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The Vampire Diaries – 8×02 Today Will Be Different

Por: em 30 de outubro de 2016

The Vampire Diaries – 8×02 Today Will Be Different

Por: em

“Querido diário, hoje será diferente. Tem que ser. Eu vou sorrir e as pessoas vão acreditar na minha felicidade. Meu sorriso dirá ‘Eu estou bem, obrigada. Eu estou muito melhor’. Eu não serei mais a pobre garota que perdeu os pais. Eu começarei de novo, serie uma nova pessoa. Essa é a única maneira de sobreviver a tudo isso.”

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Essas foram as palavras de Elena lá no piloto de The Vampire Diaries, quando enfrentava a dor absurda da perda de seus pais. De lá para cá, passamos por muitos momentos, mas é engraçado perceber o quanto essa citação encaixa perfeitamente em tudo que vimos no segundo episódio dessa temporada final. Enquanto aprofundamos superficialmente o nosso conhecimento sobre Sybil, entendemos como os personagens farão para sobreviver a todo esse momento que parece ser um dos piores que já viveram.

Quando soubemos as primeiras notícias sobre esse novo ano, o prenúncio de um grande vilão foi instaurado. Hoje ele faz mais sentido do que nunca. Sybil tem contornos que nos lembram nomes como Klaus ou até mesmo Katherine, mesmo com um pouco menos de carisma. Me arrisco em dizer que ela consegue ser pior, porque não tem pudor algum. Se desconfiávamos disso, a dúvida acaba no momento em que ela assassina Sarah Salvatore e faz com que Stefan assista a tudo, paralisado. Apesar da mitologia das sereias ainda ser algo extremamente novo para gente, já sabemos que elas tem uma ligação direta com o inferno (ou pelo menos o roteiro quer que a gente acredite nisso) e que são fortes, muito fortes. Quando Stefan quebra o pescoço dela e, mesmo assim, ela levanta como se nada tivesse acontecido, me fez pensar que ela pode ser a pior coisa que já vimos. Além de tudo, ela controla completamente a mente das pessoas, tendo o poder de determinar como cada um agirá, atingindo seus pontos mais fracos.

É nesse ponto que pegamos a fragilidade de Damon, que lutava silenciosamente até agora. Suas memórias de Elena, mais especificamente seu primeiro encontro com a menina, foram substituídas, aumentando ainda mais seu devoção por Sybil. Se as coisas já estavam complicadas antes, agora o cenário ganha contornos ainda mais trágicos. O que é interessante notar é que mesmo longe da série, a presença de Nina Dobrev nunca foi tão forte como no começo dessa nova temporada, o que reforça o meu discurso de que tudo que estamos vendo converge para o aparecimento da garota em algum ponto da trama que estamos assistindo (ainda mais depois que a atriz confirmou estar disposta a voltar para finalizar a história da sua personagem). Só que agora, diferente da semana passada, eu não vejo um final feliz no nosso futuro. Talvez todo o caminho que temos pela frente seja de sofrimento e provação, o que pode indicar uma dura temporada.

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Agora é complicado entender as motivações de Bonnie, que larga os amigos para tentar recuperar o amor. Tudo bem que a garota tenha passado pelo inferno nos últimos anos, mas isso pouco justifica o seu egoísmo, que acaba acarretando na trágica morte de Sarah. Mesmo com os momentos bonitinhos dela perto de Enzo, que resiste muito mais e começa a pagar por isso, acho um baita tiro no pé apostar que conseguirá resolver tudo sozinha, ainda mais sem seus poderes bruxos. O que ela conseguiu foi colocar sua vida nas mãos de Sybil, que agora tem conhecimento do amor de Enzo e fará qualquer coisa para acabar com esse vínculo que o impede de ser pleno na missão de acompanhar Sybil e seu plano diabólico que ainda não temos muita noção do que é.

O surto no final do episódio com Caroline remete diretamente ao discurso de Elena do piloto. Bonnie veio arrumando maneiras de sobreviver até agora e, talvez, esteja no seu limite. No limite da solidão, no limite do cansaço. Mas é bom que ela se prepare para travar a briga que comprou. Da mesma maneira, Stefan e Caroline buscam suas próprias maneiras de seguir. Stefan sempre foi o ser mais altruísta dessa série e vê-lo se culpar por algo que não tinha o que fazer, chega a me doer no coração. Se tem alguém que merece doses de felicidade, é ele e Caroline chega em sua vida exatamente para lembrar que o vampiro também tem o direito de ser feliz.

Apesar de ter lido em alguns lugares que eles poderiam “estar apressando” a relação, não acredito nisso. Juntos, eles já passaram por coisas demais, já venceram muito para viver esse relacionamento. Eles já moram juntos, já conhecem a realidade um do outro, já estão fadados a eternidade. Então, por que não passá-la juntos? O pedido de casamento, apesar de pouco convencional, foi um momento muito bonito para a história dos dois e desconfio que, mesmo a gente querendo muito, esse fácil final feliz não deve acontecer. Nada é fácil na vida desses personagens, mas a gente fica na torcida para que dê tudo certo.

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A parte desconexa fica com a linha narrativa de Alaric, que soa bastante confusa para mim. Sei que ele está investigando a tal da caverna onde a sereia esteve esse tempo todo e agora temos o lance do símbolo da morte que a assistente viu quando quase morreu. Tem também o objeto que lembra um tridente e tem o símbolo calcado em sua estrutura. Mas, e aí? Como que isso está vinculado com o resto? Claro que isso sou eu sendo ansioso, tenho certeza que a conexão surgirá em algum momento, mas sigo intrigado. Acho que não é nenhum absurdo cogitar um envolvimento dele com a babá, né? Só não vê quem não quer que tem alguma coisa rolando ali.

Assim, seguimos na temporada e com perspectivas boas. Depois do primeiro episódio, meu medo era que eles errassem na mão, mas isso não aconteceu e o segundo transcorreu que foi uma beleza. Agora é aguardar e torcer que esse último ano mantenha o ritmo e a qualidade, nos entregando o final que merecemos. Dá uma espiada no que vai rolar no próximo episódio:


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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