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This is… The country Voice!

Por: em 18 de junho de 2013

This is… The country Voice!

Por: em

Caros amigos, como esse título já deve ter denunciado, esse não é um texto elogiando a quarta temporada de The Voice.

Estamos entrando na semana final deste ciclo e, embora entenda que o programa ainda possa ser considerado um sucesso por alguns, é com grande pesar que anuncio que esta pode ser a última temporada que acompanharei do programa. Estou certa de que este será um grande baque para NBC, só que ao contrário.

Acontece que já se passaram algumas semanas desde a última review do programa, então achei interessante dar uma satisfação do abandono tanto das análises quanto do meu gosto pelo novo reality musical favorito de nove entre dez pessoas. Espero que aqueles que considerem essa a melhor temporada do programa me dêem argumentos interessantes do porquê ela não foi tão ruim nos comentários. Adoro discussões amigáveis!

Como todos os fãs de The Voice devem saber, os três finalistas da season 4 são: do Team Blake temos Danielle Bradbery e The Swon Brothers (quem diria que eles teriam verdadeiras chances de serem os swinners da competição?); e do Team Usher, Michelle Chamuel.

TheVoice_ShakiraAdam

O que nós fizemos de errado?

Agora eu pergunto: o que estes três artistas tem em comum? Bom, dois deles tem muita coisa: além de serem do mesmo time, fazem parte do mesmo estilo musical, o country. Acontece que, mais uma vez, temos dois candidatos do Team Blake nas finais do reality. Alguém poderia argumentar que isso aconteceu por Blake ser um ótimo treinador ou por ter um magnífico faro para artistas impactantes.

Quanto ao primeiro argumento, não tenho ressalvas. Blake realmente é um técnico extremamente dedicado, que parece doar grande parte de seu tempo ao seu time (não de forma altruísta obviamente, afinal ele ganha pra isso, mas não deixa de ser bonita a dedicação dele ao seu trabalho como tutor). Já o segundo argumento, de que ele teria um ótimo faro para artistas de sucesso, bom… há controvérsias. No ano passado, ele realmente tinha dois artistas interessantíssimos representando o seu time na final, mas e esse ano? Qual foi o impacto que as apresentações de Danielle ou dos Swon Brothers causaram na audiência? Arriscaria dizer que nenhum.

TheVoice_Danielle

 The All-American Girl

Danielle é uma ótima cantora, isso é fato. Sua voz doce e seu rosto de irmã mais nova da Taylor Swift sempre tiveram tudo para agradar em cheio à audiência do programa. Além disso, tem o detalhe de ter apenas 16 anos, o que reforçaria o mote do programa de pegar um artista desconhecido do grande público e treiná-lo, aperfeiçoá-lo para o mercado com os conselhos de veteranos da indústria, criando assim uma verdadeira estrela da música.

Por isso, na teoria Danielle seria uma vencedora perfeita para o programa. Mas, e na prática? Relembrando a trajetória da garota no programa, não conseguiria dar um adjetivo melhor para ela senão correta. Foi isso que Danielle foi, correta e só. Sem carisma, sem conexão com as músicas que cantava… uma extraordinária cantora de karaokê.  Posso estar sendo muito dura com uma garota tão jovem, que ainda não se encontrou como artista. Mas, em um show que preza tanto o buzz, as performances marcantes, me impressiona que uma artista simplesmente correta tenha chegado tão longe. E pior, com uma grande chance de ser consagrada a vencedora da quarta temporada. Como isso foi acontecer? Bom, só para manter um pouco mais o suspense, vou deixar isso mais para frente. Antes, vamos avaliar os colegas de time de Danielle que também fazem parte da final.

TheVoice_Swon

Saudades Midas Whale

Os Swon Brothers, a cada passo que davam na competição, todos faziam questão de ressaltar que nunca uma dupla havia chegado tão longe. E até agora não consigo me conformar que, em uma temporada na qual fomos apresentados ao Midas Whale, esse título tenha ficado com os dois irmãos. Mas, se reclamei da falta de carisma de Danielle, justiça seja feita: Colton e Zach são o carisma personificado. Engraçados, divertidos e com uma rixa de irmãos muito simpática entre eles. Só que, infelizmente, no quesito talento vocal os dois ficam bem atrás da prodígio do Team Blake. Em resumo, os dois são uma atração até que bem agradável, mas que não é digna da final de um reality tão competitivo como esse que teve entre seus competidores uma artista do calibre de Judith Hill.

Tentei até fazer um mea culpa, e ver se o problema era eu, e não eles. Afinal, já deixei muito claro que country não é um estilo que me agrada muito. No entanto cheguei à conclusão que não, não é mera birra ou implicância minha. Para os demais fãs de The Voice também é estranho que o time considerado como o melhor por muitos após as blind auditions, o Team Adam, não tenha conseguido colocar nenhum de seus representantes na final. E olha que tínhamos até uma cantora country nele! Então, qual seria a explicação? Quem seria o responsável por transformar o The Voice em um programa temático, quase sem nenhuma variedade?

TheVoice_Blake

Sou eu!

Desde o início dessa temporada, ficou claro que o objetivo de Blake esse ano era emplacar alguma atração verdadeiramente country no programa (afinal, a Casadee pode até ter se voltado um pouco para esse lado, mas iniciou o programa como uma artista estritamente pop rock). Pela internet, vi várias críticas a esse comportamento do técnico, que simplesmente eliminou qualquer concorrente que não se enquadrasse no seu estilo do coração. A surpresa foi ver, com a chegada dos live shows, a estratégia tão criticada durante as fases anteriores dando certo. O dele foi o time que se permaneceu intacto por mais tempo e é o único que tem dois representantes na final. E, como disse anteriormente, não acredito que isso tenha acontecido por mérito exclusivo dos artistas, e sim pela popularidade absurda de Blake.

Assim que The Voice estreou ficou claro que esse era um programa diferente por contar com três estrelas da música conhecidas internacionalmente na sua bancada. Além destas três, completando o time tínhamos um cantor country praticamente desconhecido (principalmente fora dos Estados Unidos), Blake Shelton. Assim, fomos apresentados a essa figura carismática junto com o resto do mundo. E nos apaixonamos por ele. Tem como não desenvolver um crush por Blake ao assistir The Voice? Engraçado, bonito, brincalhão, atencioso com seus “alunos”, homem de família… Tirando um gosto excessivo por cafés batizados, uma figura irrepreensível. O problema parece ser que as pessoas talvez tenham se apaixonado demais por Blake.

Chegamos a um ponto no qual acredito que a popularidade do técnico ultrapassou a do programa, e me pergunto se as pessoas não estariam simplesmente comprando aquilo seu técnico favorito está vendendo, sem se importar tanto com a qualidade do que estão consumindo. Danielle adquiriu uma aura de vencedora praticamente da noite pro dia, sem ter feito nada que justificasse tanta adoração repentina e elogios inflamados (sendo que, neste quesito, Adam Levine também tem sua parcela de culpa, já que chegou a declarar que seu time não estava tão pronto quanto Danielle).

Por isso, temo pelo futuro do programa. Um técnico tricampeão no meio dos outros é complicado. Esse favoritismo do público por Blake traz uma previsibilidade a competição que não é nada bem vinda. O ideal seria que Blake desse um tempo do programa. Sei que isso parte o coração de muitos e que o programa perderia muito de sua graça (literalmente, o programa seria menos engraçado é o que eu quero dizer). O bromance que todos amam estaria separado. Mas em termos de competição, seria muito benéfico dar aos outros técnicos alguma chance. E não é a competição que deveria ser o foco?

Na segunda temporada, a vitória de Jermaine deixou a todos embasbacados, já que ele concorria com uma cantora infinitamente superior, Juliet Simms, do Team Cee-Lo. E finalmente agora na quarta temporada tivemos a resposta do porquê isso aconteceu. Infelizmente, foi uma resposta que não me deixou nada satisfeita.

Posso estar me precipitando. Caso Michelle Chamuel, a terceira finalista e, ao meu ver, única merecedora do seu lugar na final, seja coroada a vencedora, toda essa minha teoria pode cair por terra. Mas não é o que parece que irá acontecer hoje à noite. Por enquanto, só me resta torcer por Michelle para que a minha vontade de assistir ao programa seja renovada.

TheVoice_Michelle

One love

Para não dizer que não falei de flores, os pontos positivos dessa temporada:

  • Descobrir que o Usher é um ótimo cantor. Não que eu achasse que ele era ruim antes, mas neste programa ele teve a oportunidade de mostrar qualidades da sua voz que o seu estilo musical não permitia muito exibir. E eu adorei (a apresentação do time dele de The Look of Love é uma das minhas favoritas de todos os tempos)!
  • A relação Usher/Michelle. Com certeza a relação técnico/cantor mais bonita dessa temporada. Deu pra ver que os dois desenvolveram uma cumplicidade muito interessante. Isso me dá segurança de que, mesmo perdendo hoje, Michelle terá uma longa carreira pela frente.
  • A doçura de Shakira. A colombiana foi uma grata surpresa. Mostrou uma empolgação e uma vontade de vencer contagiantes. Pena que as más escolhas que fez ao longo da temporada (eliminou quase todas as latinas do seu time!) a prejudicaram tanto como técnica.
  • A participação de Cee-Lo como assistente. É oficial, estou morrendo de saudades do ex-técnico e seus bichos de estimação exóticos. Uma das coisas que pode me fazer voltar na próxima temporada é o retorno dele à bancada.
  • Todo o Team Adam. Foi bom enquanto durou. As Adam’s angels me mantiveram entretida durante todo o tempo em que estiveram no programa.

O que vocês acham? Estou sendo dramática? Não concordam que essa está sendo a pior temporada de The Voice? Também gostariam que Blake desse um tempo do programa ou sentiriam muito a falta dele? Quais foram as eliminações mais sentidas por vocês (ainda estou me recuperando do 2-hit-combo Judith Hill/Sarah Simmons)?

Deixem seus comentários, quero muito saber o que vocês pensam sobre isso!


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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