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This Is Us – 1×15 Jack Pearson’s Son

Por: em 19 de fevereiro de 2017

This Is Us – 1×15 Jack Pearson’s Son

Por: em

Diante de todos acontecimentos, acho que saímos da maré feliz e adentramos nas brigas constantes, ataques de pânico e sentimentos aflorados. O emocional/psicológico de Randall foi colocado a prova, as escolhas da Rebecca foram questionadas e o Kevin… ah, o Kevin continua por aí.

Sempre é injusto observar o papel da mulher na sociedade e na família. O trabalho externo muita das vezes ou é de subserviência, baixo custo ou submisso e o interno é aquele que a gente tanto conhece, o de doméstica, cuidadora dos filhxs e mantedora dos bons costumes dentro de casa. Certo. Durante muito tempo, a luta das mulheres brancas foi principalmente pautada na possibilidade de poder trabalhar sem ser vista ou como incompetente ou incapaz, enquanto que as mulheres negras lutavam para serem reconhecidas como seres humanos, já que o trabalho externo já era corriqueiro e usual. Eu poderia falar aqui sobre a história da mulher e o trabalho, mas quero que vocês se atentem a essa pequena introdução superficial que fiz sobre o tema, pois ele é o guiador da reflexão deixada em Jack Pearson’s Son. 

Rebecca é mais uma mulher que sempre abriu mão dos seus sonhos em prol da sua família, deixou de lado a carreira de cantora e por um período nunca questionou o quanto ela fez pelo seu marido e filhxs. Sempre dedicada e devota, ter investido em si mesma foi um passo importante, já que assim pode enxergar além da casa, do marido e das crianças. Assim que o episódio começou a gente viu que o Jack não tinha criado problema com a turnê, mas eu imaginei que algo aconteceria e ele mudaria de ideia, afinal, independente da situação precursora da briga, no final tudo vai girar em torno do ego masculino e sua fraqueza emocional e insegurança em lidar com a perda. Quem aí imaginou que a Rebecca fosse ficar com o seu parceiro de banda? Ou que ela flertasse, abandonasse todo mundo e fosse embora sem nem olhar para trás? Jack vacilou e vacilou feio. Demonstrar ciúmes já é sinal de insegurança, naquela situação então, é machista e desesperador. Confesso a vocês que fiquei com agonia de vê-los discutindo, não por gostar do casal, mas por ser inquietante não poder fazer nada.

Infelizmente alguém ensinou para outro alguém que relacionamento é daquele jeito ali. Em que a felicidade do outro pode ser suprimida se você não estiver satisfeito ou que demonstrar ciúmes é motivo de alegria, afinal, não existe melhor forma de expressar amor, né?!

A saga da Kate e Toby aparentemente pode ter dado uma aquietada. Depois de um pseudo triângulo amoroso, parece que finalmente o carinha que trabalha no spa percebeu que “hoje não, Faro” e lidou com o pé na bunda da melhor forma possível, expulsando ela do local justamente porque seus pais são os donos. Mais uma demonstração da maturidade humana. Apesar de ter gostado desse desfecho pro personagem, não sei se já posso comemorar, já que como a Kate vai fazer a cirurgia e ela vai ter que voltar pra uma casa com equipamentos e toda estrutura própria, talvez aquele adeus não tenha sido um adeus, no final das contas. De qualquer sorte, por mais que tenha sido legal vê-los num nível de relacionamento mais avançado, foi bom não ter visto um possível fight com o Toby, pois acabaria muito como “donzela em perigo” e, definitivamente, a Kate não faz esse papel.

Enquanto Kate e Toby se entendem e vivem um dia de cada vez até o casamento, Kevin foi atrás da sua ex esposa e agora tudo parece que são flores novamente, já que os dois estão tentando se entender e restabelecer uma relação de anos atrás. Apesar de dar 0 credibilidade pro Kevin e seu relacionamento, é possível que eles se mantenham por um tempo até que os problemas de durante o casamento venham a tona e se torne um empecilho na vida do casal.

A situação do William não para de complicar e com ela vai embora a saúde do Randall. É tão triste vê-lo se perder e sofrer junto com o pai, chega a ser cruel assistir suas crises de ansiedade, ataque de pânico e não poder fazer nada. Apesar do Kevin ter abraçado ele e ter feito aquilo que todo mundo tem vontade desde quando começou a série, acho que pelo tanto que o Randall passou e passa, fica difícil se contentar com um abraço só. Toda problemática envolvendo a saúde mental do Randall torna-se um agravante a medida que o pai piora, e por mais que o Kevin ou a Beth esteja lá por ele, a luta não vai ser fácil. Seja por conta do trabalho ou não, Randall precisa de toda ajuda possível e acreditar em si mesmo, ele vai precisar ser forte para continuar lidando com o estado do William, bem como o final dessa história.

The Big Four

P.S.: Que massa que o Kevin foi ajudar o irmão ao invés de se apresentar. Apesar de ter deixado a Sloane lá, pelo menos ele não repetiu o feito da adolescência.
P.S.: Como assim já tá liberado gostar do Miguel?
P.S.: Sobre compararem a situação do Randall com a do Kevin na adolescência. Nem vou entrar nesse meio. Não vou mesmo.
P.S.: Deixo a seguinte mensagem, This Is Us é mais do que a morte do Jack, beijos!

E ai, mores! Como cês tão?! Antes de mais nada, agradeço a Laís pela cobertura na review passada, cê é genialmente sensacional <3. E quanto a vocês, a gente se vê na semana que vem no clima de carnaval, combinado?!! Boa festinha e até lá!


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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