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Top 10 – Séries de espiões

Por: em 30 de julho de 2011

Top 10 – Séries de espiões

Por: em

O mundo dos espiões faz parte do meu imaginário desde a infância, quando as notícias sobre o final da Guerra Fria e conflitos entre CIA e KGB se misturavam com comentários sobre o charme irresistível do agente 007 e as proezas de MacGyver com seu canivete e engenhocas. No cinema ou na TV, a fórmula é antiga, mas sempre capaz de se reinventar nos detalhes e arrecadar milhares de fãs. Pensando nisso, montamos nosso top de séries sobre o tema, aliando algumas “clássicas” e outras com temporadas atuais.

 

24 Horas por Camila


Jack Bauer é provavelmente o funcionário do governo mais leal ao seu país. Muitas vezes o agente especial colocou todos os seus interesses e de sua família abaixo do interesse da nação. Jack tinha por princípio que a população como um todo era mais importante que uma pessoa ou um grupo. Mas reparem que Bauer era leal ao seu país, não ao seu governante, muitas vezes pouco confiáveis. E se Jack era tão leal e digno, não podemos dizer o mesmo de quem estava com ele. A CTU (unidade contra-terrorismo) sempre teve algum agente duplo para espionar as atividades e garantir o sucesso dos ataques aos EUA, dando muito trabalho para Jack, mas no fim tiveram o final que mereciam, que o digam Nina Meyers, presidente Charles Logan e alguns outros. Os problemas que enfrentaram sempre envolviam a paz mundial, dizimação de parte da população e início de guerras, e Jack ainda tinha que se preocupar com espiões altamente treinados dentro de sua equipe. Ao longo das temporadas ele teve um braço direito, Chloe, e desconfiou do restante. Poucas vezes o público soube com antecedência quem era o espião, só descobrindo junto com Jack, o que garantia surpresa e reviravolta para a trama, fazendo com que 24 horas fosse desde o seu início um grande sucesso e uma série pioneira no seu gênero.
 

Agente 86 (Get Smart) por João Miguel

Exibida na década de 60, Get Smart é até hoje um marco na cultura popular norte-americana. A série acompanhava Maxwell Smart (interpretado pelo gênio do humor Don Adams) em suas missões para a agência de espionagem CONTROLE, lutando contra a organização de malfeitores K.A.O.S., da qual fazia parte seu nêmesis: o Doutor Siegfried (Bernie Kopell), que era o cabeça da corporação. A série, descrita como uma mistura dos filmes da série 007 com A Pantera Cor de Rosa, foi a sensação televisiva da década, inspirando grandes produções até hoje e dando origem a quadrinhos, livros e o filme de 2008, com Steve Carell (o Michael de The Office) e Anne Hathaway nos papéis principais. Ao lado de sua inseparável parceira (e par romântico), a Agente 99 (Barbara Feldon), Smart marcou época com seus clássicos bordões, seus gadgets absurdos (entre eles o icônico telefone no sapato), seu humor despretensioso e a maneira estabanada, caricata e ao mesmo tempo genial como conduzia suas missões. A química de Adams e Feldon é um dos maiores trunfos da comédia; ambos indicados ao Emmy pelos papeis, mas o elenco de apoio era igualmente fantástico: Edward Platt como o Chefe da CONTROLE, King Moody como Starker, o assistente de Siegfried, Dave Ketchum como o Agente 13 e, é claro, Fang (ou Agente K-13), um espirituoso Labradoodle. A criação de Buck Henry e Mel Brooks é a sátira máxima da Guerra Fria, eternizada por sua deliciosa jocosidade.

 

Alias por João Miguel

A criação de J.J. Abrams nasceu tímida, sem grandes ambições. Em um primeiro momento, o que estrearia no canal ABC na fall season de 2001 seria um remake da irrelevante The Girl From U.N.C.L.E. (que por sua vez é um spin-off de The Man From U.N.C.L.E.), dos anos 60, mas após várias edições no roteiro, tornou-se uma das séries de ficção científica mais aclamadas da última década. Em Alias, Jennifer Garner interpreta Sydney Bristow, uma universitária que tenta conciliar seus estudos e sua vida pessoal com o trabalho como espiã na agência SD-6, que ela acredita ser uma divisão da CIA. Tudo muda quando Sydney descobre que, na verdade, trabalha para uma organização criminosa internacional chamada Alliance of Twelve: a partir daí, a protagonista torna-se uma agente dupla, tentando derrubar a SD-6 de dentro. Acompanhamos Sydney envolvendo-se em intrincadas operações, nunca sabendo em quem confiar e valendo-se de seus infindáveis disfarces para realizar suas missões. Com o passar do tempo, a série ganhou em profundidade, ficando cada vez mais complexa e intensa. A busca pela elucidação das profecias de Rambaldi, os relacionamentos de Sydney com sua família, seus amigos e, particularmente, seu parceiro Michael Vartan, e reviravoltas e cliffhangers que estarreciam os telespectadores (no melhor estilo Lost, só que com um desfecho mais satisfatório) são os elementos que imortalizaram Alias e que marcaram para sempre os fãs da série.

 

Archer por João Miguel

No debochado cartoon Archer, Adam Reed mistura diferentes estilos, épocas, temas e técnicas de animação com o humor típico das séries animadas adultas do Adult Swim. O protagonista é Sterling Archer (dublado por Jon Benjamin, indicado do Emmy de Melhor Dublagem pelo papel), um espião cafajeste, mulherengo, egocêntrico e esbanjador que leva uma vida regada a mulheres e bebidas. Sua mãe, Malory Archer, é a chefe do Serviço Secreto de Inteligência Internacional (ISIS), empresa de espionagem onde ele também trabalha, juntamente com a super espiã (e sua ex-namorada) Lana Kane, o bem dotado Cyril Figgis, a lenta secretária Cheryl/Carol/Cristal Tunt e a “cheinha” Pam Poovey. Lá, os personagens enfrentam problemas típicos do dia-a-dia de qualquer escritório, como denúncias de assédio sexual e hostilidade no ambiente de trabalho, em um cenário político onde “a Guerra Fria nunca tem fim”. A série é descrita como a junção de 007 e Arrested Development, série da qual boa parte dos dubladores já participou e que tem um humor parecido com o de Archer: cínico, rápido, trabalhado e repleto de influências à cultura pop. A estética da série remete aos quadrinhos da década de 60 e lembra bastante Mad Men, porém nunca fica estabelecido em que década a história acontece. Uma verdadeira miscelânea de referências, Archer é considerada a Agente 86 desta década, avacalhando completamente a política internacional em prol do humor de qualidade. Aliás, ela ganhou um prêmio NewNowNext na categoria “Melhor Série que Você Não Está Assistindo”. Se fosse você, não perderia mais tempo.

 

Burn Notice por Andrezza

Burn Notice é uma série sexy e repleta de ação. O título se refere aos “avisos de queima”, lançados pelos serviços de inteligência para desacreditar ou anunciar a exoneração de agentes ou fontes que foram considerados duvidosos. O protagonista é o agente Michael Westen (Jeffrey Donovan), um espião agora sem currículo, dinheiro, apoio, enfim, sem identidade. No meio de uma operação na Nigéria, ele é informado da “queima” e acorda em Miami, sua cidade natal, de onde não poderá sair antes de descobrir quem o queimou. Apesar de não ser mais um espião oficial, Mike utiliza todos os seus conhecimentos para trabalhar como investigador particular, ajudando pessoas que a polícia não pode ou não quer ajudar,  tudo na tentativa de financiar a sua investigação sobre o motivo de estar na “lista negra”. Michael luta contra mafiosos, vigaristas, traficantes de armas, sequestradores, especialistas em lavagem de dinheiro e traficantes de droga.  Em suas missões, conta com a ajuda de sua ex-namorada, Fiona Glenanne (Gabrielle Anwar), ex-agente do IRA – e nas horas vagas traficante de armas e “caçadora de recompensas”, além de Sam Axe,  o melhor amigo de Michael e um contato da inteligência militar e ocasionalmente pede ajuda até a sua mãe, Madeline. Os episódios conciliam essas duas narrativas: a busca de Mike pelo motivo de ter sido “queimado” e episódios individuais focando em casos nos quais ele trabalha para clientes. A série é narrada do ponto de vista de Michael, como se estivesse ensinando o telespectador as táticas de espionagem, imperdível para quem gosta de mistérios e grandes reviravoltas do mundos dos espiões. Que ser um espião? Pergunte a Michael Westen!

 

Chuck por Andrezza

Espiões são charmosos, inteligentes, seguros, insensíveis, especialistas em artes marciais e peritos em armas de fogo, treinados apenas para cumprir ordens, executar tarefas sem questionar os motivos, certo? Nem sempre. Chuck Bastowsky (Zachary Levi) era apenas um nerd especialista em computação que trabalhava com seu melhor amigo, Morgan, em uma loja de artigos eletrônicos. Em seu aniversário ele recebe um e-mail de um ex-colega de faculdade – agora agente da CIA – que lhe mostra uma série de imagens, todas referentes a arquivos confidenciais da CIA, parte de um programa secreto chamado Intersect. No começo, Chuck era apenas um recurso a ser protegido pelos espiões veteranos Sarah e Case. Com o passar do tempo, ele evolui até ser considerado um ótimo espião, sem, claro, perder seu charme inconfundível, incluindo a aversão à armas de fogo e a combates corpo-a-corpo. Quem mais desarmaria uma bomba usando suco? O final da quarta temporada trouxe novos rumos a série e Chuck e seus amigos agora estarão intretidos com a Carmichael Industries. Apesar da baixa audiência, foram os fãs que livraram a série do cancelamento com as campanhas “Save Chuck“, mostrando que o espião “atrapalhado” conquistou muitos corações. Nesse ponto, vale ressaltar os méritos do shipper Chuck/Sarah, um dos mais queridos do mundo das séries e, inclusive, Yvonne Strahovski foi uma das mulheres mais requisitadas da última Comic Coon. A quinta e última temporada estréia em outubro no EUA e você pode conferir aqui as novidades divulgadas na Comic Coon.

 

Covert Affairs por Lara Lima


Annie Walker (Piper Perabo) é uma agente em treinamento da CIA que inesperadamente é promovida para operações em campo. Tudo leva a crer que essa promoção é graças as suas habilidades lingüísticas (ela é fluente em seis línguas, incluindo turco e hebreu), mas na verdade é uma estratégia da agência para encontrar o ex-namorado e ex-agente – Ben Mercer (Eion Bailey).  O grande diferencial dessa série é o ritmo acelerado, tramas ágeis e casos bem criativos de modo que todo episódio é surpreendente. O texto é inteligente e possui críticas a essa política de espionagem dos EUA. Ademais, a protagonista é cativante, doce, amiga e não tem aquela mascara de mulher durona querendo provar que dá conta do recado comum a outras protagonistas femininas em procedural policial. Covert Affairs deixa o mundo dos espiões ainda mais atrativo com um jeito inteligente e divertido de entreter.

 

Macgyver (Profissão Perigo) por João Miguel

A produção da ABC trazia Richard Dean Anderson no papel do protagonista MacGyver, o “Tom Sawyer dos dias atuais”. Ex-agente do Departamento de Serviços Externos (DXS) dos Estados Unidos, Mac trabalhava como agente secreto para a Fundação Fênix, sendo sempre requisitado por seu chefe Peter Thornton (Dana Elcar) para atuar nas situações mais complicadas. Mas o herói era contra o uso de armas de fogo, devido a um acidente que aconteceu em sua infância (o que fez com que, posteriormente, o personagem fosse usado em várias campanhas contra a posse de armas), e para enfrentar arriscadas missões, valia-se de clipes de papel, canetas esferográficas, maços de cigarro, cabides, pilhas alcalinas e outros objetos banais da vida cotidiana, além de seu inseparável canivete suíço. A série durou sete temporadas seguindo uma fórmula bastante rígida e sendo absolutamente episódica. Pode parecer cansativo ou tolo, mas o que garantiu o sucesso de MacGyver foi a engenhosidade do personagem-título e a criatividade das situações criadas. O show é tão cultuado que “macgyver” tornou-se um verbo nos Estados Unidos, sinônimo de improvisar, deu origem a uma técnica conhecida como MacGyverismo, além de livros, telefilmes, games, a sátira “MacGruber” e o memewhat would MacGyver do?”. Tendo marcado a infância de muita gente, MacGyver é hoje o símbolo do “faça você mesmo” e a “spy-fi” que deixou o legado mais respeitável da história da TV.

 

Nikita por Leandro Lemella

Depois de anos respeitando as ordens de Percy, chefe da Division, agencia financiada pelo governo para esconder os podres do mesmo,Nikita decidiu se rebelar contra a organização e lutar para acabar com ela. É assim que somos introduzidos a uma trama inteligente, ágil e envolvente, cheia de personagens bons de briga e prontos para cumprir a missão que for. O foco claro é Nikita, uma agente que abusa da sensualidade em suas missões e as cumpre sempre com extrema eficácia. Junto dela está Alex, uma das novas recrutas da Division, mas que na verdade faz jogo duplo e só está lá dentro para ajudar Nikita e vingar a morte de seu pai (fato que ocorreu devido a ordens dessa organização). Do outro lado, temos Michael, um dos grandes dentro da Division, agente sério e competente, que junto com Percy caça a inimiga número um da organização: Nikita. Temos também Amanda, personagem cruel, mas incrivelmente interessante, o que torna surpreendentemente difícil tomar um lado nesse jogo. Se você espera encontrar missões, tiros e muita ação, encontrou a série certa, sendo ainda presenteado com mulheres belíssimas que mandam muito bem em brigas sérias. Remake da série de sucesso nos anos 90, La Femme Nikita, e com um roteiro sensacional, viradas impressionantes e tramas envolventes, Nikita fez uma das melhores temporadas do último Fall Season e deixou pontas interessantíssimas para a próxima temporada, fazendo valer a pena dar aquela espiadinha na série!

 

Verônica Mars por Alexandre Borges

O subtítulo que o SBT usava para anunciar a série, por mais estranho que soasse para nós, era apropriado: Veronica Mars: A jovem espiã. Com uma personagem principal poderosa, casos bem elaborados e tramas investigativas com desfechos sempre surpreendentes e mesmo com um cancelamento pra lá de precoce (e injusto!), Veronica Mars firmou seu lugar ao sol entre as grandes séries da década, mesmo que seu canal de origem seja a CW, o último na hierarquia da TV aberta americana. Os motivos para tal sucesso saltam aos olhos de quem teve o prazer de assisti-la: O brilhante roteiro de Rob Thomas, a irretocável atuação de Kristen Bell no papel principal e a deliciosa pegada pop que a série teve, mesmo tratando de tramas investigativas, foram a fórmula certa para a consagração junto à crítica. Veronica era uma jovem que dividia seu tempo entre as obrigações do Ensino Médio e as investigações que chegavam a sua mão. A série adotava o esquema de um caso central por temporada (a não ser na terceira e última temporada, que trouxe mais de um), que era intercalado por ótimos casos isolados nos episódios semanais. Os casos centrais, ao serem resolvidos, fugiam ao óbvio, assim como uma boa parte dos semanais. Além de Veronica, os personagens secundários também eram fortes e davam mais brilho ao show. E pra quem é fã de espionagem, mas também não abre mão de uma bem contada história de amor, Veronica Mars também é uma ótima pedida. Veronica e Logan, são, até hojes, citados em muitas listas que envolvem melhores casais de TV. Em meio a uma Summer Season escassa, Veronica Mars pode ser a série que você procura.

 

Gostou do nosso top? Qual a sua série preferida? Não conhece nenhuma? Então não perca tempo, escolha alguma e divirta-se!


Andrezza

Mineira apaixonada por séries policiais, dramas jurídicos e séries teen de qualidade (Saudades, Greek!).

Belo Horizonte - MG

Série Favorita: Grey´s Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: House

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