Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

The Voice – 11×01 / 11×02 Blind Auditions 1 & 2

Por: em 23 de setembro de 2016

The Voice – 11×01 / 11×02 Blind Auditions 1 & 2

Por: em

A décima primeira temporada de The Voice deu seu pontapé inicial nessa semana e a sensação é de que estamos acompanhando um programa que acabou de nascer.

The Voice - Season 11

É verdade que há muito vínhamos criticando o clima estafado que se espalhava pela bancada do reality, com as poucas trocas que fez ao longo dos últimos 5 anos. Com o anúncio da contratação de Alicia Keys e Miley Cyrus, uma grande euforia acabou se espalhando, já que era a chance do programa se renovar e ter, pela primeira vez, duas mulheres na disputa. E, se o medo era de uma briga de ego entre duas divas, passamos bem longe disso, pelo menos nessa primeira semana. O clima é descontraído, a bancada de jurados funciona como nunca e as mulheres estão brigando lado a lado, ambas empoderadíssimas e querendo vencer, mas sem aqueles ataques de ego, que provavelmente teríamos com a presença de Christina Aguilera.

Miley é um evento e talvez eu nunca tenha visto roupa mais brega que a dela nessas audições (uma verdadeira homenagem especial a todas as festas do ridículo que existem por aí). Sua habilidade com os candidatos ainda me choca, mesmo sua participação na temporada passada tendo sido tão consistente. Já Alicia, o que podemos falar sobre essa mulher maravilhosa, que chegou malandramente serena e está conquistando tudo que é candidato. Se Adam e Blake se gabam tanto dos seus títulos no programa, agora está um pouco mais difícil de lidar, já que Alicia tem 14 Grammys na sua estante.

Já que falamos da dupla mais querida do programa, vale comentar que, apesar de acreditar que eles também precisam dar um tempo da bancada (mesmo sabendo que isso não deve acontecer tão cedo, já que eles sustentam muito da audiência), a introdução das meninas deu um novo frescor para a relação de Adam e Blake, que estavam mais afiados do que nunca, proporcionando os momentos que o programa precisa para chamar atenção do público.

Em resumo, que sou um apaixonado pelo reality, estou mais animado do que nunca. Apesar dos talentos continuarem em uma linha bastante uniforme de qualidade, como sempre acaba acontecendo nessa fase, o alinhamento dessa nova bancada me faz pensar que essa pode ser sim a temporada que a gente espera a tanto tempo (sim, eu amei a última e agora to parecendo o Blake quando fala que é o melhor talento que ele já viu no palco, mesmo tendo falado isso para todos os candidatos anteriores). Enfim, vamos as audições?

 

Blind Auditions – Night 1 (19/09)

A noite começou com a audição de Jason Warrior, que veio cumprindo aquele spot tradicional de história de superação para que a gente se emocione e torça pelo candidato – mesmo todo mundo sabendo que eles nunca colocam uma audição ruim como primeira da noite. Escolheu apostar em Stevie Wonder, o que me fez acreditar em um pareamento quase que imediato com Adam, que seria sua escolha mais óbvia. Só que, ao adicionar Alicia nessa equação, a briga ficou boa demais e ela acabou levando a melhor, dando o start no seu time com um candidato que pode surpreender bastante na fase das Batalhas. Teve uns berro bom, domínio de palco excelente e pareceu estar incorporado pelo ritmo ragatanga em muitos momentos, mas, no geral, foi bom.

Em seguida, foi a vez do instrumentista cirúrgico, Dave Moisan, tentar sua sorte no show business. O cara chegou lá mostrando uma foto de um show do Maroon 5 que foi anos atrás e que o convenceu a se dedicar a música, o que fez Adam ficar maluco tentando conquista-lo. Apesar de ter achado uma audição bem comum para um 4-chair turn, os jurados pareceram bem animados com as perspectivas do candidato. Mais uma vez, Alicia botou moral e adicionou seu segundo membro ao time.

Quando Courtnie Ramirez apareceu naquele palco, não conseguia imaginar outro pareamento para ela se não Miley. Jovem, cheia de atitude e com muito a aprender, confiar a Miley sua passagem no programa foi um dos grandes acertos da candidata, que cumpre com aquele spot de cantora novinha com vozeirão.

E vocês acharam que a gente ia passar a primeira noite de audições sem um candidato country, entrando de chapéu e botinas? Claro que não íamos. O caipira de bom coração, Sundance Head, é aquele tipo de apresentação manjada, que todo mundo ama, tem um alcance incrível, traz paz ao ouvir e, no final, termina no time de Blake. Isso é algo que sempre falarei: os candidatos desse gênero musical poderiam ser um pouco menos óbvios… mas entendo o medo (apesar de não concordar).

Ali Caldwell foi uma das audições mostradas naquele preview pós-encerramento das olimpíadas, mas que valeu ser revista. A cantora que já tentava o sucesso a um bom tempo, buscou na plataforma do reality uma tentativa final para o estrelato. Geralmente, essas audições sempre causam uma grande expectativa e são seguidas de apresentações belíssimas, como foi o caso. É aquele negócio: deu uns berro, cantou música pop e tem vozeirão, a gente está amando. A surpresa veio na sua escolha pelo time de Miley – nem mesmo a técnica acreditava na sua adição (essa pegada de apostar no diferente realmente vai funcionar para que ela conquiste alguns candidatos).

Eu adoro me surpreender com a idade das pessoas que vão participar do programa. Uma das experiência mais legais é fechar os olhos e tentar imaginar como a pessoa que está cantando pode parecer. Riley Elmore é um desses casos impossíveis de adivinhar. O garoto de apenas 16 anos tem uma voz tão madura, tão “experiente”, que passa toda uma sensação de voltar no tempo. Se Blake tinha qualquer chance, ela morreu quando Adam levantou para cantar com Riley – um daqueles momentos que levanta a audiência, os jurados e todo mundo fica de cara com o talento daquela bancada. Team Adam all the way, né?

Não entendi muito bem o que aconteceu entre o momento que Dana Harper cantou e como ela foi parar no time de Blake. Uma cantora com um baita potêncial, um background super explorável para a edição do programa e ela me escolhe Blake? Sério mesmo? Entendi vários nadas e a minha percepção foi de que seu pai, o jogador de basquete, era fã do cantor, o que acabou a induzindo.

Gabe Broussard é o tipo de candidato que a gente olha, não dá nada por ele, acha que vai pagar micão e, no fim, acaba sendo uma das melhores audições da noite. Confesso que tive que dar umas risadinhas dele comentando que tinha um total de zero experiências com garotas e que tudo que colocava nas suas canções não passavam de achismos (amigo, você não está sozinho). Ele também tem uma história que comove e que obviamente será super explorada pela edição, então tinha muita certeza que ele seria aprovado – só não queria no time de Blake, mas quem sou eu na fila do pão para falar para um candidato que ele está indo para o pior time, não é mesmo?

Fechamos a primeira noite com Christian Cuenvas, carisma puro e com uma voz memorável. Existem aquelas audições que a gente gosta, mas esquece. Christian não é uma dessas. A disputa pelo candidato ficou entre Adam (que teve uma noite fraquíssima para o seu time), Blake (que ganhou candidatos inesperados) e Alicia (rainha de tudo). Adivinhem quem levou a melhor? Ela mesmo. Vai ser difícil bater essa mulher com o time que está formando, viu?

Nos gongados da noite, a garota voluntária do hospital e o ex-popstar do Japão que fizeram apresentações bem esquecíeis e não mereceram mesmo um lugar na próxima fase do programa.

 

Blind Auditions – Night 2 (20/09)

A segunda noite de audições começou com a participação de Sa’rayah, mãe solteira, que decidiu usar do programa como plataforma para se lançar no show business, já que nada mais parecia funcionar. O brilhantismo da candidata já apareceu nas primeiras notas acertadas. A medida que a canção ia passando, só ficava melhor – o que ficou bastante contraditório quando só Alicia e Miley viraram suas cadeiras (uma clara forçada do programa para que as meninas batessem de frente pela primeira vez). No final, Sa’rayah decidiu apostar na originalidade de Miley para seguir dentro da competição.

Depois foi a vez de Ethan Tucker, um artista de rua, que apresentou uma versão bastante esquecível e adaptada para o reggae de Roxanne, um dos maiores clássicos do rock. Passei o tempo todo do número bem entediado e também não entendi os técnicos darem moral para ele – ainda bem que ele terminou no time de Blake.

Wé McDonald foi outra das cantoras que estava na prévia que saiu do programa algumas semanas atrás. Ela cumpre aquele spot de candidata que tem um passado complicado, principalmente com sua própria auto-estima e que chega no programa para derrubar completamente os paradigmas. O mais impressionante dessa garota é como sua voz normal é absurdamente diferente da sua voz de canto, muito mais grave. Se somarmos isso ao fato dela ter apenas 17 anos, as possibilidades são infinitas. Alicia levou a melhor nesse primeiro 4-chair turn da noite.

O pareamento perfeito entre Andrew DeMuros e Adam Levine era tão óbvio, que a edição poderia ter nos poupado a indecisão do candidato entre o vocalista do Maroon 5 e Blake Shelton. DeMuros apostou em uma música de Billie Joe para entrar na competição e conseguiu convencer os técnicos, apesar de ter pouquíssimo carisma e, provavelmente, nem passar da fase das Batalhas.

Outro choque da noite foi saber que Billy Gilman podia realmente cantar. Quando o VT começou a contar sua história de sucesso infantil, eu acreditei que seria uma daqueles casos que a pessoa abre a boca e a gente quer morrer (até porque todo mundo sabe o quanto a voz pode mudar durante a puberdade – os meninos sofrem muito desse mal). O negócio é que ele subiu naquele palco e, completamente contra nossas expectativas, fez uma apresentação brilhante. É um candidato que chega bem forte para a fase de Batalhas e pode ser um dos grandes nomes do time de Adam, que só adicionou cantores homens na sua equipe.

Eu não gostei de Sophia Urista. Sua interpretação estava bem pedante e eu mal conseguia entender as palavras que ela pronunciava. Quanto a personagem para o programa, acho incrível a maneira que ela se autoafirma e chega até o reality procurando ser aprovada pelo talento e não pelo visual, só que, pelo menos comigo, funcionou bem pouco. Vamos ver o que Miley apronta com ela para as Batalhas.

O bartender Brendan Fletcher é aquele tipo de candidato que não tem muito como não gostar. Voz macia, consegue se conectar com a audiência e tem pinta de galã. Foi uma audição bem mediana na escolha de repertório, mas sem erros técnicos. Mais um que vai para o time de Adam, que estabelece uma grande competição masculina em sua equipe.

Eu não sei o que Dan Shafer está fazendo nessa competição e nem porque Blake virou. Tirem suas próprias conclusões.

Por fim, a noite se encerrou com a belíssima apresentação de Lauren Diaz, que respirou fundo e decidiu interpretar uma das canções mais famosas de Alicia Keys. Depois de uma audição impecável, parecia muito óbvio qual seria o caminho da candidata. Se ainda existia alguma dúvida, ela acabou quando Alicia cantou especialmente para Lauren. Estou bastante ansioso para ver o que essas duas podem aprontar juntas.

 


Agora aproveita e conta para gente o que você está achando desse começo de temporada!

Gostou da troca de técnicos? O que está achando do nível dos candidatos? Vai seguir com a gente nessa jornada? Conta tudo, não esconda nada!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

×