Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

The Voice Brasil – 5×01 / 5×02 Audições às Cegas 1 e 2

Por: em 19 de outubro de 2016

The Voice Brasil – 5×01 / 5×02 Audições às Cegas 1 e 2

Por: em

Estamos bem atrasados na cobertura de The Voice Brasil? Estamos.

Mas chegamos e estamos bem prontos para falar mal desse programinha lindo. Vamos dar uma passada pelos dois primeiros dias de audição? Bora!

 

Audições às Cegas – Noite 1 (05/10)

Sarara crioooooooooolo!

Se joga que a quinta temporada de The Voice Brasil começou com o vozeirão de Mylena Jardim em uma daquelas apresentações que fazem a gente levantar do sofá, pegar o controle e fazer de microfone. Cara, fiquei empolgado demais com essa mulher. Quando ela disse que tinha 17 anos, eu quis chorar com a insignificância da minha voz. De verdade, é por esses momentos que eu ainda vejo a versão brasileira do reality. Digna das 4 cadeiras, espero que Claudinha Milk faça bom uso da voz da garota.

Gente, mas o povo estava inspirado mesmo, né? Quando Alexey Martinez chegou mandando um espanhol raivoso no palco, eu já teria era apertado o botão, só para poder ver de perto. Gosto da valorização do diferente. Assim como a música latina sempre chama atenção lá nos Estados Unidos, aqui não seria diferente. Já tô imaginando Alexey cantando Corazon Partio nas Batalhas. E ainda teve comemoração com beijo no namorado para chocar a família tradicional brasileira. Já temos um forte favorito?

alexey-martinez-the-voice-brasil-am-19

A galera tá investindo nas língua gringa mesmo! Afonso Capelo meteu banca com o sucesso de Ticiano Ferro que eu só não vou reclamar porque amo a língua italiana e vou defende-la. A apresentação em si foi mais uma tentativa de boa, do que boa de fato. Afonso forçou demais a voz em alguns momentos e as 4 cadeiras virarem foi um exagero sem fim, mas vamos fingir que entendemos o apelo, não é mesmo? Vamos ver o que Carlinhos Brown apronta com ele daqui para frente – sendo que as chances são boas, já que se tem uma coisa que Brown sabe fazer é misturar culturas!

Será que eu quis morrer de amores por Lariani Azevedo? Provável que sim. Ando numa fase Maiara e Maraísa da vida, onde qualquer copo de cerveja me faz gritar para o garçom trocar o DVD, porque essa moda faz sofrer e o meu coração não aguenta. Curto esses vozeirão feminino na pegada sertaneja e Teló pode aproveitar muito bem a garota. Que seja incrível e tô esperando por “Medo Bobo” nas Batalhas – não me decepcione Michel! Aretha seguiu com um sambinha sem graça que pouco convenceu e que fez somente Brown apertar o botão – comprovando que ele continua sem critério nenhum na hora de virar sua cadeira.

luan-douglas-the-voice-brasil-bla-13

Dan Costa deu sequência no time dos sem graças desse primeiro programa – mas com um apelo muito maior que Aretha, por exemplo. O grande problema aqui foi, na minha opinião, a escolha do repertório, porque a voz não era ruim não. Achei uma pena sem fim ele ir para o time do pretensioso Lulu. Provavelmente não passe da próxima fase – vida que segue. Renan Zonta chegou na pegada do rock, convenceu os jurados (a mim, nem tanto) e terminou a noite no time de Claudinha. Com nome de ídolo sertanejo, Luan Douglas fez uma apresentação bem da meia boca, que não merecia era cadeira nenhuma, mas né, critério ali passa longe. Ele quer ser ídolo do forró, então só está faltando fazer uma versão de sucesso americano e abraçar o sucesso ao lado do Teló.

Se estamos falando de reality musical no Brasil, temos que ter alguém cantando “João de Barro” – que por sinal foi uma das músicas mais curtidas pelo público do último vencedor, Renato. Jordanna Cassimiro tentou, tentou, tentou mais um pouco, mas ela não tinha voz para essa música, na minha humilde opinião. Ficou faltando aquela coisa rouca que a canção pede, sei lá. Talvez por isso nenhuma das cadeiras tenha virado, né?

 

Audições às Cegas – Noite 2 (13/10)

Começamos a noite com a estranha apresentação de Lilian e Layane, que tinha tudo para ser boa, mas acabou amarrando seu burro no esquisito mesmo. Acho que muito disso ficou por conta da menina que fazia mais caras e bocas do que cantava (a que ficou do lado direito da tela), porque a outra tinha até que um potencial explorável. E foi bem complicado também porque eu ando ouvindo demais essa música do Iorc com a Sandy, então a comparação foi inevitável e cruel, ao mesmo tempo. Essa combinação improvável de vozes só podia parar no time de Brown, que segue sem critério algum na formação da sua equipe (e eu também fiquei bem inconformado que todos os técnicos viraram para essas meninas gente, que exagero!).

Depois foi a vez de Rafah, que disse ter tentado a sorte na versão americana do reality (mas eu não lembro de ter visto a cara dele antes) e, sem sucesso, veio aproveitar os baixos parâmetros dos jurados brasileiros buscar uma nova oportunidade por aqui. O problema é que o toco que ele deu em Claudinha Leite, técnica que escolheu, teve mais repercussão do que a música que ele cantou. O cara é bem interessante para a edição, tem uma história marcante e, apesar da escolha de repertório que me incomoda (vai ser difícil eu aceitar repertório gringo por aqui), pelo menos consegue assumir uma letra em inglês. Vamos ver o que ele apronta no time da Claudinha bagunceira.

am-0277

E é por cantoras como Cinthia que eu não entendo o critério dos técnicos. Ela tem ginga, tem presença, é praticamente um pacote completo regado a muita simpatia, mas que não conseguiu o suficiente para que todos os técnicos virassem suas cadeiras. Pelo menos, um espaço no time de Brown ela tem e que seja o necessário para brilhar e chegar até as fases mais avançadas do programa. Sih veio para cumprir nossa cota de cosplay de Maria Gadu que praticamente todo reality musical por aqui tem. Achei sua apresentação bem esquecível, tanto que me pareceram super exagerados todos os elogios a sua interpretação da canção de Cazuza. Menos gente, bem menos – boa sorte no time de Lulu.

Ai surgem cantoras como Joana Castanheira, que tem muito o que aprender ainda, sem dúvidas, mas que repagina uma música super conhecida da audiência de uma maneira tão inesperada (tá, quem viu Glee não achou tão diferente assim), que conquista imediatamente nossa atenção. Trabalhar com alguém assim exige um repertório pop que, provavelmente, só Claudinha mesmo tem, fazendo dela a técnica mais adequada. Já Isabela Huk foi aquela coisa meio pombo, né? Quando acabou o programa e eu vim escrever a review, já nem lembrava mais da sua apresentação. Parece que Lulu está fazendo um esforço especial esse ano, não é mesmo?

Eu não sei nem o que falar de Cristyéllem (um pouco impressionado com esse nome? talvez). Acho que é um grande erro levar a menina para frente. Seu estilo não combina com a plataforma do programa que, por mais que privilegie somente a voz, precisa de uma adesão do público ao gênero do artista para que ele possa ir até o final. Não consigo imaginar essa menina pareando bem com ninguém nas Batalhas e a vejo muito como um boi de piranha para o time de Brown – só mais uma para ser eliminada. E se tocar uma boa viola com um sertanejo, a audição aguçada de Teló já fica de pronto. Achei Luiz Otávio bom? Não. Ele é bem mediano, porém trabalhável. Com alguns ajustes, Michel pode levar ele, pelo menos, até a fase ao vivo.

am-0002

Cobra, sua lindinha, mal te conheço (mentira, porque deveria ter lembrado de você do ano passado, mas claro que não lembro) e já te amo. Vou ignorar a escolha de repertória que valoriza zero a produção musical nacional e levar em conta apenas que adorei sua voz suave/meio rouca. Espero que Claudinha faça bom proveito durante sua estadia no time, porque o potencial está todo aí. Geralmente eu defendo Teló, porque acho ele um baita músico que, infelizmente, é reconhecido só pela sua música mais besta do mundo. Mas, ao virar tão precipitadamente para Jade Beraldo, Michel pareceu eu quando estou em uma prova, não sei nada e não estou com paciência para pensar: faço qualquer coisa para acabar aquilo logo. Tinha necessidade de virar para ela? Candidata fraca e que pegou uma música linda, mas não entregou uma apresentação a altura. Uma pena.

 


Ficamos por aqui e agora chegou seu espaço para botar a boca no trombone e falar o que está achando desse começo de temporada do The Voice Brasil!

Juro que vou tentar postar a próxima review mais rápido, tá bem? Então tá bem!

P.S.: Eu falo mal dos candidatos, mas tenho a consciência de que eles são infinitamente melhor do que nossos colegas do X Factor Brasil.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

×