ponto positivo da série e mostra que The Magicians possuí potencial, resta saber como ele será utilizado.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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