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Agents of S.H.I.E.L.D – 4×07 Deals with Our Devils / 4×08 The Laws of Inferno Dynamics (Fall Finale)

Por: em 8 de dezembro de 2016

Agents of S.H.I.E.L.D – 4×07 Deals with Our Devils / 4×08 The Laws of Inferno Dynamics (Fall Finale)

Por: em

Semana passada, eu não consegui comentar o episódio de Agents of S.H.I.E.L.D. (o 4×07) com vocês. Estava viajando para São Paulo (especificamente para a CCXP), e como eu moro no Nordeste, tive que viajar desde a quarta, o que me consumiu tempo para arrumar as malas, agendar vôo, etc, etc. Devaneios à parte, estou agora de volta para por ordem na casa e comentar os dois episódios finais dessa primeira parte da temporada.

4×07 – Deals with Our Devils

Começando exatamente de onde a série nos deixou no mês passado, Deals with Our Devils foi um episódio centrado nas consequências do plano de Eli de dar a si próprios poderes semelhantes a um deus. O que mais chamou a atenção foi a maneira como o roteiro e a edição trabalharam as duas frentes narrativas (O nosso mundo de fato, com Daisy e os outros tentando entender o que aconteceu e o “limbo”, como acho que dá pra chamar, onde Fitz, Coulson e Robbie ficaram presos depois de serem atingidos pela explosão do gerador de antimatéria que Eli causou), alternando situações de ambas e complementando os buracos que iam aparecendo no decorrer dos acontecimentos.

ghost-rider

Foi um pouco estranho ver eles tentando se fazer presentes, interagindo com os outros e gritando, como se aquilo fosse adiantar alguma coisa, mas torna-se até aceitável perante a situação de real desespero que eles viviam. Estar preso entre dimensões e prestes a ser “sugado” definitivamente para uma que não é a sua não é exatamente algo que deixe qualquer pessoa calma e que as faça pensar racionalmente. A não ser, claro, que essa pessoa seja Fitz, que teve todo o sangue frio de analisar a situação e tentar entender o que estava acontecendo com eles e ainda conseguiu usar isso ao favor deles, para descobrir que Mace tem negócios escusos com a senadora Ellen e que no fundo, não é exatamente quem diz ser. Foi um recurso de roteiro meio vagabundo, confesso, mas que dá pra engolir e seguir em frente.

O roteiro também aproveitou o momento do cientista e de Coulson isolados para trabalhar um pouco da mágoa que Fitz ainda sente por Coulson e Daisy terem escolhido caminhos “duvidosos” após a morte de Lincoln. Ele não consegue aceitar que Phil tenha renunciado ao posto de diretor e, finalmente, externou em palavras que isso foi um dos principais motivos que o levaram a colaborar com a construção de Aida, o que deixa a coisa com muito mais sentido e lógica, algo importante agora que May e Phil sabem que a assistente de Radcliffe é uma inteligência artificial. Por agora, ela foi útil para conseguir usar o Darkhold sem ter a mente alterada e abrir o portal que trouxe Phil e Fitz de volta, mas a longo prazo, certamente Radcliffe vai ter que acertar as contas com a S.H.I.E.L.D. por sua “aventura”.

Outro que vai ter que se explicar é Mace. Fitz ouviu a conversa do Diretor e já sabe que ele não é de confiança e que Simmons pode, muito em breve, correr perigo por saber demais e ter ousado bater de frente com ele. Por agora, ela parece ter sido salva pelo gongo, pelo acidente que aconteceu com Fitz e Coulson e também porque, aparentemente, colaborou para salvar o irmão da senadora, de alguma forma prestes a ter seus poderes de inumano ativados. Ainda não dá pra ter a menor noção da onde esse plot vai nos levar e o como ele se ligará ao resto, então só nos resta esperar.

Para encerrar e passarmos ao próximo episódio, Robbie e Mack também ganharam destaque. Foi inesperado e empolgante ver o Ghost Rider se apossar do corpo de Mack e ignorar as ordens diretas de Mace, saindo atrás de Eli para concluir sua vingança. O confronto entre o Ghost Mack e Daisy foi muito bom e é interessante pontuar aquilo que o próprio Ghost disse em sua conversa com Robbie: Ele conseguiu usar o corpo de Mack porque já havia dentro dele algum sentimento de perda de esperança. Isso pode ser algo a ser abordado mais adiante. Por agora, ficou a curiosidade de saber exatamente em quê o novo acordo de Robbie com o Ghost Rider difere do antigo e como Mack pode ajudá-lo a cumprir isso.

4×08 The Laws of Inferno Dynamics (Fall Finale)

The Laws of Inferno Dynamics foi um ótimo fall finale, que veio com a missão de colocar um ponto final na história do Ghost Rider e de Eli Morrow, algo que eu não esperava que acontecesse tão cedo. Aparentemente, a série agora vai se focar na guerra do governo contra os Inumanos e no desenrolar do plot de Aida, que sofreu algumas reviravoltas interessantes aqui. Mas deixemos isso pro final.

Robbie e Eli tiveram uma conversa bem esclarecedora. Não é novidade alguma um vilão que acaba perdido em sua sede por poder em uma busca desenfreada por respeito. É claro que nada do que ele contou justifica todos os seus atos, mas ao menos nos deixar entender porque Eli fez as escolhas que fez e porque construiu um detonador de plutônio que podia mandar Los Angeles toda pros ares em questão de minutos. E a prova de que Eli já estava perdido é sua conversa com Coulson, quando ele conta que na verdade, o novo “brinquedo” dele está roubando energia das dimensões e não criando. Naquele momento, o que importava para Eli era apenas se sentir como um deus, alguém capaz de criar, vida, matéria e energia. 

Um dos melhores momentos do episódio (e diria que da temporada até aqui) é quando Robbie percebe que a única saída para derrotar o tio é se deixar consumir pelo Ghost Rider e levar Eli embora junto com ele. A cena é bem bonita, mas duvido muito que Robbie tenha ido embora para sempre. A inserção do personagem foi uma das melhores coisas dessa primeira parte da temporada de Agents of S.H.I.E.L.D e espero que ele retorne em breve.

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Mace e Coulson também acertaram as contas. De certa forma, ambos ali tinham seus pontos de razão. Mace não contou nenhuma mentira; desde que renunciou ao cargo de Diretor, Coulson continua agindo como tal e isso dificulta em muito o trabalho de Jeffrey. Phil também estava certo, ao afirmar que eles precisavam ser uma equipe se quisessem derrotar Eli. Não dá pra dizer que a relação dos dois vai se tornar algo maravilhoso da noite pro dia, mas agora que Coulson e Daisy sabem que o acordo com a senadora era de fato para proteger a S.H.I.E.L.D., talvez as coisas melhorem gradativamente.

A intervenção positiva de Jeffrey quando Daisy acidentalmente se revela pro mundo pode ser outro sinal positivo de que as coisas vão melhorar. Quando Mace apareceu na série, eu fui um dos primeiros a desconfiar dele, mas a medida que as coisas avançam, ele parece ser alguém em quem podemos confiar e que realmente se preocupa com a S.H.I.E.L.D. No fim das contas, o episódio acabou reconfigurando o que estávamos conhecendo como S.H.I.E.L.D. até então, ao colocar novamente Daisy e Yo-Yo (depois de uns dramas aqui e ali com Mack) na equipe e melhorar a comunicação entre Coulson e Mace. As perspectivas para o futuro são positivas, ao menos no que diz respeito a isso.

Porque no que tange a Aida e Radcliffe, as coisas finalmente parece que vão engrenar. Quando Mace comentou que poderia usá-la para algumas coisas no futuro ao invés de desativá-la, já dava pra saber que algo de ruim iria acontecer. Desde que a temporada começou, eu imaginei que chegaria o momento em que Aida se revoltaria ou algo do tipo, se revelando algum tipo de Ultron, mas não esperava que esse momento já tivesse acontecido. Ter substituído a verdadeira May por um androide e mantê-la prisioneira mostra que há algum tempo ela já tem consciência e planos que certamente não envolvem o bem estar de ninguém, além dela mesma. Pobre Coulson. Justo quando ele resolve tomar a iniciativa…


De certa forma, consigo dizer que foi um bom começo de temporada. Sei que muita gente vem criticando a série e achando que ela está perdida, mas acho que essa primeira parte conseguiu estabelecer uma boa história e contá-la bem. Minhas expectativas para o retorno, agora que o plot de Aida vai finalmente se desenvolver, são ainda melhores.

Agents of S.H.I.E.L.D. retorna dia 10 de janeiro! Fica aqui meu muito obrigado a todo mundo que comentou e acompanhou esse começo de temporada aqui comigo. Nos vemos no retorno e, até lá, deixe seu comentário! 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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