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American Crime Story

Por: em 6 de fevereiro de 2016

American Crime Story

Por: em

Spoiler Alert!

Este texto contém spoilers leves,

nada que estrague a série ou a sua experiência.

Com a promessa de um roteiro eletrizante e inteligente, segundo o New York Times, a nova minissérie da FX, dirigida por Ryan Murphy, estreou nessa terça feira (02) e trouxe as lembranças de um caso que chocou os Estados Unidos nos anos 90. American Crime Story: The People v. O.J. Simpson tem como elenco, Cuba Gooding Jr., como O.J. Simpson, John Travolta, como o advogado Robert Shapiro, e David Schwimmer, o famoso Ross da série Friends, no papel de Robert Kardashian, advogado de O.J. que, anos depois, ficaria conhecido por ser pai de Kim Kardashian.

As expectativas são altíssimas, todos querem ver o que Ryan Murphy, famoso por dirigir séries tão populares, entre elas, American Horror Story, traz de inovador. E, como esperado, a série não decepcionou. Com números excepcionais, ACS bateu a estreia de Fargo, que em abril de 2014 atingiu 2,65 milhões de telespectadores, e marcou, ainda, a maior audiência da história de uma estreia no FX. A série vai retratar o caso emblemático que não só chocou todo o país, como também trouxe diversas repercussões por questões raciais. A ex mulher de O.J, Nicole Brown , e seu amigo Ronald Goldman, foram encontrados mortos na frente da casa de Nicole. Principal suspeito: O.J Simpson.

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Claro que quando se tem um crime, o principal suspeito é alguém próximo da vítima ou alguém que a viu por último, por exemplo. E neste caso não foi diferente, os investigadores, assim que souberam da morte da ex esposa, ligaram para OJ e ele nem ao menos se preocupou em perguntar como ela morreu, um detalhe importante, que foi prontamente percebido pelos oficiais.

A partir daí, todos os detalhes são colocados na nossa frente, ou melhor dizendo, na nossa tela, a luva encontrada perto dos corpos era um indício de que o suspeito havia deixado a prova do crime para trás. Mas adiante vimos a maravilhosa Sarah Paulson, cuidando de seus filhos e recebendo a ligação de que algo heavy está por vir. Tive a impressão de que ela será como promotora, tipo aquelas mulheres que seguem a intuição e só sossegam quando provam que estão certas e quando a justiça é feita. A sua participação como a promotora Marcia Clarke pode nos render bons momentos e boas reflexões, afinal, já de cara se percebe uma questão moral envolvida, a forma como ela se revolta ao saber que, apesar de ter provas suficientes para sustentar a acusação de OJ, ela não o pode fazer, mesmo após ouvir o seu testemunho, e ao saber também que ele não só ameaçava sua esposa, como também chegou a quebrar os vidros do seu carro. Tudo isso é, de fato, revoltante e sim, o sistema falhou com ela.

Enquanto a polícia procurava provas e formas de descobrir quem matou a ex esposa e o seu amigo, O.J passa, ao lado de sua família, por um momento muito delicado, de um lado a mídia o vigiando, do outro os policiais investigando sua casa, afoitos em encontrar algo que o ligue ao caso. Mas como é de praxe, nada melhor do que convocar um advogado mega famoso, barril de mil, destruidor de lares para te tirar dessa. Não, não estamos falando de Annalise Keating, tampouco Saul Goodman (cof cof). Aqui, o futuro salvador da pátria tem nome e sobrenome, Robert Shapiro (John Travolta), que juntamente com Robert Kardashian (David Schwimmer) fazem parte da equipe de defesa de O.J. Simpson, que claramente precisa de ajuda, já que todas as provas parecem apontar para a celebridade como o grande algoz.

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Testemunhas desmentindo e descaracterizando a versão contada pelo O.J., amostras de sangue na luva encontrada na cena do crime e a presença do advogado no velório da ex esposa. Todas essas observações foram pontos cruciais para conseguir um mandado. Mas diante de todas as provas, uma bela forma de provar que você é inocente é fugindo, não é mesmo?! Sendo assim, a fuga de O.J. não foi menos do que esperada, principalmente pelo desespero mostrado pelo personagem ao descobrir que iria ser preso, que diga-se de passagem, na minha humilde opinião, ficou um pouco forçada. A cena dele com a arma apontada pra sua cabeça, insinuando um suicídio, foi nada mais nada menos do que clichê. Até porque, mesmo sabendo do final do caso, seria muito mais impactante se ele apertasse o gatilho, na tentativa de tirar a vida e a arma falhasse ou não tivesse balas. Seria clichê do mesmo jeito, mas ao menos seria interessante, muito mais do que o circo que ele fez, pra não dizer presepada.

From the Ashes of Tragedy mostrou o início de uma jornada, fomos convidados a entender, por uma percepção diferente, como um culpado se transformou em inocente em fração de segundos, o motivo pelo qual esse caso tomou conta do país e parou a abertura da Copa do Mundo, as finais do NBA e bateu o recorde de audiência da chegada do homem à Lua e do funeral do presidente norte-americano John Kennedy.


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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