Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

The Originals – 3×22 The Bloody Crown (Season Finale)

Por: em 23 de maio de 2016

The Originals – 3×22 The Bloody Crown (Season Finale)

Por: em

Tudo que a gente nunca imaginou acontecendo, aconteceu.

originals-322-marcel

Com um episódio incrível (e bastante imprevisível), The Originals fechou seu terceiro ano de maneira irretocável, conseguindo colocar seus protagonistas em uma posição completamente contrária a tudo que tínhamos visto até aqui. Depois do ‘assassinato’ de Marcel na última semana, era de se esperar que ele retornasse com sangue nos olhos – só que, pelo menos eu, não achei que ele iria tão longe. Ao morder Elijah e Kol logo nos primeiro minutos do season finale, o novo rei do French Quarter iniciou uma caça aos Mikaelson sem volta, mesmo com o apelo do retorno de Rebekah (sempre muito bem vinda). O que me incomoda mais nessa personalidade enfurecida de Marcel é que, ao clamar por uma justiça que simplesmente não existe no mundo vampiro – afinal eles são predadores e, na lei da sobrevivência, quem permanece vivo é o mais forte -, ele se coloca como aquele que tem o direito de julgar o que é certo ou errado. Ele julga Klaus pela seu complexo de Deus, de mudar a vida dos outros mesmo quando não tinha “direito”, mas como o que ele está fazendo é diferente?

Os efeitos disso já ecoam por todo o roteiro. Vincent mesmo é um que se mostra arrependido pela precipitada aliança com o vampiro, tendo como argumento mais forte a chacina da igreja, numa cena um tanto assustadora pelo número de corpos e quantidade de sangue espalhada. Seguindo na sua invocação do bom e velho “olho por olho, dente por dente”, Marcel, no meio daquele circo ridículo que armou, se colocou a julgar Klaus por cada um dos seus “crimes”. E mesmo se colocando como superior, acabou enganado pela encenação do híbrido e de sua irmã  Rebekah, que apelou para os sentimentos do passado numa franca tentativa de mudar o rumo daquela situação. Quando colocamos a situação toda na nossa frente, com todas as implicações que estavam acontecendo, talvez essa fosse a única solução, mesmo que seja muito dolorida para a gente assistir.

originals-322-klaus

Toda a espiral de culpa que sempre carregou nas costas talvez tenha sido o que moveu Klaus na decisão que tomou. Ao escolher se sacrificar em nome de toda a sua família, o híbrido comprovou para todos que ama que sempre levou o “always and forever” a série, mesmo que do seu jeito torto e autoritário. No fundo, suas decisões foram tomadas sempre baseadas no amor que tinha pela sua família e isso, como Rebekah mesmo apontou, ninguém pode ou tem direito de julgar, afinal até onde você iria para proteger uma pessoa que você ama? Foi duro ver Klaus sofrendo daquela maneira, sendo torturado psicologicamente e preso numa falsa tumba – esse encaminhamento do roteiro vem de encontro com o que vimos nos flashfowards de The Vampire Diaries, quando Caroline visita New Orleans e Klaus está desaparecido por três anos, o que deve significar que Hayley ainda não encontrou todas as curas para salvar a família Mikaelson.

Já que chegamos nela, a loba híbrida terá um papel fundamental no quarto ano da série. Ela é a única que restou nessa bagunça toda criada por Marcel e terá a dura missão de encontrar uma cura para a mordida fatal da mistura das sete matilhas, para a maldição de Rebekah e para o envenenamento de Freya. Acho bacana o roteiro colocá-la como protagonista e, principalmente, como parte da família. Ela foi a personagem que mais se ateve a esta controversa família, mesmo em momentos que todo o resto já tinha desistido. Dói o coração ver que esse era o momento dela com Elijah, mais uma vez interrompido – agora ainda mais drasticamente. É estranho pensar que, quando o quarto ano começar, ela e Marcel serão os únicos “vivos”, fazendo da dinâmica da série muito diferente da que estamos acostumados – o que não me desanima nem um pouco.

Alguns acharam a salvação dos Originais muito conveniente, mas em um mundo onde existe magia, dificilmente algo não será. Achei bem interessante a série retomar o feitiço que ligava Freya a Dhalia, agora de uma forma ainda mais emocional. Gosto muito do roteiro não se prestar a matar Kol novamente ou se livrar de Rebekah para tornar as coisas mais convenientes em questão de logística para gravação. Mias do que nunca, é importante que todos os Originais estejam ali, mesmo que em uma presença longínqua. A emoção de Rebekah ao final do episódio foi uma representação de tudo que estávamos sentindo ao ver que, finalmente, Klaus evoluiu o suficiente para um ato altruísta como o que fez. Definitivamente tudo irá mudar a partir daqui.

originals-322-mikaelson

Uma pena que a série da família Original só volta no ano que vem por decisão da CW. Até lá, nos resta arriscar palpites sobre qual será o futuro dessa família que aprendemos a amar. Muito obrigado pela companhia aqui nos textos e nos vemos em breve por aqui!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

×