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The Voice Brasil – 4×06 Batalhas (Parte 1)

Por: em 6 de novembro de 2015

The Voice Brasil – 4×06 Batalhas (Parte 1)

Por: em

Chegamos as batalhas!

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Depois da formação inicial na audição às cegas, é nas batalhas que os times são cortados pela metade e cada candidato é colocado a prova para sabermos se ele realmente merece um lugar na disputa pelo título de a voz do Brasil. Aqui temos também o recurso “peguei”, onde cada um dos técnicos tem direito a roubar dois candidatos que tenham saído com a derrota em uma batalha dos outros times.

Particularmente, é minha fase preferida. Geralmente é aqui que vemos a real cara dos candidatos, como eles lidam com a escolha de repertório feita pelo técnico e também quem tá com vontade real de ganhar – vamos combinar que não é das missões mais fáceis fazer um dueto com alguém e tudo soar perfeito, ao mesmo tempo que você tem que ser melhor o bastante para ser o escolhido. Agora é a hora também onde os times tomam sua forma definitiva e podemos ver como cada um dos técnicos pretende jogar na temporada.

Talvez o único erro fique no ‘peguei’, muitas vezes usado pelos técnicos no calor do momento. Esse recurso é extremamente estratégico e já significou a vitória do time lá na versão americana. Curti também essa edição um pouco mais parecida com a americana, acompanhando os vencedores das batalhas nos bastidores do palco e tal. Mas, sem mais delongas, vamos dar uma olhada nas onze batalhas que rolaram na noite dessa última quinta (5).

 

#teamMilk

Mas o porteiro é novo, ele não me conheceeeee, tá cheio de suspeita, tá desconfiado. Pega o interfone, diga pra ele, que ele tá falando com seu namoradoooooooo…“. Desculpa, ver Alexandre Pires me lembra os sábados de faxina aqui em casa onde ele era trilha sonora obrigatória. Com o figurino do Augustinho Carrara, ele foi o assistente da dona Milk nessa fase das batalhas, que começou colocando o seu time como um dos melhores até aqui. Apesar de todos os comentários super positivos para a primeira das batalhas, eu achei muito fraca. Talvez porque eu goste muito dessa música do Jason Derulo ou porque tenha achado exagerado os falsetes que rolaram, mas né, que é Leandro em terra de Claudia Leite.

Acabou que entre a interpretação de ‘Want You to Want Me’  de William e Cris, ninguém levou a pior. O cara conseguiu permanecer no seu time de origem e Cris foi ‘pega’ por Lulu Santos – um movimento bastante inesperado, pelo menos ao meu ver. “E agoraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, que faço eu da vida sem vocêeeeeee…” – pode assumir que você também cantou juntinho e ainda colocou um sotaque pra dar um calor a mais. Tabatha e Camila fizeram seu quase tango de ‘Você não me ensinou a te esquecer’ e a primeira quem levou a melhor – inegável essa escolha, já que Camila parecia quase uma cantora convidada da parceira.

Time Milk

 

#teamBrown

Passaram o figurino do Etvaldo para o Rogério Flausino? Talvez. Deixando as esquisitices de lado, o time de Carlinhos começou a noite com bastante da identidade brasileira que o técnico tanto preza. Paula e Julia cantaram ‘Meia Lua Inteira’, ambas se destacando bastante e deixando difícil para que Brown tomasse a decisão final. Quem levou a melhor foi Paula (que tem a cara do time de Carlinhos, né?), não deixando nem espaço para que Julia fosse roubada para outro time.

Quando terminou a batalha entre Gau e Selma, só dava eu aqui em casa gritando ‘Madureiraaaaaaaaaaaaaaaaaa…’. Adorei o samba, a cumplicidade entre as duas e foi um verdadeiro empate vocal. ‘Meu Lugar’ foi capaz de ressaltar o melhor do potencial das duas, mas acabou que Gau levou a melhor no final – rimou, sem querer, rs (claro que depois de um tanto de drama de Carlinhos).

Time Brown

 

#teamLulu

Lulu e Di Ferrero tinham candidatos muito bons nas mãos e souberam usar muito bem disso. Começamos com a roupagem nova que Thaís e Rebeca deram para ‘Crazy, que ficou massa demais. Ao meu gosto, Rebeca agrada mais, mas é inegável que as duas brilharam naquele momento. Como Lulu é quem manda, Thaís levou a melhor. Ainda bem que os técnicos reconheceram o potencial de Rebeca e ela acabou a noite no time de Carlinhos Brown.

Sempre vou achar um tiro no pé cantar uma música de Jessie J, que é uma total vocal freak. Tori e Sarah interpretaram um dos mais recentes sucessos da cantora, ‘Flashlight, tema do filme Pitch Perfect 2, e até que o resultado foi muito além do esperado. O que me pareceu é que enquanto Tori estava na sua zona de conforto, Sarah tinha que forçar demais para mostrar o seu talento vocal – se comprovando com o resultado da batalha, onde Tori saiu com a vitória. E direto do túnel do tempo, Marcos e Ana Cigarra cantaram o clássico dos motéis, ‘Woman in Chains, com um claro destaque para a interpretação do cantor, que ganhou a batalha facilmente.

Alguém mais achou estranho juntar o reggae de Léo com a vibe alternativa de Ayrton? Eu achei. Os dois cantaram ‘Certas Coisas’, música de Lulu, com uma pegada bastante diferente da original. Desde as audições, gostei muito de Ayrton, então minha torcida era dele e fiquei feliz com a sua vitória na batalha – mas não podemos deixar de lado a bela interpretação de Léo, que ganhou sua segunda chance no time de Teló.

Time Lulu

 

#teamTeló

Solta o sertanejão meu povo!!!!!!!

Era isso que tava precisando nesse The Voice. Teló com sua sanfona e o povo cantando uns modão caipira. Junto de Luiza Possi (que todos amamos, acho), o time de Michel mostrou a identidade dos seus cantores e, principalmente, do seu técnico. Edu Santa Fé e Victor Hugo revisitaram ‘Tocando em Frente’ , uma das mais belas modas sertanejas. O duelo foi bem pareado e ficou difícil definir quem seria o campeão ali. Apostei no Edu, pela memória que ele trás – e acertei. Victor tentou, mas não conseguiu um novo time (talvez pela voz genérica que mostrou na batalha), saindo então da competição.

Saímos do modão para Sam Smith. Renato e Marcelo cantaram ‘I’m Not The Only One, música que adoro – diga-se de passagem, e deixaram os jurados todos de pé. Para mim, Marcelo tem um tom de voz muito mais agradável, porém não podemos negar o charme da rouquidão de Renato. Em um dado momento da batalha, parecia que Marcelo estava só fazendo segunda voz do parceiro, o que pode ter indicado sua derrota – uma pena de verdade. Já sabia que ninguém ia roubar ele. E foi talvez a eliminação que mais lamentei na noite.

Vai ter sofrência sim e se reclamar a gente coloca até Wesley Safadão. Gostei muito de Teló trazer o sertanejo universitário para as batalhas, ainda mais com candidatos tão bons. Matteus e Paulynha cantaram ‘Fui Fiel’, que eu conheço na voz de Gustavo Lima, mas que acabou mais no estilo Aviões do Forró mesmo. E como bem colocou Luiza, era uma questão de evolução contra experiência. Achei Michel bem estratégico ao escolher Matteus, que já tem carreira, fãs e pode chegar bem longe na competição. Acabou que Paulynha acabou a noite com Claudinha, o que lhe dá mais uma chance de mostrar a que veio.

Time Teló

 


Quem também acabou o programa fazendo o cantor e gritando pela casa? Porque não foi uma noite fácil para os meus vizinhos.

Semana que vem a gente vem com a segunda parte das batalhas e fecha os times para a próxima e nova fase, Prova de Fogo. Comentem, cantem e voltem sempre.

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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