This Is Us retorna após um razoável hiato, para nossa imensa alegria e satisfação. O cliffhanger da fall finale nos deixou de cabelo em pé, afinal: o que realmente aconteceu com o Toby? Além disso, como o Randall reagiu ao saber da orientação sexual do William? Esses foram os questionamentos mais importantes que a fall finale deixou e a primeira coisa que queríamos saber era isso. Agora que tudo já se acalmou, vamos lá bater um papo.
Ai, Jack… me diz o que fazer com você e tamanha amorosidade com a família que você tem. Definitivamente eu queria que fosse possível uma ressuscitação diretamente da HBO/CW para a NBC, mas como isso não é possível, a gente lida com o que tem. Cheio de riqueza e com uma profundidade dramática na medida, o plot desta vez nos remeteu a antes do nascimento dos irmãos, entendemos um pouco da vida do Jack, assim como sua relação familiar. A família desestruturada, a violência doméstica e o patriarcado fizeram parte da vida do Jack quase que intrinsecamente. Foi triste vê-lo lidando com o pai e evitando que uma tragédia pudesse acontecer com sua mãe ou até mesmo com ele, já que situações como aquelas acontecem e muito. E, assim como o Jack, ver a Rebecca tendo que lidar com sua mãe controladora e possessiva também foi de partir o coração. São pais maravilhosos que, ironicamente, não tiveram a mesma relação que eles tiveram com os seus filhos e procuram na medida do impossível ser para eles o que seus pais não foram consigo.
É claro que não podemos esquecer que ninguém reproduz aquilo que não aprendeu. Eu só faço aquilo que sei, aquilo que me foi ensinado. Obviamente que essa questão é relativa e muito complexa, mas o ponto aqui é que Jack e Rebecca tentaram ser para Randall, Kate e Kevin aquilo que seus pais deixaram de ser, priorizando sempre os seus filhos, passando por cima de ideais e orgulhos em prol do bem estar e felicidade da sua família. É lindo vê-los juntos fazendo um para o outro tudo que está ao alcance, preocupados com o futuro e com os frutos de uma formação estruturada.
Se por um lado morremos de amor pela Rebecca e o Jack, vale dizer o mesmo para o William e seu crush. Gente, é muito divertido ver os dois juntos e agindo como dois adolescentes apaixonados, que vivem como se não houvesse o amanhã. Exato. A intenção do William é exatamente essa, viver como se realmente não tivessem outro dia para comemorar, celebrar ou se divertir. O tratamento não está funcionando e quase que indiretamente fomos avisados que o tempo do William tá contado na série. A conversa que ele tem com o filho é tão intensa, que é impossível não nos colocarmos no lugar deles e pensar o quão fucking difícil deve está sendo para o William lidar com a frustração, e mais ainda, com a sensação do tempo passar e ver a sua vida indo embora. É basicamente uma morte lenta e acordada, se é que me entendem.
Outro que também sofre com a situação do William, obviamente, é o Randall, que apesar de não saber lidar com a bissexualidade do pai, não é isso que o incomoda. Ver o William namorando é quase a mesma coisa de você saber que sua mãe vai ter mais um filho, sendo que você é x filhx únicx da família. Então, o Randall lida com a divisão de atenção, de tempo e de afeto. Claro que filhos sempre vão vim em primeiro lugar na vida dos pais, mas isso não significa que nenhum cuidado pessoal deve ter. Randall se incomoda que o pai esteja ausente demais e isso é tão desesperador, porque claramente podemos perceber os seus motivos. Sejam eles egoísticos ou não.
E para minha tristezinha e de algumas pessoas, acho que a maioria do fandom, Olivia is back. Mas apesar de tudo, sua volta foi tão rápida e irrelevante, que não valia a pena tecer comentários sobre. Só que a volta da megera não foi única e exclusivamente individual. O seu retorno foi o pivô do desentendimento entre o Kevin e a Sloane, já que ele basicamente foi bem indelicado ao se referir a sua nova namorada. O Kevin faz muita mancada e disso não temos dúvidas, mas apesar de ser o aleatório em alguns momentos, a participação da Sloane na sua vida é bem mais proveitosa do que a da Olivia. Inclusive, profissionalmente falando, apesar das duas terem potencial, Sloane consegue se mostrar muito mais simpática, autêntica e divertida do que a outra. Claro que isso não é uma competição, e eu torço muito para que eles não levem para esse caminho, mas se for para colocar triângulo amoroso de quintal, serei 100% Sloane.
E, controvertidamente, o que eu vou falar agora foi a primeira cena de episódio, mas como a gente deixa as melhores coisas para o final, here we go. Toby não está morto, e todo aquele sofrimento/angústia que fomos obrigados a passar, só quis dizer uma coisa: o humor do Toby continua o mais ácido possível. Apesar do alívio ao saber que ele sobreviveu a queda e posteriormente a cirurgia, não sabemos o que vai acontecer daqui pra frente. Ainda que o casal tenha se reaproximado e criado um vínculo ainda maior, justamente por conta do love you, não temos a certeza do que acontecerá. Nada foi falado sobre a cirurgia e o que resta agora é esperar por alguma decisão da Kate.
The Right Thing to Do foi um pisódio bacana, com direito a sorrisos entre uma cena e outra, principalmente nas cenas da Rebecca e Jack, mais um acerto pra conta!
The Big Seven
P.S.: Sloane é feminista. Tem como amar mais?
P.S.: “Eu não sou gay agora. Eu sempre amei homens e mulheres.”
P.S.: Beth é maravilhosa, nunca me cansou de vê-la contracenando.
P.S.: Me divirto horrores com os foras que o Kevin dá.
P.S.: Kate é muito meiga, vontade de abraçar e ser amiga pra sempre.
P.S.: Senti falta das meninas.
P.S.: Jack passando por cima do orgulho, indo falar com o pai abusador e conseguindo dinheiro pra família. Rebecca indo falar com a mãe, passando por situações humilhantes, pensando no melhor das crianças. O que dizer, meu deus?
Uhul, estamos de volta com a nossa programação normal. Passado o recesso de natal e ano novo, quero saber de vocês o que acharam do retorno de This Is Us? Bjinhos e até a próxima.
