Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Um é pouco, dois é bom, três poderia ser ainda melhor

Por: em 9 de outubro de 2010

Um é pouco, dois é bom, três poderia ser ainda melhor

Por: em

Em julho desse ano homenageamos algumas séries que por azar tiveram vida curta e apenas uma temporada exibida, nem sempre com final satisfatório.  Desde então, como o começo da fall season 2010, Lone Star já entrou para essa lista de ótimas séries com curta duração.

Porém, algumas das nossas séries preferidas conseguem dar um jeitinho de ganhar uma segunda temporada antes de serem canceladas. Esse é o objetivo desse post, homenagear algumas séries excelentes e que tiveram e ainda tem uma grande base fãs, mas que foram canceladas com duas temporadas, sem chance de uma terceira.

Dead Like Me (por Caio)

Criada por Bryan Fuller, o mesmo diretor por trás de outra série desse post e de Wonderfalls que teve apenas uma temporada, Dead Like Me ficou no ar por 29 episódios. Vinte e nove episódios de puro humor negro muito bem feito e interpretado. Dead Like Me contava a vida de George, uma garota de 18 anos que não aproveitava a vida e usava o sarcasmo para que as pessoas se mantivessem fora do seu alcance. O destino agiu e George foi morta e transformada em grim reaper, mortos-vivos, (vivem na terra com outra aparência física mas estão mortos) seres que recebem a tarefa de ceifar as almas das pessoas antes delas morrerem para que não sintam dor. A série mostrava a vida de George como ceifeira e o grupo no qual pertencia cheio de personagens bem construídos e pra lá de divertidos e simpáticos. Toda a fantasia e ironias da série a transformaram em uma das melhores que já vi. Me pegou de surpresa e todo o humor negro e as cores fortes + a simpatia dos personagens fazem de Dead Like Me inesquecível. Uma viagem ao mundo dos mortos de forma simples, irônica, divertida e preciosa. Mas como de costume, brigas nas produções foram o que levou a série a terminar. Quanto a audiência ainda há controvérsias visto que alguns falavam que era a mais vista do Showtime, e outros que ela andava cambaleando.

Por que merecia ser renovada?

Porque existiam milhões de probabilidades para serem criadas. Como a mostrada no filme que foi feito alguns anos depois do término da série. A probabilidade de George virar chefe do grupo ou contar a verdade para sua família são tramas mais do que interessantes. Mais episódios de Dead Like Me nunca seriam demais, além de que teríamos todo o romance Mason e Daisy para trabalhar que foi muito bem direcionado durante as duas temporadas. A história da vida anterior de Rube e plots bem feitos na de Roxy também seriam probabilidades merecedoras de renovação.

Final frustrante ou satisfatório?

Satisfatório na medida do possível. Muitas coisas ainda precisavam de fechamento, mas Dead Like Me encerrou bem a trama. O filme que teve depois nem deve ser considerado fechamento da trama e sim o 29º episódio da série, com Reggie sabendo que a irmã estará sempre perto e George sabendo, em suas próprias palavras que “não é tão ruim estar dead like me”.

Samantha Who? (por Jéssica)

Samantha Who? ficou no ar por 35 episódios. A série conta a história de Samantha Newly (Christina Applegate) , vice-presidente da imobiliária, Chapman and Funk, que depois de sofrer um atropelamento e ficar em coma, desenvolve amnésia e tem que redescobrir sua vida e suas relações com as pessoas. A “antiga” Sam era má, egoísta e maltratava a maioria das pessoas, a Applegate sabia como ninguém mudar a expressão nas cenas do passado e presente. A nova Sam é boazinha e tenta compreender o porquê de todos terem medo dela ou mesmo a odiarem. A melhor amiga de Sam, Andrea, é mais parecida com a Sam antiga e tenta a todo custo esconder as situações do passado. Já Dena sempre a idolatrou e não conseguia se aproximar, até a amnésia. Sam morava com o namorado Todd, mas depois do acidente acaba voltando para a casa dos pais, sem imaginar que não falava com eles há mais de dois anos. A busca da Sam por sua personalidade e lugar no mundo estimulava a reflexão e o modo atrapalhado que ela tentava consertar tudo causava muitas risadas.

Por que merecia ser renovada?

A Samantha ainda tinha muito o que realizar para compensar todas as maldades de sua “antiga” personalidade. A renovação de seu relacionamento com o Todd e possível namoro e da Andrea e o “garoto da toalha”, Seth. Uma série tão leve e com alto astral foi prematuramente cancelada.

Final frustrante ou satisfatório?

Satisfatório, apesar de corrido, nos últimos capítulos as situações foram se sobrepondo e sendo resolvidas de maneira muito rápida. As três amigas acabaram namorando e de forma feliz como final de novela. A série acabou e deixou um gostinho de quero mais.

Twin Peaks (por Guilherme)

Twin Peaks foi uma série a frente de seu tempo. Estreando em abril de 1990, a ABC deu um passo arriscado ao dar a luz verde pra David Lynch (e Mark Frost) criarem a série que virou fenômeno no início da década retrasada. Mas o fenômeno durou por pouco tempo. Lynch era um cineasta pouco conhecido na época (seu filme mais acessível — e de maior sucesso — havia sido ‘O Homem Elefante’, de 1980) e trazer todo o experimentalismo que o cara empregava na telona e passá-lo pra telinha foi uma tarefa que acabou dando MUITO certo, mas não se provou tão eficiente a longo prazo. A história do assassinato de Laura Palmer e a investigação do agente do FBI, Dale Cooper, era empolgante pra caramba, só que Lynch e Frost adotaram um estilo extremamente peculiar pra cidadezinha que dá nome a série, o que acabou ficando um pouco cansativo à medida em que a história se desenrolava. O clima que a cidade de Twin Peaks transpira é a alma da série e o modo pouco convencional com que o Agent Cooper comanda a resolução do mistério funciona perfeitamente… até a conclusão do assassinato, um pouco antes da metade da segunda temporada. Depois disso, a série tomou outros caminhos — até porque David Lynch abandonou a produção e só voltou nos dois episódios finais — e junto com a mente por trás de Twin Peaks, foi-se o interesse do público.

Por que merecia ser renovada?

A verdade é que talvez não merecesse. A ideia de Lynch e Frost funcionou mais como uma minissérie, e depois da resolução do mistério principal, Twin Peaks não conseguiu se adaptar bem a uma estrutura de longo prazo.

Final frustrante ou satisfatório?

Os dois últimos episódios não chegaram a encerrar a história de BOB, mas o final aberto é eletrizante. A resposta pro que aconteceria com o Agent Cooper dominado pelo espírito matador provavelmente é muito mais interessante dentro das nossas próprias cabeças.

Pushing Daisies (por Caio)

Pushing Daisies é a outra série do Bryan Fuller, criador de Dead Like Me aí em cima. Com todo um estilo Amélie Poulain de ser, a série contava a história de Ned, um fazedor de tortas que podia trazer as pessoas de volta a vida com o toque de seu dedo. Porém, se ele não voltasse a tocar a pessoa dentro de um minuto para que ela morresse para sempre, alguém iria cair morta no lugar dela e ele nunca mais poderia encostar na pessoa, pois ela faleceria. Por ironia do destino, Ned traz Chuck de volta a vida, seu amor de infância mas não consegue fazê-la morrer de novo e a deixa viva. Os dois se apaixonam mas nunca podem se tocar ou Chuck morre. Além dessa história principal, Pushing Daisies contava com personagens secundários mais do que cativantes como o excelente investigador particular Emerson Cod (Chi McBride hoje em Human Target) e a fantástica pequena garçonete Olive Snook, interpretada pela vencedora do Emmy e apaixonante Kristin Chenoweth. As tias Lily e Vivian eram outras personagens de apoio mais do que brilhantes. O excesso de cores fortes, o abuso da fantasia e romance improvável mas não impossível, a incrível e perfeita narração de Jim Dale e os cenários que saltavam aos olhos transformaram Pushing Daisies em um grande fenômeno, mas desgastado com o tempo pelos americanos que cansaram de uma história que ainda poderia dar o que falar.

Por que merecia ser renovada?

Para início de conversa só tivemos 22 episódio porque a 1ª temporada foi afetada pela greve dos roteiristas e acabou tendo apenas 9 episódios. A história tinha potencial, ainda mais como terminou a série. As tias Lily e Vivan descobrindo a verdade sobre Chuck estar viva poderia render grandes histórias, assim como todo o desenvolvimento do romance de Olive e Randy Mann e o relacionamento de Emerson e sua filha são outras histórias que valeriam a pena serem aproveitadas, além de poder continuar acompanhando os casos estranhíssimos da pequena equipe de investigação.

Final frustrante ou satisfatório?

Satisfatório. Com o cancelamento anunciado os roteiristas conseguiram refilmar o final do 22º episódio dando um pequeno e sensato término para a história. É claro que muitas coisas ficaram no ar e que várias outras poderiam ser terminadas diferentes. Mas saber que uma série como Pushing Daisies conseguiu dar um finalzinho para sua curta duração é bem satisfatório.

Joan of Arcadia (por Cristal)

No século XV surgia Joana D’Arc (ou melhor, Jeanne d’Arc), uma camponesa francesa que se tornou heroína na Guerra dos Cem Anos, mas acabou sendo vista como bruxa e queimada viva ainda aos dezenove anos. No século XXI, surgiria Joan Girardi, moradora de Arcadia que nem aos dezenove conseguiu chegar, e teve a sua série cruelmente cancelada quando ainda tentava completar o colegial. Joan of Arcadia, a série, contava a história de Joan, uma adolescente que se comunicava com Deus. Ou melhor, Deus se comunicava com ela. E se isso já é confuso na vida de um adolescente, imagina que a cada dia a aparição divina acontecia de uma forma diferente, fosse na forma de uma senhora, de um carinha bonito, ou até mesmo de uma criança, sempre confundindo a cabeça de Joan com pedidos indecifráveis. E enquanto Joan tentava desvendar os mistérios divinos, seu pai Will  atuava como chefe de polícia, responsável por desvendar os mistérios palpáveis de Arcadia. Completavam a família Kevin, o irmão mais velho cadeirante, se adaptando a sua nova situação; Luke, o nerd da casa; e Helen, a mãe compreensiva em conflito com a sua fé. Mas, como toda série protagonizada por um adolescente, a escola também era uma parte importante de Joan of Arcadia, e era nela que encontrávamos sempre dois dos mais interessantes personagens da série: Grace, a melhor amiga e Adam, o namorado. Personagens profundos que ajudavam a manter a série sempre no tom dramático certo, sem melodramas e com a sensibilidade necessária para uma série com uma temática como essa.

Por que merecia ser renovada?

Verdade seja dita, Joan of Arcadia não era uma série para um canal aberto. E como sua morada norte-americana era a CBS, já dava pra imaginar que sua vida útil seria curta. E dois anos com certeza não foram suficientes pra abordar um tema tão profundo quanto Deus, seja ele quem for, exista ele ou não.

Final frustrante ou satisfatório?

Mais frustrante impossível! Do meio da segunda temporada até o final da série, tudo começou a desmoronar na vida de Joan. Adam resolveu agir como um perfeito idiota e os dois terminaram, fomos apresentados a um novo personagem bastante suspeito que também tinha uma linha direta com os céus, e Deus revelou a Joan que os últimos dois anos não tinham passado de um treinamento para um desafio maior… Something wicked this way comes, dizia o título do último episódio. E tudo que garantiria uma excelente e movimentada terceira temporada! Isso se a série tivesse sido renovada, claro. E ficamos a ver navios.

Eli Stone (por Cristal)

Se uma série em que o protagonista conversava com Deus não deu certo em 2003 na CBS, porque daria em 2008 na ABC? Era isso que os executivos do canal deviam ter pensado antes de produzirem a série e nos deixar órfãos de Eli tão cedo. Bom, eles tentaram. Em Eli stone, Deus não se comunicava de forma direta, muito pelo contrário… Suas mensagens vinham através de sonhos e alucinações que mais pareciam um espetáculo da Broadway e que continham previsões de eventos futuros e dicas sobre a resolução dos casos do escritório de Eli. O principal protagonista dos devaneios de Eli era George Michael, mas sempre havia espaço pra todo o elenco. E era esse o maior charme da série, sermos surpreendidos com alucinações cada vez mais descabidas de bom senso, que pipocavam sempre nos ambientes mais inóspitos, como o escritório e os tribunais em que Eli advogava. E em contradição com as dúvidas de Eli a respeito do seu dom premonitório, suas previsões eram cada vez mais certeiras, chegando a salvar a vida de seu chefe e amigo Jordan.

Por que merecia ser renovada?

A série tinha um elenco excelente e completamente afinado com o clima da série. Jonny Lee Miller, o Eli, vivia incrivelmente equilibrado na tênue linha entre descrente e crédulo sobre tudo que lhe acontecia de mais extraordinário. Victor Garber, no papel de Jordan Wethersby, embora representasse mais um advogado sisudo, aos poucos ia se deixando levar pelo carinho que tinha por  Eli, passando até a protagonizar seus delírios musicais. E o envolvente casal vivido por Natasha Henstridge e Sam Jaeger apenas dava seus primeiros passos.

Final frustrante ou satisfatório?

Frustrante, mas nada desesperador. Nunca saberemos o que o destino guardava para Eli e Maggie, nem qual seria o novo caminho do renovado Jordan, muito menos se Taylor e Matt realmente se casariam… Mas alguém tem dúvida de que Eli sobreviveria a mais essa cirurgia de remoção de aneurisma? Afinal, já vimos lances do seu futuro, e a essa altura da série não dava mais pra acreditar que eram apenas alucinações.  Dos males o menor, pelo menos vimos o series finale antes dos norte-americanos, que ficaram a ver navios com a interrupção da série frente à baixa audiência.

Legend of the Seeker (por Caio)

Produzida pelos estúdios ABC mas exibida em syndication, ou seja, por diversos canais em horários diferentes, Legend of the Seeker trouxe mais uma vez a fantasia para as telas da tv. Mas não uma fantasia como as de Bryan Fuller e sim das de Hércules e Xena (inclusive vários produtores eram os mesmos). Richard Cypher era um homem comum que tinha um destino importante: ser o próximo Seeker, o homem que salvaria o mundo dos domínios de Darken Rahl. Junto com ele, a Confessor Kahlan, o mago e avô Zedd e posteriormente a Mord’Sith Cara, ajudam Richard a salvar o mundo desbravando florestas, caminhando por paisagens de tirar o fôlego, (a série era filmada na Nova Zelândia) e lutando batalhas mais do que bem feitas e editadas. A série era única e conseguia uma média de quase 3 milhões de telespectadores por episódio passando em diferentes horários no sábado a noite. Porém, isso não foi o suficiente para salvar a série que possuía um alto orçamento pelos locais de filmagem e efeitos visuais. A fantasia de Legend of the Seeker conquistou fãs ao redor do mundo que criaram uma super campanha para salvar a série, mas que não adiantou. No total, foram produzidos 44 ótimos episódios com muita luta, magia, romance e bravura…e ah, claro, personagens como Zedd e Cara, que ficarão marcados para sempre na vida dos fãs da série.

Por que merecia ser renovada?

Porque agora era a hora de começar o desenvolvimento 100% dos personagens. Claro, as evoluções de todos eles foram muito bem conduzidas, de Cara especificamente, mas agora começavam os 4 desde o início vivendo algo diferente. Um romance para Cara, uma chance maior para Richard e Kahlan e ainda mais Darken Rahl e Nicci juntos contra eles. Esses dois vilões aliados tinham muito potencial e sinceramente Legend of the Seeker é daquelas séries que poderiam passar por muito tempo, pois a mitologia é enorme e nunca fica repetitivo.

Final frustrante ou satisfatório?

Mais ou menos satisfatório. Eles concluíram perfeitamente o arco principal da 2ª temporada que eram as fendas abertas entre a terra e o submundo. Isso foi concluído e muito bem, e claro, Richard e Kahlan tiveram seu momento junto feliz. Mas um final para a série seria vê-los juntos constituindo família, com Zedd sendo aquele vôzão que toda criança quer ter e Cara como amigona da família, mas também como mãe e podendo ter seus filhos. Foi isso que eu realmente senti falta, um final bem bonito para esses 4 personagens principais. E claro, tivemos o pequeno cliffhanger de Darken Rahl se afiliando com Nicci, ou seja, o mal ainda poderia imperar.

Dark Angel (por Bruna )

Criada por James Cameron e Charles H. Eglee, Dark Angel teve 42 episódios de muita ação, ficção científica e romance. A série conta a história da vida de Max Guevara, uma humana aprimorada geneticamente que se esconde de seus criadores na cidade de Seatle após o pulso eletromagnético – que na verdade foi um ataque terrorista –  de 80 milhas que apagou os dados de todos os computadores americanos e provocou uma grave recessão mundial. Max é perseguida por seus criadores, após fugir na infância, da base militar onde foi criada, chamada Manticore. Max sobrevive  trabalhando como entregadora e fazendo pequenos furtos, e em um desses furtos ela conhece Logan, um jornalista que luta contra a corrupção do governo e que acaba ajudando Max em sua fuga em troca de serviços: sendo Max uma humana melhorada, ela tem super-força, visão de longo alcance, entre outros melhoramentos. Logan e Max se apaixonam; mas enquanto Logan quer justiça e um mundo melhor, Max só quer sobreviver longe dos seus criadores e ajudar seus irmãos também fugidos de Manticore.

Por que merecia ser renovada?

O final encontrado pelos criadores foi apressado, com o intuito de não deixar a série no vácuo, o que tornou o final um tanto mal acabado, em comparação com o resto da série. Do meio para o final da segunda temporada, a qualidade da trama foi decaindo, com intenção de termina-la com um final digno, o que acabou estragando o dito final.

Final frustrante ou satisfatório?

Final parcialmente satisfatório: os “irmãos” de Max, modificados geneticamente ganham o direito de conviver em igualdade com os humanos, mas depois de muita luta e até de enfrentamento direto entre policiais e “mutantes”.

Survivors (por Caio)

Essa é a única série do post que não é americana. Survivors é uma produção inglesa do canal BBC que contava a história de um grupo de pessoas tentando sobreviver em um mundo no qual 99% da população terrestre foi morta após um vírus ter atacado o planeta. A premissa parece simples mas a série é demais. Situada na Inglaterra com paisagens fantásticas e um nível de produção de dar inveja. Survivors tinha personagens para lá de carismáticos como a líder do grupo Abby, o lindo casal Al e Sarah, o pequeno Najid e a médica Anya. Personagens verdadeiros que podem ser encontrados em qualquer lugar buscando e lutando pela vida em um planeta completamente deserto. Um país sem governo pode ser catastrófico, então vamos acompanhando a luta do grupo de Abby andando pelas ruas da cidade e procurando comida e lugar seguro, brigando contra ladrões e pessoas que também querem apenas tentar sobreviver, enquanto acompanhamos o governo tentando se reerguer e descobrindo que o vírus que devastou a face da terra pode ter sido criado em laboratório intencionalmente. Tudo em Survivors chama atenção, pois é muito bem feita e verdadeira, mostrando a realidade e o quão podres certas pessoas podem ser quando não se tem como viver. Porém, Survivors foi cancelada após a segunda temporada atingindo entre 3 e 5 milhões de telespectadores por episódio, um pouco abaixo do esperado e que não justificava o alto orçamento da produção.

Por que merecia ser renovada?

Simplesmente porque estávamos quase descobrindo tudo sobre a política por trás da criação do vírus e dos que foram responsáveis pela sua origem. Acabáramos de encontrar Peter e havia muita história a ser desenvolvida, já que a esposa de Greg poderia estar viva e a salvo em um local onde alguns escolhidos teriam sido colocados para continuar a viver na terra. Toda a história sobre o vírus ainda estava começando a ser desenvolvida e muita, muita coisa havia pela frente. Além de tudo, a série merecia mais episódios, visto que só teve 12 em duas temporadas de 6 cada, como é o costume das séries inglesas.

Final frustrante ou satisfatório?

Totalmente frustrante. Visto tudo que falei no porque ela merecia ser renovada. Iríamos descobrir tudo sobre o vírus e a história real dos acontecimentos. A série terminou com o grande cliffhanger de Tom escondido dentro do avião de Landry e indo atrás da verdade, enquanto o resto do grupo procurava por ele ao mesmo tempo que Abby estava junto de Peter.

Party Down (por Guilherme)

Ninguém no universo assistiu Party Down. A série tinha pouca visibilidade por passar no Starz, canal americano que ainda tá crescendo no ramo das seriados, mas a verdade é que o clima low profile da produção combina MUITO com o dia-a-dia daquele serviço de buffet. Quase todo mundo na série é alguém envolvido com atuação, cinema ou algo do tipo, mas nenhum deles conseguiu se dar muito bem no ramo. À primeira vista, parece que Party Down é só uma comédia sobre um bando de fracassados, mas o mais legal da série é que quanto mais ela se desenvolvia, mais ela nos dizia que às vezes desistir não é o fim do mundo, não é tão ruim assim. Muitas vezes é difícil, e muitas vezes é um saco — e é daí que surgem os momentos mais engraçados da série — mas a relação que aquela galera vai criando uma com a outra monta um ambiente legal pra caramba de se assistir. Principalmente com Henry e Casey, o casal principal da série. Além dos dois, interpretados por Adam Scott — agora em Parks And Recreation — e Lizzy Caplan, Party Down tem um elenco variado: na primeira temporada Jane Lynch fazia parte do grupo, mas por causa do sucesso de Glee, acabou tendo que sair na segunda; e pros fãs de Freaks and Geeks, Martin Starr tá perfeito no papel de Roman, roteirista de sci-fi wannabe.

Por que merecia ser renovada?

Porque era muito, MUITO engraçada. Precisa de motivo melhor?

Final frustrante ou satisfatório?

Frustrante porque 20 episódios foi muito pouco pra tudo que Party Down poderia ter feito. Mas dentro do contexto da série, foi satisfatório por terminar num climão otimista mostrando Henry finalmente tentando seguir sua carreira de ator.

PS: Crédito das imagens para o parceiro Guilherme


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

×