Chegamos na metade da primeira temporada de Van Helsing e parece que finalmente os produtores estão aprendendo a fazer televisão. Apesar de ainda não termos uma definição para as ações das personagens, nem um foco nas explicações que realmente precisamos (como, por exemplo, quem ou o que é Vanessa), esse foi um episódio um pouco melhor que os anteriores, pois nos deu algumas informações e pistas interessantes para analisarmos.
Começamos com a fuga de Vanessa e Susan, que foi muito mais simples do que esperava. Você quer me dizer que havia apenas uma criatura nos esgotos e toda a horda de vampiros tinha medo dele? Eu tenho mesmo que acreditar que se eles se juntassem eles não conseguiriam subjugá-lo? Eu achei que estão querendo forçar um pouco a barra ai. Mas pelo menos agora sabemos que Vanessa não é invencível. Sim, ela entra em um estado primitivo de luta, sim, ela derrota a criatura, mas não sem sofrer sérios danos que a levam ao choque. A minha pergunta aqui é: será que não é exatamente isso o que aconteceu durante o primeiro ataque? De repente ela pode estar desenvolver anticorpos em seu corpo, por isso ficou tanto tempo em coma e agora consegue reverter o vampirismo. Dessa vez, a sua cura não está funcionando rapidamente. Eu aposto nesse viés.
A introdução de Susan traz um boa dinâmica para contrastar com Vanessa. A cena em que Susan cuida da amiga em estado de choque e canta uma canção de ninar é tocante e levemente assustadora. Vanessa é literalmente a única humana que resta na nova vida de Susan e ela fará de tudo para cuidar dela, como se quisesse pagar por tudo que Vanessa fez por ela antes. A luta na cozinha foi muito empolgante e nos deixa com uma dúvida: Susan era muito fraca quando humana, será que ela manteve algumas de suas características de vampira? Caso sim, isso abre um leque de possibilidades para os retornados.
Enquanto isso, na resistência, o plano dos humanos falha, pois são descobertos. O líder tenta arrancar uma confissão de Sheema – já que foi ela quem trouxe as plantas do prédio – apenas para ser morto por Rebecca. Nenhuma das opções que imaginei estavam corretas. É muito mais interessante. Rebecca busca por alguém chamado Taka. Esse alguém é de algum modo perigoso e ela usará Sheema como disfarce para caçar entre os humanos e conseguir as informações que precisa. Mas eu gostaria de saber se Sheema foi escolhida por algum motivo especial ou se foi apenas conveniência.
Sobre Brendan e seu grupo, eu já achava que estavam todos errados desde que chegaram e aqui conseguiram provar que não mereciam confiança. Catherine invade uma sala com claros sinais para não entrar, quase mata Kelly e ainda quer que todos coloquem a culpa em Axel? Em nenhum momento eu julgo a decisão que tomaram de expulsá-los do hospital. Também foi importante acompanharmos a relação entre Vanessa e Kelly. A menina obviamente a lembrava de Dylan, trazendo um lado frágil que ela ainda não havia demonstrado. É importante sabermos que Vanessa não é apenas uma louca cheia de raiva que busca a filha. Ela ainda é humana. Mas antes de seguirmos, devemos falar sobre Axel.
A forma como Axel retomou o hospital foi descabida? No meu ponto de vista: sim. Mas eu não vivo naquele mundo. Vamos analisar a situação: ele está encurralado e ferido, seu grupo está ameaçado de execução, um deles já foi exilado, eu não vi ninguém oferecendo comida para eles e ele é da marinha, com treinamento para, em casos de perigo, matar. Eu entendo sim que ele tenha feito o que fez. Ele é um homem com uma simples determinação: cumprir as ordens que recebeu. Mas, acima de tudo, não podemos negar que foi uma ótima cena. O que me deixou curioso é saber o que há por trás da tal porta proibida. Catherine disse que era na região dos depósitos do banco de sangue. Muito suspeito.
Também muito suspeita a atitude de Sam. É ele quem observa o grupo de Brendan conversando e diz aos outros que eles planejam executá-los. Quando Axel diz isso, Brendan nega, com cara de surpresa. Precisamos saber se ele negou para tentar se salvar ou por realmente ser verdade. Nesse caso, o assassino é Sam, não Nicole, que também está cada vez mais suspeita. E vamos concordar que toda essa problemática teria se resolvido se alguém tivesse tido a brilhante ideia de procurar os malditos dedos que foram cortados? O de Cynthia a pessoa pode até ter tido tempo de esconder, agora, o segundo seria impossível, estavam todos acordados e andando ao redor.
Terminamos o episódio quase como no começo da série. Vanessa na mesa, dessa vez ferida, e os outros andando pelo hospital. A cena de Doc pegando a lâmina de pesquisa, se cortando e sugando o sangue com uma expressão um tanto quanto prazerosa, para mim, não significa nada. Eu acho que só está lá para pensarmos que ela pode voltar a ser vampira. Mas vamos combinar que, se for para alguém voltar, o Flesh volta primeiro. Até Susan tem medo dele.
No mais, foi um episódio melhor que os anteriores, ainda com falhas, mas melhor. Creio que até o final da temporada, a serie tenha encontrado seu rumo e então teremos um bom segundo ano.
Curtiu mais esse episódio? Também está desconfiando do Sam? Sabe quem é Taka? Conta para mim nos comentários.
