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The Vampire Diaries – 8×08 We Have History Together

Por: em 16 de janeiro de 2017

The Vampire Diaries – 8×08 We Have History Together

Por: em

Depois de uma pausa de final de ano, The Vampire Diaries retorna em sua temporada final com um episódio que ficou bem abaixo das expectativas. E é bem duro admitir isso depois de sete episódios que entregaram uma qualidade além do normal. Com “We Have History Together”, demos um passo para trás e revisitamos algumas tramas já muito esgotadas anteriormente. Não tenho nenhum problema em usar o lado mais animal da transformação de Stefan ou de retomar os sentimentos de Damon, mas utilizar das mesmas abordagens é pedir um pouco demais da gente, não é não?

Diferente do que esperava, a série deu um salto de três semanas, assim como o tempo que ficamos longe dela, e reencontramos or irmãos Salvatore completamente transformados pela missão designada por Cade. Enquanto o demônio parece seguir na sua vida tranquila e pacata do inferno, onde só espera os corpos chegarem, vemos o lado mais precário dos vampiros, principalmente de Stefan. Era muito claro que seu auto controle não iria sobreviver a tanto sangue e isso já começa a dar sinais logo no começo do episódio, confirmando de vez nos minutos finais. Stefan é um estripador. Isso pode estar adormecido dentro dele, até porque foi uma luta interna que ele travou por muito tempo, mas ainda está ali. Quando desligou sua humanidade, o vampiro abriu espaço para que tudo isso retornasse a superfície, com a intensidade de anos para aflorar. 

Por isso não é estranho ver a maneira que ele apresenta seu descontrole na cena final do hospital. O cenário perturbador é um retrato cru e fiel da mente de Stefan, sempre atormentada pelas escolhas que fez no passado e, no fundo, acreditando que tudo que fez é o suficiente para fadá-lo a um destino tão horrível quanto o que deu para suas vítimas. Damon percebe que o caminho que o irmão está tomando é sem volta, mas há realmente algo que se possa fazer? Ao desligar a humanidade, Stefan vira um monstro cruel e, talvez, só Caroline pudesse o tirar desse espiral de pesadelos que está vivendo. Todos entendem seu sacrifício, entendem que ele não está no controle, mas será que ele mesmo será capaz de se perdoar quando tomar consciência do rastro de sangue que deixou para trás no ano que serviu Cade? Muito difícil. Por isso que quando falamos de um final pouco feliz para a série, ele parece fazer cada vez mais sentido. 

Enquanto isso, vimos Damon encarar seus próprios demônios ao ter que provar para o irmão que não se importava quando, na real, seguia o caminho oposto. Eu tenho que aplaudir a produção de The Vampire Diaries pela capacidade que eles tem de encontrar meninas parecidas com Nina Dobrev. Quando bati o olho na médica que acabou mexendo bastante com o emocional do nosso vampiro, eu até me assustei. Como apontado por Stefan, ela era uma sombra de Elena. Cheia de sonhos, perdeu os pais, médica. E isso mexe com Damon que se prende a memória da amada para não ir tão longe quanto o irmão. O que me cansa nisso é que as variações de comportamento do vampiro são bruscas demais. Ora ele está completamente entregue, ora ele está no controle, sendo que pouco sabemos como ele trava esta luta interna. Mas tudo bem, temporada final, tudo é perdoável, até episódios fillers. 

Do outro lado da trama, vimos ser desenvolvida uma narrativa que parece convergir para o instrumento capaz de acabar com as sereias. Todo o lance do sino ficou bem mal contato, vocês não acharam? Me pareceu uma coisa tão jogada ali, sem muito sentido, só como uma forma de unir aqueles personagens em um único lugar. A sorte é que gosto muito da interação entre Sybil e Caroline, sempre rendendo ótimos momentos. Difícil prever o que pode sair daqui, já que o sino permanece desaparecido e quem achar primeiro terá um grande poder em mãos. O que gostei foi das discussões que esta trama proporcionou para Matt e seu pai, que realmente precisavam de momentos como aqueles. Ainda há muito guardado entre os dois e somente o tempo pode curar algumas feridas mais profundas. Ainda assim, acho que Matt merece essa chance de ter paz com o passado, vamos ver. 

Agora deixo vocês com o vídeo promocional da próxima semana e aguardo os comentários sobre este retorno (que eu nem sabia que já iria acontecer!). Até mais!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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