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You’re the Worst – 3×10 Talking to Me, Talkin to Me / 3×11 The Inherent, Unsullied Qualitative Value of Anything

Por: em 12 de novembro de 2016

You’re the Worst – 3×10 Talking to Me, Talkin to Me / 3×11 The Inherent, Unsullied Qualitative Value of Anything

Por: em

Talking to me, Talking to me

You’re the Worst possui uma característica marcante de se passar por uma comédia com um humor extremamente distorcido e, ainda assim, refletir cada momento em situações dramáticas e emocionantes. Essa temporada não tem nem um pouco do drama apresentado na anterior, entretanto ele está lá, nas circunstâncias que quase podem passar despercebidas, fazendo o seu papel de transformar a produção em algo único, a série deixa de ser só uma comédia para nos provocar algumas reflexões.

“I don’t recognize my life. I don’t know whether I made any of the right decisions. Everything could be wrong.”

Talking to Me, Talking to Me nos garantiu momentos hilários, no meio de contextos extremamente dramáticos. Como Lindsay, passando por um evento potencialmente emocional, mas que se matinha com a cabeça no lugar, a personagem é tanto encantadora, quanto devastadora. Ainda que a decisão do aborto não fosse algo tão inesperado vindo dela, afinal toda sua construção para a família já partiu de uma ideia distorcida, lá no fundo podemos encontrar um pouco de sentimento na personagem. A maneira que a cabeça dela processa os acontecimentos recentes é intrigante e ao mesmo tempo encantador, a produção disfarça nas entrelinhas do roteiro com diálogos engraçados, essa característica da personagem de viver no momento e processar as situações na hora, algo que não só a Gretchen precisa aprender, afinal de contas.

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Edgar, por sua vez, ganhou um rumo super satisfatório no décimo episódio da temporada, depois da jornada que o personagem passou até descobrir algo que amenize os efeitos do seu TEPT. O veterano de uma forma ou de outra, descobriu sua vocação acidentalmente, e isso acabou refletindo no seu relacionamento, com a clara decepção de Dorothy, que busca por tantos anos essa chance e sem obter muito sucesso.

Se a segunda temporada foi sobre desmitificar a depressão colocando Gretchen no centro da história, essa atual coloca Jimmy em foco. A perda recente de seu pai provocou, a ainda provoca, no escritor reflexões profundas sobre o rumo que sua vida tomou, e nessa de parar e olhar seu cotidiano de fora o levou a questionar toda sua realidade. O fim do casal foi algo que nos pegou completamente despreparados, afinal todos os episódios até aqui foram focados em construir o relacionamento com duas pessoas disfuncionais. A situação muda de figura quando tanto Gretchen, quanto Jimmy, passam a perceber as circunstâncias ao seu redor.

You’re the Worst nos traz, como sempre, cenas cheias de respostas no seu texto, a música Walk the Line no jogo do “roda a roda” provoca uma reflexão sobre o momento que nossos protagonistas vivem. Enquanto Gretchen tentava treinar seu mindfullnes, esvaziar sua cabeça dos problemas ao seu redor e aprender a forma de pensar de Linday, Jimmy ganhava uma nova percepção do rumo que sua vida tomava e sofria com as consequências de como está vivendo-a, o “everything” de ambos os incluem, e a vida deles não é composta simplesmente pelo amor entre o casal, até quando realmente vão “andar na linha”.

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“I keep a close watch on this heart of mine I keep my eyes wide open all the time I keep the ends out for the tie that binds Because you’re mine, I walk the line”

The Inherent, Unsullied Qualitative Value of Anything

Por: Thais Medeiros

Traçar paralelos é inevitável após os vinte minutos maravilhosos que The Inherent, Unsullied Qualitative Value of Anything nos apresentou. É como estar de volta ao começo: duas pessoas desajustadas, um casamento, um vestido preto e um terno com a gravata desamarrada. Ainda assim, o que antes era o princípio de uma história de amor, agora soa como seu desfecho.

Entrando oficialmente na reta final de sua temporada, You’re The Worst começa a delimitar os conflitos que deverão se desenrolar nos dois últimos episódios. Jimmy continuava com a obsessão de reavaliar suas escolhas e elevou isso a enésima potência ao tentar analisar até mesmo o papel de Gretchen em sua vida. No início foi engraçado assistir as tentativas da moça de descobrir quais seriam os prós e contras de estar em um relacionamento com ela, ou mesmo vê-la iniciando sua própria listinha.

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No entanto, as coisas acabaram ficando sérias quando Jimmy disse que não consegue se imaginar tendo filhos com Gretchen, algo que certamente é mais um indicio de que até o final da temporada ela deve descobrir uma gravidez. A moça, por sua vez, não deixou barato e jogou na cara do namorado que teme que ele nunca alcance o sucesso. E após essa troca de farpas, na qual os pontos fracos do parceiro foram devidamente atingidos, fica claro que continuar essa relação não será algo fácil.

Sendo assim, se no primeiro episódio assistimos a nosso casal – com as mesmas roupas que vestiam agora, vale destacar – saindo juntos da cerimônia de um casamento, em The Inherent, Unsullied Qualitative Value of Anything os vemos seguindo caminhos separados e questionando se estão em um relacionamento que vale a pena manter. O paralelo é inevitável e é justamente o que torna o episódio tão interessante.

Em meio a tudo isso, ainda vimos que Dorothy permanece se sentindo eclipsada pelo sucesso de Edgar e, acima disso, alimenta a dor por seus próprios fracassos pessoais. Já Lindsay foi forçada a procurar um emprego e a admitir para Paul que fez um aborto e deseja se divorciar. Todo esse caos – em um contexto no qual Sam sentia-se inseguro diante a as novidades na vida dos amigos – parece evidenciar que mudanças estão por vir. Independente do que aconteça, as coisas com certeza não serão como antes. E acompanhar os novos caminhos que delimitarão a trama e a vida dos seus personagens certamente será algo bem interessante.


Gabriela Vital

A Kardashian perdida que sonha em ser médica um dia.

Vitória / ES

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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