Com o encerramento desta temporada, The Royals prova que é muito mais que uma série teen. Não se seduzindo com tramas fáceis e apostando todas suas fichas em um plot mais adulto e sinuoso, torna-se impossível não reconhecer que seu terceiro ano foi o seu melhor até aqui.
To Show My Duty in Your Coronation não foi tão impactante como o final da segunda temporada, porém encerrou todas as histórias que inseriu neste ano e deixando o expectador com aquela ansiedade costumeira dos season finale. A descoberta de Liam foi um tanto anticlimática, pois todos nós já saibamos que Robert escolheu ficar na ilha. Assim, esperava que o roteiro traria realmente uma novidade, porém preferiram deixar para o ano que vem.
E, falando sobre o novo Rei da Inglaterra que vilão teremos meus amigos, que vilão! O jogo de xadrez foi uma metáfora mais que explicita para tudo o Robbie fez durante toda a temporada. Contudo, a revelação de Simon acerca da dissolução da Monarquia porque sabia que seu primogênito não seria um bom Rei me deixou várias suspeitas. Acredito que o assassinato de seu pai pode não ter sido complementarmente desvendado e não ficaria surpresa se Ted fosse apenas um “peão” utilizado por Robert para que pudesse retornar triunfante para a posição que sempre desejou.
A manipulação e a vingança corre gene do novo Rei, a revelação de que ele sabia do relacionamento de Kathryn com seu irmão e agora seu provavelmente envolvimento com Wilhelmina mostra o quão perverso e nada nobre sua Alteza é. Se com Cyrus tínhamos um vilão bem caricato e divertido, prevejo que Robert será um antagonista muito mais sóbrio e calculista, porém já muito bem construído com todo o enredo desta temporada.
Liam novamente ficou com o papel de bom moço, no entanto, aparentemente toda aquela passividade ficou no passado. Na nova temporada, ao que tudo indica Sparrow irá expor todos os podres da Monarquia. Gostei muito da atuação de William Moseley durante toda a temporada, o drama de ser retirado dos holofotes o torna humano e, assim, muito mais fácil de identificação do público. A trajetória do herói está presente em quase todas as suas cenas, porém mesmo sendo previsível o enredo em alguns momentos, o brilho da sua atuação permaneceu. Agora, aliado a Cyrus o caçula poderá ter outros bons momentos e torço para que seus interesses amorosos não sejam tão complicados como foram até então.
Neste ano Eleanor resolveu se entregar para o amor e este foi o grande foco da personagem. Pode parecer que não entre idas e vindas com Jasper a história não flui ou não saiu do lugar que estava a um ano atrás. No entanto, o amadurecimento e a evolução da princesa são perceptíveis ao decorrer do terceiro ano, a princesa conseguiu amar e ser amada (ainda que brevemente) deixou de ser tão egoísta e melhorou o relacionamento com a mãe. A relação entre mãe e filha destacada, ainda que brevemente, mostra afetuosa sendo que Queen Helena espera que a filha não cometa os mesmos erros que fez na sua juventude.
The Royals transcende os temas da realeza e, assim, busca enfatizar histórias reais que qualquer súdito pode se relacionar: amor, problemas familiares, perda… Com uma ótima trilha sonora e bons diálogos, até as cenas clichês típicas de dramas adolescentes passam a ter um outro olhar encantando mais e mais expectadores.
E agora o que será da Inglaterra com Robert na liderança? Não esquece de comentar o que achou… Obrigada a todos por lerem e comentarem as review’s e até o ano que vem… 😉
