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The X Factor UK – 13×07 / 13×08 Final Auditions & Bootcamp

Por: em 19 de setembro de 2016

The X Factor UK – 13×07 / 13×08 Final Auditions & Bootcamp

Por: em

Nessa review resolvi inverter algumas coisas. Achei melhor começarmos vendo as últimas audições, depois damos uma olhada geral no que aconteceu no rapidíssimo Bootcamp, e lá no final discuti questões mais amplas sobre os jurados, os candidatos e o programa. Então vamos ao (finalmente!) último episódio das audições?

Soheila Clifford – Problem (Girls)

Eu achei a performance de Soheila ridiculamente genérica, mas o mais provável é que isso aconteceu por causa da escolha da música. Concordo com Louis que ela parece uma “ready-made popstar”, só que ficou faltando ela mostrar que pode ser um pouquinho mais que isso, já que popstars não estão vendendo discos e esgotando turnês como faziam antigamente (no tempo que Louis e Sharon eram grandes magnatas da indústria, saudosos tempos que não voltam mais). Os vocais foram ok, considerando que nem Ariana consegue cantar essa música direito e Soheila fez uma boa administração do fôlego dela ao longo da performance.

4 Of Diamonds – NO (Groups)

Esse teria tudo para ser meu girl group favorito, mas a edição cortada e a falta de qualquer modalidade de pimpação me preocupou. As harmonias foram perfeitas, e, pela primeira vez na temporada, todas as garotas (pelo menos as duas cujos solos a edição nos permitiu ver) fizeram também um bom trabalho individual. Sem contar que a identidade delas como banda parece bem mais sólida do que muito grupo que tá ai no mercado vendendo horrores, então as performances delas nos Lives são fonte quase garantida de entretenimento de primeira qualidade.

Nate Simpson – A Change’s Gonna Come (Boys)

Essa é daquelas músicas que eu simplesmente não aguento mais, mas a gente tá sempre aí fazendo um esforço no sentido de SUPORTAR as mesmas canções desde os primórdios do reality musical. Falando de Nate, achei uma performance muito interessante vocalmente e com bastante emoção – numa música em que transmitir um sentimento verdadeiro faz toda a diferença para quem está acompanhando. Além do que, considerando o aspecto geral da categoria dos Rapazes, Nate é certamente um ponto fora da curva, e isso fará a diferença nas fases sanguinárias que estão por vir.

Christopher Peyton – Rise Up (Overs)

Há uma grande chance de Christopher ter sido o meu Over favorito (certamente a disputa fica entre ele e Ivy Grace). Eu fico impressionado com esses candidatos que vem com uma preparação vocal tão boa que já dá pra sair da sala de audição e ir direto por estúdio. E como se não bastasse, Christopher entregou uma atitude de Live Show, com uma postura a la James Arthur que pode convencer o Reino Unido de que esse é o cara. Considerando o nível de talento que temos nos Overs, a história pode tomar outro rumo, mas eu ficaria de olho nesse moçoilo por ora…

Will Rush – Lush Life (Boys)

Homem Branco de Violão fazendo versãozinha acústica de música do verão? Amigo, o Idol era lá do outro lado do oceano (e acabou, então né). Fiquei bem surpreso de Simon ter reclamado do violão, porém muito feliz, porque esse negócio de achar que a performance vai ficar melhor por causa de uns três acordezinhos é pura balela. Isso sem contar que o timbre dele é incrivelmente analasado e no final da performance eu só queria que ele ficasse em silêncio. Mas é lógico que ele tem um apelo, não só pela beleza, mas porque é muito simpático e claramente sabe lidar com uma plateia (se estivessémos nos dias de ouro das Arenas, a história dessa audição poderia ter sido muito diferente). No meu ponto de vista, cai pelo meio da competição.

Samantha Atkinson – When We Were Young (Overs)

Eu me lembro mais ou menos da enrascada que Samantha se envolveu no Bootcamp ano passado, e foi um plot um tanto bizarro, com um daqueles joke acts que acabam passando puxando o tapete dela na cara dura de um jeito que a garota não conseguiu cantar muita coisa. Como estamos no ano dos retornantes, Samantha e sua segunda chance podem não ser tão interessantes – considerando que temos uma Anelisa ganhando a paixão de imprensa e fãs, certamente Samantha fica em segundo plano. Sobre a audição, não foi tão bom quanto poderia ter sido. Cantar Adele é sempre uma tarefa complicada, porque a mulher tem um alcance gigantesco e aí as músicas dela são sempre bem extensas. Samantha conseguiu administrar isso bem, e foi na escala crescente da estrofe pro refrão que a música exige, mas faltou ir um pouco mais além para conseguir surpreender de fato. Por enquanto, Samantha também fica pelo meio.

Kirsty Murphy – If I Ain’t Got You (Girls)

Kirsty veio me lembrar o porquê de eu gostar tanto desse programa em primeiro lugar. Em qual outra franquia uma garota ia pular a barreira de segurança, entrar no meio da outra audição, cantar e ser aprovada? Isso mesmo, nenhuma. Se é verdade, se foi montado, eu não me importo: eu só me divirto. Aliás, uma galera do twitter – que fica irada com essas coisas – percebeu que a) Kirsty já estava usando um microfone; b) ninguém da equipe de produção parecia estar tentando barrá-la ou qualquer coisa do tipo e c) porque eles já estavam filmando a garota antes de ela chegar na bancada? Mas, mais uma vez: eu não me importo, eu só me divirto. Ok, Kirsty desafinou horrores, tremia feito vara verde e mal conseguia acertar as palavras, mas o que deu pra entender é que a garota tem vontade, tem talento, e vai providenciar material de primeira qualidade para a edição daqui pra frente se tudo der certo. E no fim das contas, a audição do girl group que ela interrompeu nem passou. Só nesse programa mesmo.

Garry Greig – Signed, Sealed, Delivered (Boys)

Essa é outra música que né. Chega galera. Mas, falando de Garry, foi uma audição interessante ainda que não muito memorável. Ele apostou todas as fichas na capacidade de fazer floreios e acabou soando tudo muito exagerado, mas sem perder a honestidade e sem parecer aquelas audições super técnicas que se resumem em “olha-só-o-que-eu-sei-fazer”. Precisa de um grande momento no Bootcamp para ser no mínimo lembrado pela passagem no programa.

Mike Hough  Ironic (Overs)

A audição de Mike me lembrou o quanto a edição é ferramenta essencial do X Factor na missão de criar uma moldura narrativa para a temporada. Mike, que tem carisma e talento de sobra, foi envolto por uma atmosfera emocional que programa nenhum tem a coragem de fazer, justificando o fato de ter sido deixado para o final. É esse tipo de “inteligência de edição” que a franquia brasileira está com dificuldades em fazer, e que a franquia original tem de sobra. Voltando a Mike, ele teve alguns problemas na performance em termos vocais, principalmente na parte grave da música, mas conseguiu encaminhar tudo para o refrão onde a coisa tomou forma. E acabou ganhando o melhor spot da temporada, e não foi à toa não. Eu aposto que Mike vai dar trabalho para a competição nas próximas fases. No aguardo.

E antes do episódio do Bootcamp, tivemos uma prévia sensacional (olha aí a “inteligência de edição” fazendo seu papel) da fase mais amada e mais odiada por candidatos, fãs e imprensa. Eu admito que me diverti, e as pequenas espiadinhas no desafio foram muito bem colocadas para deixar a gente com muita vontade de vê-lo, em particular aquele porque os candidatos se matam por um pedaço de papel colado numa parede de arame.

Bootcamp

A ideia de resolver todo o Bootcamp em um episódio de 1 hora e meia é ideal. A gente tem a oportunidade de ter um contato razoável com alguns candidatos, dá pra rolar um certo nível de drama (ainda que menos intensamente do que quando tínhamos 3 episódios de Bootcamp na temporada) e o sangramento da audiência, se houver, é bem menor. Além do fato de que, a cada ano, o Six-Chair Challenge vem se transformando na verdadeira “fase dramática” do programa, de modo que a função do Bootcamp na competição é só a de fazer um corte qualificado para termos os 48 acts que vão disputar as cadeirinhas. Mesmo assim, tivemos coisas muito boas no episódio, boas audições, e uma quantidade moderada de drama que satisfez a sede.

A primeira coisa que vale destacar é o formato do desafio que o Bootcamp proporciona, sempre um espetáculo à parte. Esse ano, assim como em muitas outras temporadas, optou-se pelo desafio em grupo. Só que com um diferencial: a Parede de Músicas, uma verdadeira baguncinha do amor (eu gostei, mas a impressão da imprensa britânica não foi muito positiva não). Quer coisa mais X Factor do que correria, gente chorando, e meia folha de sulfite A4 com uma partitura que ninguém sabe ler? Eu poderia passar horas questionando a “selvageria” envolvida em uma decisão que vai mudar a sua carreira ser tomada depois de sair correndo em desespero enquanto dezenas de câmeras te perseguem, mas estamos em um programa cuja fase mais intensa envolve uma plateia ensandecida praticamente clamando por sangue, então vamos só aproveitar o que o programa tem para oferecer.

Vamos dar uma olhadinha nas performances que mereceram destaque na edição e depois chegar a algumas conclusões.

Caitlyn Vanbeck (Girls) / Christopher Peyton (Overs) / No Getaway (Groups) – Wake Me Up

A primeira performance do dia já começou com um tantinho de drama. Caitlyn, com um timbre muito agudo, não conseguia encontrar a harmonia necessária com o experiente Peyton e a boyband  que é tão mais ou menos que não mereceu nem que víssemos a audição deles. No fim das contas, o drama ficou de lado e a performance foi baseado no talento vocal dos candidatos. Caitlyn, depois das lagriminhas, achou o espaço dela na música e fez uma excelente passagem, mostrando tudo que tinha mostrado na audição e um pouco mais. Christopher, que estava na sua zona de conforto, conseguiu fazer uma performance forte e segura, o que me deixa cada vez mas interessado no que ele vai fazer no Six-Chair. E a boybandzinha passou batida né, nem me lembro dos próprios e nem vi se foram aprovados nas salas.

Tom & Laura (Groups) / Matt Terry (Boys) / Aeron Smith (Boys) – See You Again

Essa performance também estava envolta em expectativa, já que Laura tinha que se provar equivalente ao seu companheiro de dupla e Matt tinha que manter o nível que estabeleceu na audição. E deu tudo certo. A divisão da parte de Tom & Laura favoreceu muito o vocal da garota, que conseguiu entregar uma audição interessante como “protagonista” da banda . Matt, cuja audição foi muito aclamada mas que não havia me convencido, conseguiu também se provar muito “gostável” e fazer uma performance menos escandalosa que a primeira, administrando muito bem os momentos da música. Confia em mim, Matt está construindo um caminho que vai levá-lo direto para os Shows Ao Vivo. Ah, teve o Aeron também. Rs.

Gifty Louise (Girls) / Anelisa Lamoula (Overs) / Chanal Benjilaji (Girls) – Work From Home

Momentos. Essa audição, se a levarmos em conta como um todo, foi uma pequena bagunça. Mas as três meninas não são uma girlband, e não pretendem ser, então as eventuais “gritarias harmônicas” podem e devem ser perdoadas (até as Fifth Harmony ficam fazendo competição de gritaria para cantar essa música!). Considerando que tínhamos duas retornantes, e uma delas com uma história bastante interessante de superação, o background temático da audição já dava uma ideia do tipo de tratamento que ia receber da edição. Individualmente, Gifty fez um bom trabalho, e ainda que os vocais não tenham sido perfeitos, entregou uma performance sólida que a fez ir além do que tinha ido ano passado. Chanal ficou apagada pela edição e pelo próprio desempenho, fazendo com que o grande destaque fosse Anelisa e sua adaptação da estrofe de Ty Dolla $ign, com bastante personalidade e uma voz de preencher estádio que pode colocá-la em uma situação confortável no Six-Chair.

Christian Burrows (Boys) / Sacha Taylor (Girls) / James Craise (Overs) – 7 Years 

Essa audição foi claramente sobre Christian, cuja história da audição – sobre o irmão que faleceu – continua e vai continuar rendendo muito pano para manga da edição. Eu particularmente achei a performance dele vocalmente fraca, mas, assim como na audição, ele substituiu a falta de habilidade vocal por uma entrega emocional bastante intensa – o que cola com a bancada e com o público, então tá tudo certo. Fiquei um tanto interessando em Sacha e James também, que fizeram uma performance bacana, mas acabei não percebendo se passaram ou não nas salas.

Tinuke (Girls) / Skarl3t (Groups) / Kayleigh Marie Morgan (Girls) – Ain’t No Mountain High Enough

Aqui tivemos o primeiro drama real do episódio, e talvez o mais “real” dos dois. A edição aproveitou a ambição de Skarl3t (uma girlband cuja audição foi cortada) e as transformou nas vilãs de uma pequena narrativa cuja mocinha foi Kaleigh. Simon, certamente ciente do fato de a bandinha ter dado o cano nos ensaios, já jogou a pergunta mágica “como foram os ensaios?” assim que o line up subiu no palco. Eu digo que esse drama é “real” porque ficou claro o tempo todo que Skarl3t parecia estar fazendo um número diferente do que Kaleigh e Tinuke, e isso acabou se convertendo numa espécie de “raiva vocal” da parte de Kaleigh, que fez uma performance forte, mas levemente desafinada e trêmula. Não sei qual foi a reação média do espectador em relação a essa pequena trama, mas eu aposto que rolou uma espécie de torcida a favor de Kaleigh (cuja audição foi bastante aclamada). Como não era uma performance que eliminaria algum dos acts, tudo deu certo no final, mas Skarl3t fica com essa imagem antipática de “nós vamos fazer tudo o que for preciso, mesmo se tivermos que fazer isso em detrimento de alguém”. Isso só cola no Six-Chair Challenge (talvez porque a proposta seja exatamente essa?), então a banda deu sorte de não ficar estigmatizada e pode zerar o ponteiro com uma performance excelente no próximo fim de semana. E um beijo pra Tinuke, coitada.

Melissa Pedro (Overs) / Ryan Lawrie (Boys) / Freddy Parker (Boys) – Little Things

A performance desse trio parece ter o único objetivo de aumentar o hype de Melissa, o que nos faz imaginar que ou a) ela foi muito bem no Six-Chair e precisa dessa pimpação para justificar sua ida aos Shows Ao Vivo; ou b) ela foi protagonista de alguma espécie muito grande de drama na dança das cadeiras e precisava ser lembrada. Porque Ryan e Freddy não só não foram muito espetaculares (Freddy foi bem desafinado e Ryan fez o Shawn Mendes genericão) mas acabaram não passando nas salas. Melissa, depois de ter compartilhado as lagriminhas de “esse-tom-é-impossível-pra-mim” a la Caitlyn, conseguiu virar a mesa e fazer uma performance quase perfeita, principalmente depois que os nervos acalmaram e o refrão chegou. Então é bom ficar de olho em Melissa Pedro (não me canso de dizer o quanto esse nome é maravilhoso).

Só para não passar em branco, podemos mencionar o quanto Ivy Grace Paredes foi maravilhosa? Brigado. E Mike Hough também conseguiu entregar um vocal um tantinho mais interessante que na audição, então fica a lembrança.

Samantha Atkinson (Overs) / Rebekah Ryan (Overs) / James Wilson (Overs) – I Only Want To Be With You 

Aqui foi o drama REAL OFICIAL do episódio, e talvez o melhor drama da temporada até aqui. Eu já tinha avisado que o transtorno de James seria explorado pela edição, eu só não imaginava que as coisas iam sair do controle nesse nível. O que justifica a incredulidade de uma parte dos fãs e da imprensa, que afirmam que toda a procura de Samantha e Rebekah pelo sr. chá de sumiço tenha sido encenada ou de alguma maneira manipulada (o que o programa já fez muito, admitiu que fez e não disse que ia parar de fazer). Eu, pessoalmente, acho que não, principalmente porque James não me parece ser tão bom ator assim e a apresentação foi realmente de um nervosismo sem fim, mas não é uma coisa tão absurda de se pensar. De qualquer modo, com drama ou sem drama, Samantha acabou se saindo melhor que os outros dois e finalmente perdendo os maus hábitos de cantora de pub, entregando uma performance um pouquinho mais encaixada. Rebekah parecia tão nervosa quanto James e passou meio média, então é melhor ignorar essa audição e esperar por um bom momento no Six-Chair. A sensação que fica é a de que os muitos minutos perdidos com o drama e a correria valeram a pena, e foi uma boa escolha – se é que foi uma escolha – para encerrar a quase sempre conturbada fase do Bootcamp.

Antes de discutirmos os resultados, é bom lembrar algumas performances que passaram rapidinho na edição, mas o que foi visto foi muito bom. Os lindinhos do 5AM, muito presentes e em sincronia; Faye Horne, que alcançou AQUELA nota em Someone Else’s Guy; e Janet Grogan, cuja trama de retornante também foi muito bem aproveitada pela edição. Ainda na vibe das lembranças, esse ano a quantidade (e intensidade) dos joke acts foi tão grande, que eles não só chegaram no Bootcamp, como ganharam considerável tempo de tela e tiveram aprovações! Honey G conseguiu, de alguma maneira, entrar no top 12 da categoria mais disputada no meu ponto de vista; Sada Vidoo conseguiu continuar convencendo, graças à boa voz que tem, com aquela história de boneca viva; e Ottavio & Bradley que, ao contrário do que eu disse na audição, não são nenhum Blonde Electra, conseguiram uma vaguinha nos grupos também, deixando para trás acts pimpados como He Knows She Knows. Eu quero só ver esse Six-Chair Challenge com esse povo.

Resultados

Falando em Six-Chair, tivemos a revelação de qual técnico será o mentor de cada categoria (não que essa informação já não tivesse vazado há tempos, mas a gente fingiu que não sabia), e é aqui que os Live Shows começam a tomar forma de fato. As Girls tiveram a sorte grande e ficaram com Simon Cowell, que é sempre um mestre em administrar categorias cheias de talento como são as garotas esse ano (e sempre, inclusive). Ele não consegue tirar leite de pedra, haja visto o fracasso com o péssimo line up dos Overs ano passado, mas muito provavelmente vai ser um bom guia para criaturas talentosas como Caitlyn Vanbeck e Faye Horne, talvez por isso a união Girls-Simon seja a minha favorita. A minha segunda favorita certamente é Nicole-Boys, simplesmente porque eu acho que ela tem o know-how de impedir que candidatos como Matt Terry e Christian Burrows virem aqueles class acts, que só cantam músicas com pelo menos 30 anos de idade, que Sharon Osbourne tanto admira. Talvez seria bom vê-la com os Grupos, mas não dá para ficar chateado com essa união (ainda mais com a nostalgia James Arthur e Jahmene Douglas que ela proporciona).

Os vovôs da bancada ficaram com as categorias restantes. Louis, o so called Rei dos Grupos, pegou a sua categoria favorita. Eu sempre fico com um pé atrás, porque da última vez que essa situação aconteceu ele simplesmente destruiu alguns dos melhores grupos dos últimos anos (ei Only The Young!), o que me leva a questionar se esse rei já não perdeu a majestade. Eu realmente espero que não, porque é só ele não atrapalhar muito que alguns acts, como 5AM e The Brooks, certamente vão brilhar. A escolha mais questionável é a de Sharon para mentorar os Overs, que estão muito bons esse ano. Pensando só em quem teve destaque no episódio do Bootcamp, temos Anelisa, Samantha, Christopher, Rebekah, Melissa… Será que Sharon vai dar conta de administrar tudo isso de talento sem transformar todos os acts em little divas mesmo que esse não seja o melhor caminho? Eu espero que produção (e Simon) interfiram muito, porque, por mais que Sharon seja uma mentora muito inteligente, o quanto desse “talento” ainda resta e está adequado ao cenário atual é bastante questionável.

Saímos do Bootcamp com duas impressões gerais. A primeira é a de que a escolha dos mentores para as categorias foi muito mais uma escolha de segurança do que uma tentativa de promover entretenimento. As categorias não são inéditas para nenhum dos jurados e todos já foram mais ou menos bem sucedidos com essas categorias (ora, Nicole e Sharon venceram quando foram mentoras das mesmas categorias que mentoram esse ano). A outra é a de que uma quantidade imensa de talento passou pelo programa, certamente mais do que nos últimos três anos. A prova de fogo vai ser mesmo semana que vem, mas é inegável que categorias que andavam decadentes (Overs e Groups) conseguiram alinhar um número razoável de grandes vozes e, principalmente, de grandes performers. Que os deuses do Reality nos abençõe e que nos ajudem a seguir o caminho natural desse programa, cuja capacidade de entreter é, sempre foi, e vai continuar sendo, de excelência ímpar.

The Xtra Factor 1: ITV renovou o programa até 2019. Só espero que alguém exija ROTATIVIDADE nesse painel de jurados pelo amor de Cheryl Cole.

The Xtra Factor 2: Esse ano, a ITV resolveu dar um boost no The Xtra Factor, e um dos recursos utilizados foi o de deixar uma parte considerável de audições (mais ou menos 3 por episódio) pra ser exibida no programa anexo. Há o fato de que o Xtra está totalmente repaginado e essa mudança funcionou – inclusive com o bom uso dessas audições inéditas -, mas há o fato de que o programa da ITV2 mal consegue atingir 20% da audiência do programa principal. São questões para se pensar.

The Xtra Factor 3: Começou a boataria! Diz que Mike Hough (o boy da última audição) já tinha passado pelo X Factor – sua audição não teria ido ao ar – e chegado até o Bootcamp na sexta temporada. Diz também que foi dispensado após Simon dizer que “ele nunca seria bom o suficiente”. Eu não se de nada, só dou risada.

The Xtra Factor 4: Eu fico chocado com a zica que montaram pra Samantha se dar mal em Bootcamps. Ano passado passaram a perna nela, esse ano quase que o terceiro membro não chega pra performance. Sai daqui urucubaca.


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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