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This Is Us – 1×02 The Big Three

Por: em 30 de setembro de 2016

This Is Us – 1×02 The Big Three

Por: em

Após uma premiere sensacional, com direito a encomenda de temporada completa, This Is Us não nos decepciona e mostra que é possível enlouquecer com mais um plot twist. Sim, ao que tudo indica será um desses a cada final de episódio. Se a gente vai sobreviver até o final, isso não sabemos, mas de uma coisa é certa, The Big Three foi mais um amorzinho pra colocar na conta, isso porque ficamos mais íntimos de Jack e Rebecca, Kate e Kevin e Randall e sua família.

Kate, Kevin e Randall: The Big Three

THIS IS US -- "The Big Three" Episode 102 -- Pictured: (l-r) Chrissy Metz as Kate, Chris Sullivan as Toby -- (Photo by: Ron Batzdorff/NBC)

Desde pequena Kate já apresentava problemas com o seu peso. Logo no início, percebemos que enquanto Rebecca ensina a sua filha que alimentação saudável não é a base de cereal no café da manhã, – ainda que você esteja em fase de crescimento -, Jack, por outro lado, ignora a dieta e faz a vontade da Kate sem nem pensar duas vezes. É engraçado imaginar o quão problemático são essas questões relacionadas a padrões estéticos impostos pela sociedade. É claro que alimentação é importante, claro que faz bem você comer saudável e as demais regras de saúde que existem por aí, mas olha o quão psicótico isso se torna para uma criança de 8 anos? Kate cresceu com problemas alimentares e hoje, se vê completamente perdida na missão árdua contra a gordura. Tudo a afeta e isso é completamente compreensível, não tem como pensar em outro assunto, porque isso a rodeia desde sempre, e a faz pensar e questionar seu lugar no espaço e de que forma conviver com todos esses problemas.

Mesmo com a ajuda de Toby, Kate mostra que essa luta é muito mais difícil do que imaginamos. Ver todos aqueles corpos na academia é mais desestimulante do que qualquer outra coisa e com ajuda de um amigo, tudo pode melhorar. É muito divertido vê-los juntos, torço que essa relação dure por mais tempo. Seja como amigo ou como um paquera, ninguém deveria passar por situações difíceis sozinho, então essa relação com o Toby pode ser proveitosa de todos os sentidos.

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A história do Kevin me parecia a menos cativante até então, e eu falo isso devido a inúmeras questões. É um pouco fácil você reclamar da vida com tantos privilégios te cercando. Não que você não tenha que reclamar, mas você não tem que reclamar. Sabe como é, né?! Kevin é branco, hétero, bonito e ainda que esteja vivendo uma vida medíocre por conta do seu trabalho, não consegue perceber o quão fácil isso é de se resolver. Tanto é fácil, que todas aquelas ameaças de destruir carreira, perseguir, infernizar e tudo mais, de nada adiantou, justamente porque o problema dele só dependia dele. Uma decisão sábia, inclusive para nós que assistimos a série, porque não teremos que acompanhar toda a ladainha de que eu não consigo sair dessa e blá blá. Não me levem a mal, ele tem todo o direito de agir daquela forma, mas vamos colocar na balança o que realmente importa? Ainda que eu me coloque no lugar dele, tenho quase certeza que não faria tanto auê e já teria partido a mil daquela emissora.

Um outro ponto de destaque do Kevin é a sua relação com o Randall. Desde criança eles não mantinham uma relação muito amistosa. Seja em casa ou na escola, os dois viviam brigando e muita mágoa foi surgindo a partir dali. Mas é como o Randall disse, ainda há tempo de consertar as coisas, de tentar resgatar uma relação que nunca foi sólida como a da Kate. Isso pode ter se dado por inúmeras razões, seja ela social ou racial. Por enquanto ficamos com alguns trechos da infância dos dois, algo que deve ser explorado daqui pra frente, principalmente para entendermos o grande plot twist do episódio, como também a transformação na vida dos três.

E por falar em Randall, sua relação com o pai biológico ficou mais sincera e profunda. A conversa entre Beth e o William foi muito boa, justamente porque dessa forma conseguimos compreender que as preocupações dela são completamente normais. Ter um “estranho” dentro de casa, vê-lo conversar com suas filhas sobre cocaína e outras drogas e não se preocupar é forçar a barra demais. E ainda que estejamos falando do pai biológico, ou de uma pessoa que tenha uma doença terminal, é naturalmente humano que ela tenha ficado tão cismada logo de início. Mas por agora resta saber como ficará a relação entre o Randall e William, já que a Rebecca tá por aí e com um carinha que não se parece nada nada com o Milo Ventimiglia.

Jack e Rebecca

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É curioso comentar essa parte, porque foi a que mais me chateou, todo o episódio foi muito bonito e divertido, ainda que com algumas ressalvas já mencionadas, mas entendam o que eu quero dizer quando digo que fiquei chateada. Casais sempre terão problemas, dos mais variados até, seja em decorrência de traição, filhos, falta de amor, canseira ou qualquer coisa do gênero, que o avanço da sociedade nos mostre. Sendo assim, eu posso afirmar que é naturalmente comum que o marido reclame ou se sinta incomodado quando a esposa não é mais a mesma de antes, certo? Errado. Rudemente errado. Uma coisa é você ficar incomodado pelo jeito que as coisas andam de forma conjunta, analisando você mesmo e o outro. Outra coisa bem diferente é você achar que o problema não é contigo, quando claramente se entendeu, por meio de padrões (olha ele aqui de novo) patriarcais que a mulher tem que se virar nos 500 para cuidar dos filhos, trabalho e vida pessoal, enquanto o homem existe apenas para reclamar do quão difícil é não ter a sua esposa antiga de volta, que não tinha filhos e muito menos as “obrigações” em razão disso. Justamente. São duas reflexões bem diferentes, mas que pro bonitão do Jack é totalmente aceitável, né non?! Ainda que eles sejam um casal totalmente shippavel, a partir do momento que ele estava no bar, reclamando de como ele estava triste por sua esposa não ser mais a mesma, pra mim isso caiu por terra.

Mas ainda que eu fosse a favor dos dois, a série tratou de jogar água fria em tod@s nós, quando nos empurrou aquele finalzinho. 99 % tudo maravilhoso, mas aquele 1% veio pra mexer com a cabeça. O namorado/marido/companheiro da Rebecca é o ex (?) melhor amigo do Jack, que ao que tudo indica, deve ter morrido. Embora isso não tenha ficado claro, pelo que percebi ela ainda usa o colar que ele deu, e como as crianças os chamaram de vovó e vovô, temo que o Jack tenha realmente morrido. Mas é aquele ditado, né? Sem corpo não há convicção, ou nesse caso, sem flashback não há convicção.

The Big Six 

P.S.: Que abertura mais lindinha <3
P.S.: “O pior lugar do mundo.” REI, Toby.
P.S.: Por mais cenas do Randall malhando, por favor.
P.S.: O big three pelo celular foi tão bonito quanto o que eles fizeram na infância.
P.S.: Teve referência Gilmore Girls? Teve, sim senhores!
P.S.: “First came…
-Me.
-And Dad said…
-Gee. And then came…
-Me!
-And Mom said…
-Whee!
-And then came…
-Me.
-And they said…
-That’s three.
-Big Three!
-BIG THREE!”

Então é isso, pessoal! Nos vemos na próxima! Mas antes de ir, não esquece de comentar o que vocês acharam do episódio, ok? Beijão!!


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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