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The X Factor UK – 13×15 / 13×16 Live Shows 2

Por: em 20 de outubro de 2016

The X Factor UK – 13×15 / 13×16 Live Shows 2

Por: em

“Coisas boas vêm para aqueles que esperam”. Eu não sei se isso é bíblico, mas deveria. Foi a sensação que eu tive quando acabou o episódio de performances no sábado. “Calma, você gostou do episódio?”. Não, amiguinho. Achei um porrezinho. Mas, como diz a frasezinha bonita ali de cima, eu vou continuar esperando em Nicole Scherzinger Cristo a hora que essa temporada vai engatar. Porque vai. Confia em mim. Vai dar tudo certo.

Matt Terry

Não que eu tenha odiado. De modo algum, até me surpreendi com algumas apresentações em particular, e com o programa como um todo. Mas a Motown Week é aquela semana em que dá pra ver os esforços de produção, bancada e candidatos, que tiram leite de pedra para fazer um episódio interessante, com as mesmas músicas de sempre. Eu acho os episódios da Motown muito cansativos, não só porque já vimos essas músicas em 1 bilhão de versões diferentes como também porque os candidatos tem uma dificuldade enorme em não soarem genéricos. Só que produção e audiência continuam apreciando o tema, então o que esse pobre e humilde reviewer pode dizer?

Na dúvida, vamos lá às apresentações, ver se sai algo de bom.

Performances

Freddy ParkerAin’t No Mountain Enough

Deu tudo errado. O menos scherzy dos scherzy boys teve uma péssima noite de sábado (e o resultado está aí). Ficou uma dúvida muito grande do que a produção pretendia fazer com Freddy, porque teve VT bonitinho com a família, teve a melhor música do catálogo, mas teve death spot (considerando que ele acabava de vir de um Bottom 3, ser o primeiro não é vantagem nenhuma) e teve forçação de barra no palco. Freddy foi engolido pela música, pelos dançarinos e pela própria falta de energia. Talvez Nic deveria ter pensado numa abordagem mais próxima da que Simon teve com Emily, porque Motown exige força e presença, e disso Freddy ficou devendo uma tonelada. Para esquecer.

Emily Middlemas Stop! In the Name of Love

A edição que fazem com Emily é bem curiosa. No VT e na recepção da bancada, há a clara intenção de que ela seja a garota carismática e pé no chão, meio o que fizeram com Lauren ano passado. Só que na hora do vamo-ver, tivemos duas performances tecnicamente impecáveis (ok, Closer foi meio estranha em alguns momentos) e superficiais em dinâmica e, olha só, carisma. Não que ela não seja uma excelente cantora – pelo contrário, concordo com Louis que ela tem uma voz pronta pro estúdio inclusive – mas não é só isso que faz vencedor né. Faltou energia, ponto final. Vem faltado nos Lives, aliás. E não é tipo “ah mas nem todo mundo precisa ficar perambulando no palco pra conquistar”, o que é verdade. Mas é só lembrar de Louisa, ano passado, que quase sempre ficava paradinha no lugar e destruía quarteirões. Ou de Freddy, aí em cima, que rodou, dançou, brincou com câmera, e não chegou em lugar nenhum. E não adianta vir Simon Cowell de papo mole dizendo que é a “individualidade” dela que eu não caio não. Individualidade foi ela o violãozinho dela arrasando nas Judges’ Houses, e tenho dito. Semana que vem o tema é divas, então é uma excelente oportunidade para, pela primeira vez, Emily imprimir algum traço forte de personalidade. Material não falta.

Matt Terry I Heard It Through The Grapevine

Ok, Matt pode ser o novo Olly Murs. Com o bônus de ser o suprassumo dos Scherzy Boys. No fim da performance desse hino (!), eu estava igual Nicole Scherzinger, de pé e com a perna aberta. Acharam o tom certo para fazer de Matt um vencedor. Foi uma performance digna disso, com sensualidade na medida, flerte efetivo com câmera, palco e coreografia, vocais acima da média, e mais importante que tudo isso, confiança e segurança de quem sabe que está fazendo a coisa certa. Além de doses cavalares de um carisma até então desconhecido para mim. Os grandes críticos do The X Factor alegam que o programa é “menor” porque, ao invés de selecionar o artista mais talentoso, molda o que recebe de acordo com os ventos do mercado. Se isso que Nicole e produção estão fazendo com Matt é “moldagem”, eu quero ser moldado também. Como diria uma certa drag queen que não deve ser nominada, YAS GAWD!!!

Relley C Ain’t No Sunshine

Relley, Relley, porque faz isso comigo? Ir depois da performance de Matt já não ajuda, agora entrar no palco fria e sem confiança ajuda menos ainda. Se Nicole fosse a mentora de Relley, eu tenho certeza que não estaríamos discutindo isso, mas dói no meu coração ver um talento tão bom sendo desperdiçado porque a mentora não sabe nem o nome dos mentorados. Não adianta nada vocais excelentes se a performance fica toda na corda bamba. Que semana que vem os ventos mudem para nossa Over de ouro. A única que Sharon Osbourne não tem o direito de destruir. (Hoje eu tô gongando a bancada até não poder mais, hem? E nem chegamos em Louis Walsh.)

Sam Lavery Hello

Estou com sérios problemas em entender Sam (assim como estou com Emily). Ela continua devendo em vocais, continua devendo em atitude, mas continua pimpada por Simon e pela bancada como se fosse a própria Louisa Jonhson. Agora, a história é que Sam tem uma “voz natural de rock”. Descontando o fato de que ela não cantou uma música de rock sequer na temporada, isso soa mais como desculpa esfarrapada do que como elogio. A segunda metade de Hello foi pelo menos boa, mas “pelo menos boa” tem que ser tratado como “pelo menos boa” e não como “incrível”. Falta alguma coisa (talvez uma classic rock week?) para Sam engatar nessa temporada de verdade. O cabelo ficou bonito, pelo menos.

5 After Midnight Get Ready/Reach Out I’ll Be There

Outro act que todo mundo amou e eu vou gongar. Não que eu não ame, mas consigo ver problemas. Por exemplo, o fato de que os vocais são divididos igualmente, quando é óbvio que Nathan (é Nathan o nome?) é o único grande vocalista. Só isso, também, o resto tudo funciona. Eles têm bom palco, têm presença, têm carisma, têm aquela coisinha mágica chamada harmonia, e conseguem traduzir tudo ao próprio ritmo. Talvez eu esteja sendo exigente demais, né não? E a coreô foi realmente mara, e podia haver um investimento maior de Brian nisso, porque eles são mestres.

Ryan LawrieSupersticious

Até quando vão forçar essa barra com Emily, minha gente? Até eles namorarem? Enfim, falando de Ryan, falhou né amigos. Rolou uma tentativa de tirar o Scherzy Boy (que deveria ser Scherzy BoyBAND) da caixinha, mas só deixou mais genérico. O cabelo, gente… Os vocais melhoraram muito em relação a Perfect, mas isso é só um item de uma performance confusa e sem propósito. Além do que ele tem a personalidade de uma porta, e ninguém merece, né? Então tá bão.

Honey G I’m Coming Out / Mo Money Mo Problems

Até doeu meu coração escrever o nome da música ali em cima, porque Honey fez qualquer coisa, menos cantar Supremes. O palco foi uma bagunça (o que eram aqueles tios na moto?), as rimas foram just ok, e mesmo o refino de semana passada ficou em falta. A única explicação plausível é que Honey G virou o guilty pleasure de mais pessoas além de Simon Cowell. A presença dela na competição tem sido, no mínimo, divertida, e o fato de que, nos Live Shows, ela não está sendo tratada como piada indica o que alguns mais críticos diriam ser a “decadência” do programa. Eu prefiro chamar de mudança de ponto de vista narrativo. E chega de soletrar o nome toda música, né?

Gifty LouiseRockin’ Robin

Mas Simon não acertou uma essa semana, hem. Gifty fez tudo certo: cantou impecavelmente, se divertiu, mostrou confiança, arrasou na coreografia. Só que fez tudo isso com a música errada – ou pelo menos o arranjo errado. Tudo que ela não precisa é ser datada e envelhecida, porque o apelo dela é com a galera mais jovem que não tem paciência para arranjos originais de músicas com cara de velha.  E isso deixou a performance devendo alguma coisa. Achei que That’s My Girl fosse um sinal de que seria algo assim o explorado nela ao longo do programa, mas com a performance dessa semana o sinal de alerta anti-datação acende. Sorte que Gifty é rainha, e deve continuar sua missão de galgar o caminho mais longo na temporada, especialmente com Divas chegando por aí.

Saara AltoRiver Deep, Mountain High

Semana passada, comentei que Saara estava devendo em atitude e em conquistar o público britânico. As duas coisas foram “resolvidas” nessa semana. Rolou mini tour em Londres, bandeirola do Reino Unido e conversa motivacional no London Eye no VT; e rolou uma performance ensandecida de River Deep, Mountain High, que foi, digamos, interessante. Todo mundo sabe que ela é uma excelente vocalista; o que a gente não sabia é que ela dançava que nem uma doida também. Ela continua exagerando em alguns momentos, sem contar em eventuais breguices da performance, mas não merecia o Bottom que levou. Mais uma vez, aposto na falta de empatia do público como fator decisivo.

Four Of DiamondsKeep Me Hangin’ On

AS RAINHAS VOLTARAM?! Com direito a apresentação no começo do episódio, pimp spot e tudo o mais! O VT foi naquele pique de “introduzir” as meninas ao público, o que é perfeitamente aceitável, mas acabou que a apresentação foi bem fraquinha. Imagino que cair de paraquedas no meio da temporada não seja nem um pouco fácil, mas ficou tudo muito estranho, muito fora do lugar – com exceção é claro, dos vocais maravilhosos. Poderia ter havido um trabalho um pouquinho mais elaborado sim, não vem com papo furado não. No que elas ganham disparadas é no vocal, que harmonias! Concordo com Nicole, que poderia ter havido um investimentos nos vocais individuais, mas o material está aí, é só ser melhor aproveitado. E dói lembrar do trabalho incrível que Little Mix fez com essa música lá nos saudosos tempos de ouro desse programa.

Resultados

No domingo, tivemos um episódio meio corrido, meio às pressas, não sei muito bem o que aconteceu. Era jurado brotando no palco, era Dermot interrompendo Little Mix para anunciar encerramento de voto, foi uma loucura. Nem performance de grupo teve! Enfim, vamos dar uma olhadinha em tudo que aconteceu.

Começamos o episódio com meus amigos da OneRepublic apresentando mais um hit que se parece com todos os outros hits que Ryan Tedder compôs na sua carreira (menos Halo que ele roubou da Sia). Divertida a performance, mas depois de certas girlbands incríveis e maravilhosas ninguém vai nem lembrar.

Falando nelas, segura essa barra, Zayn Malik! Shout Out To My Ex é o melhor lead single que essas garotas poderia ter a essa altura do campeonato, e a performance bafônica quebrou a banca e serviu para mostrar quem é que manda de verdade nessa bagaça. Rainhas sim, quem gostou bate palma, quem não gostou paciência. Buy Shout Out To My Ex On iTunes.

Saindo do mundo maravilhoso em que assistimos Little Mix 24 horas por dia, voltamos ao mundo em que Simon Cowell tem todos os seus acts aprovados sem Bottom pela segunda vez. Ryan Lawrie levou o choque de realidade que ele e Nicole estavam precisando para ver se sai alguma coisa de diferente daí, mas a galera decidiu salva-lo no famigerado lifeline e a bucha foi entregue a Freddy Parker e Saara Alto. O sing off foi realmente muito melhor que o de semana passada, mas Saara não conseguiu equivaler o tombo que foi Alive. Freddy, por outro lado, fez a melhor performance do programa até aqui. O que não necessariamente é uma coisa boa, porque Stay é ridiculamente parecida com Love Is A Losing Game, o que reitera a ideia de que Freddy é homem de uma música só. Se eu fosse jurado, votaria pela eliminação de Saara, simplesmente porque não há muito para onde ir com ela e o público parece não ter criado empatia, e milagre esse programa não faz. Porém, não discordo da eliminação de Freddy, que também estava com dificuldades para sair do próprio mundinho.

A jukebox mandou, e semana que vem teremos as Divas no palco do The X Factor. Aguardo ansioso as performances de Matt, Relley e Gifty, na esperança de que elas me deem VIDA e força para continuar. Vamos a um ranking?

10º Saara Alto: Simplesmente não está acontecendo. Ou agora vem milagre, ou é tchau para a rainha do gelo.

9º Ryan Lawrie: Duas palavras: Christian Burrows.

8º Sam Lavery: Pode ser exagero da minha parte colocá-la na zona vermelha, mas esse estilo indefinido dela não está colando. Not at all.

7º Honey G: Sim, eu usei muitas drogas, já que esse é o único motivo plausível para colocar Honey G antes de Sam no ranking. Me desculpem. (Mas, sério, o Reino Unido está caindo de amores por essa mulher e isso me assusta em dimensões que eu ainda não sei medir).

6º Four Of Diamonds: Estão um pouco mais para cima porque sei e confio no potencial delas de entregarem performances 1000 vezes melhores do que essa mais ou menos.

5º Emily Middlemas: Mesmo problema de Sam, mas com a diferença de ter um pouquinho mais de voz e ser um pouquinho mais gostável.

4º Relley C: Arrasou? Arrasou. Precisa melhorar? Precisa melhorar. Bastante. Fora Sharon Osbourne.

3º 5 After Midnight: Performances consistentes e excesso de hype. Quer mais o que?

2º Gifty Louise: Gifty nos dá o presente (ba dum tss) de se divertir naquele palco como nós faríamos se estivéssemos lá. É só detonar nos vocais e a gente chega lá.

1º Matt Terry: É o mais próximo que vamos chegar de um Justin Timberlake nesse programa. Então bora se jogar.

É isso, meus amores, até semana que vem com muito mais pernas da Nicole X Factor pra gente!

The Xtra Factor 1: Dermot O’Leary dançando no número de abertura foi certamente o ponto alto do meu fim de semana.

The Xtra Factor 2: Sempre bom gongar o look Rainha Gótica de Sharon Osbourne e o Teletubbie Sexy de Nicole Scherzinger.

The Xtra Factor 3: Mais uma temporada, mais um ano sem entender uma palavra do que os escoceses falam.

The Xtra Factor 4: Esse é sério. Sharon Osbourne tem pouquíssimas funções na bancada do programa. Uma delas é lembrar o nome das candidatas da sua categoria. É sério que ela esqueceu o nome da Saara? De verdade? De novo? Me poupa.

 

 


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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