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This Is Us – 1×18 Moonshadow (Season Finale)

Por: em 17 de março de 2017

This Is Us – 1×18 Moonshadow (Season Finale)

Por: em

Antes da estreia de This Is Ustodo mundo já ficava na expectativa de uma série linda e envolvente, com atores já conhecidos e, que de alguma forma, já fazia parte da infância de cada um de nós (alô alô Um Amor para Recordar). Além disso, todos os vídeos e entrevistas já indicavam que essa série se tornaria o mais novo xodó da galera. E não é que foi verdade?! Hoje posso afirmar, com base nos comentários de vocês, nas rodas de conversa entre amigas e amigos, e nos bastidores do Apaixonados, que This Is Us foi uma das melhores estreias dessa fall season 2016 e é considerada por muitos como uma das melhores séries da atualidade.

E a quem deve esse sucesso? Qual a magia por trás dessa série de tv aberta, cujo preconceito bate forte diante das grandes emissoras de canal fechado, como por exemplo, HBO, Showtime, FX e USA? É difícil entender como uma sinopse simples foi responsável pelo dilúvio semanal, que acontecia episódio após episódio nas casas de todxs. Mas desde a premiere, a gente já palpitava: “Ah, essa série aí? Ela tem potencial. Ela vai longe.” E foi. E hoje, apresentando a sua season finale, This Is Us abre portas e nos mostra que pode ir aonde quiser. Afinal, it’s just getting started.

Apesar da blasfêmia em ter visto o Jack sem barba, ter acompanhado um pouco da sua juventude, da vida pós Rebecca e filhxs foi intrigante e diferente. Entender a sua vivência, a sua história e poder “linkar” com o que ele se tornou depois de um tempo é importante para a trama, porque nos mostra que a série, como eu já mencionei algumas vezes, vai muito além do que a morte do personagem. Quanta coisa bacana a gente pôde compreender através dessa season finale? Quantos diálogos importantes a gente conseguiu captar nesse clímax angustiante em saber como ele vai morrer? A juventude do Jack foi difícil e é a realidade de muitas pessoas pelo mundo afora. O desemprego é real, a falta de oportunidade também, e vê-lo fazendo um bico aqui e ali, tendo que morar com os pais com 28 anos de idade e sem nenhuma perspectiva para o futuro, me mostra uma realidade muito mais presente do que se possa imaginar. Quantas e quantos vivem na casa dos pais e não tem nenhuma ideia do que fazer para sair de lá ou de que forma conseguir dinheiro para sua subsistência? O mercado é cruel e a vida segue os mesmos moldes, a gente vive em um mundo que para ser contratado em uma empresa que oferece experiência, você precisa ter experiência. E por mais que não faça sentido, as coisas só fazem piorar a cada dia que passa, já que é dessa forma que a probabilidade de se envolver com coisas, pessoas e situações ruins e ilegais é enorme.

A facilidade que se tem em fazer parte do mundo sujo é muito grande, e nem sempre temos a sorte de encontrar o amor da nossa vida, nos impedindo de seguir um caminho sem volta. O que poderia ter dado errado se Jack tivesse ignorado a voz da Rebecca? Apesar das suposições, o que restou de uma possível infância conturbada do Jack (não tivemos maiores informações sobre a infância, apenas a fase jovem) foi a certeza de que, aquele homem faria o melhor para sua família, faria melhor que o seu pai e faria melhor para si mesmo.

Rebecca sempre foi a mulher independente e cheia de sonhos e esperanças. Desde sempre sonhou em ser uma cantora famosa e seguir tal carreira, mas como nossos olhos só se enche para aquilo que é corporativo e enriquecedor a curto prazo, e não necessariamente o que te faz feliz e enriquecedor a longo prazo, a cada crítica negativa, a cada comentário maldoso, o seu sonho e vontade de ser cantora ia por água abaixo, a ponto de não existir naquele mundo fático, e não ser real aos olhos de quem tá de fora.

O papel da mulher hoje, para a sociedade, é o mesmo que o de tempos atrás. A dupla e tripla jornada se faz presente desde que mundo é mundo. Entre ter que estudar, trabalhar e cuidar das filhas, algumas mulheres preferem aquilo que mais sente que é o seu real papel. Cuidar da casa e marido se torna quase que uma tarefa inerente desde o nascimento. “Olha, você vai nascer, crescer, casar, ter filhos e viver em função disso, beleza?! Beleza.” Só que não é bem assim que funciona. O tempo foi passando e as mulheres se tornaram mais empoderadas e independentes para poder escolher o que querem ser na suas vidas, e dessa forma descobrindo a sua verdadeira função na sociedade. É por isso que, quando nós escolhemos o que queremos fazer com a nossa carreira, com o nosso corpo, muitos homens sentem a necessidade quase que intrínseca de dizer que não. Simplesmente pelo fato de terem sido ensinados a mandar, e nós, a obedecer. É por isso que o Jack teve tanta resistência com a ideia da Rebecca em ir para a turnê, não só pelo fato de está indo com um ex que ele nem sabia que existia, como também por ter que admitir que ela estava sendo muito mais do que a sua esposa e mãe.

O casamento da Rebecca e do Jack sempre foi pautado em respeito, companheirismo e honestidade. A linda história de amor dos dois contagiou a todxs e, dessa forma, cada episódio mostrando as suas vidas era motivo de suspiro e umas lágrimas a mais. Só que nem tudo são flores e mais cedo ou mais tarde, o que antes eram um mar de rosas, hoje já se torna espinhento. No meio de umas das discussões mais calorosas e mais sinceras da série, Rebecca fala algo que resume bem a situação em que ambos se encontravam naquele momento: “da próxima vez que falar que me ama, certifique-se que não é por hábito”. Discussão essa que, além de necessária para a trama, é essencial para entendermos o quão louco é a mente humana.

A cena dos dois discutindo foi nada menos que real. Um gritando contra o outro e colocando para fora anseios, incertezas, verdades e sinceridades. Foi doído, mas foi necessário para entender que não precisamos viver em função dx companheirx para ser feliz. Temos a nossa própria vida e, por mais que digam que ninguém é feliz sozinhx, acredito também que a felicidade individual importa tanto quanto. A discussão dos dois nunca foi sobre a mentira com o Ben, nunca foi sobre Rebecca ter namorado um cara na adolescência, a discussão foi sobre o quão frustrante pode ser a felicidade de alguém, e o quão opressor é você não respeitar a individualidade da mulher, ao invés de achar que ela vive em função do marido e crianças.

Chega a ser cruel o fato do Jack jogar na cara da Rebecca o que ele fez pelos filhos, o que ele fez pela casa e todos os seus sacrifícios pessoais em prol da família. Não por não ser verdade que ele doou e sacrificou-se por ela, mas pela injustiça com a Becca, que da mesma forma que ele, sacrificou sua vida pessoal, sua carreira como cantora em razão da família. Mas a verdade é que ambos se doaram demais, e chega um momento que você não quer mais doar, você quer a sua retribuição. Talvez seja por isso que o tempo que eles vão permanecer afastados, vai ser bom para que o Jack perceba que amor não enche barriga e que por mais que ele tenha feito uma linda declaração para a Rebecca, tudo que eles disseram um ao outro não vai se apagar, que nada mais foi do que o retrato da insatisfação. E agora o que restam a eles é enfrentar as consequências e seguir em frente.

The Big Seven

P.S.: Foi só o Randall aparecer colocando a foto do William no álbum para eu me emocionar. Vai ser lindo longe, viu!
P.S.: Por falar nele, será que a Beth vai aceitar adotar um bebê? Acho que isso vai dar probleminhas, cês lembram de quanto ela pensou que tava grávida?
P.S.: Sinto que a conversa do Kevin com o diretor vai ser produtiva e Sophie vai ter que escolher entre ir com ele ou continuar em NY. Já até deu sono, só de imaginar.
P.S.: Vamos ouvir a lindíssima voz da Chrissy Metz, uhul!! Espero que ela tenha mais sucesso que a mãe. A propósito, será que isso vão aproximá-las?
P.S.: Confessando aqui, eu nem reparei que o Jack não tinha morrido, a medida que as coisas iam acontecendo, eu nem lembrava mais da morte dele.
P.S.: “Let’s not focus on how the man died. Let’s focus on how the man lived!”  VENTIMIGLIA, Milo. E não é que faz sentido, pessoal???
P.S.: Sempre tive vontade de aprender a jogar poker, parece ser muito massa.

E aí, todo mundo bem? O que cês acharam da finale? Se decepcionaram ou foi como imaginaram? Então, eu quero só agradecer a vocês pela compreensão e paciência, assim como o companheirismo durante essa temporada. Obrigada pelo imenso carinho e pelas lindas mensagens nos comentários, assim como os debates e as opiniões divergentes. Cês são demais!! A gente se vê por aí em outras reviews e eu espero colar junto na próxima temporada, fechado?! Então, pronto. Um grande beijo, se cuidem e até a próxima <3

 


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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