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Demolidor – 1×06 Condemned

Por: em 7 de maio de 2015

Demolidor – 1×06 Condemned

Por: em

Se o final do 5º episódio de Demolidor previa uma aproximação forçada entre Matt e Vlamidir depois do ato explosivo ordenado por Fisk, este 6º comprovou a “parceria”, ao colocar os dois presos em um armazém abandonado cercado de policiais e homens de Fisk. Foram 47 minutos de muita tensão, jogos de interesse e cenas intensas, colocando a guerra entre o Demolidor e o Rei do Crime, de uma vez por todas, no foco da ação. 

Demolidor telefone

O primeiro contato entre Matt e Wilson é o ponto alto do episódio e ressalta as coisas que eu coloquei na resenha do episódio passado. Por mais antagônicas que sejam suas ações, eles não são diferentes um do outro. E Fisk acerta em cheio quando fala que o que torna Murdock perigoso não são seus gestos de herói e muito menos sua máscara, mas sim sua ideologia. Essa pequena palavrinha, que assusta muita gente, é o norte da maioria dos super heróis – e aqui a gente nem precisa se ater ao Universo Cinematográfico Marvel; falo de todas as histórias em geral. Nenhum poder é maior que o de uma ideia. E exatamente isso que move Matt e dita o tom de todas suas ações com relação a Vladimir e Fisk.

Essa ideologia também existe, ainda que em menor escala, em Vladimir. O russo demora a baixar as barreiras e confiar em Matt, mesmo depois do mascarado salvar sua vida. Claro que, olhando de um modo grosso, ele teve a atitude mais sensata, tendo em vista que os dois eram inimigos mortais até pouco tempo e acabaram reunidos por intermédio do Rei do Crime. Foram bem interessantes todos os diálogos partilhados entre os dois aqui, especialmente quando Vladimir provoca Murdock a respeito de sua capacidade de matar. O Demolidor que estamos conhecendo aqui não é um herói no sentido convencional da palavra e seus métodos não estão entre os mais limpos, então, aqui eu tendo a concordar com o russo: Não acho que falte muito para Matt cruzar a barreira. 

Afinal, depois que você entra na jaula, fica complicado sair.

Jogar a opinião pública contra o mascarado foi uma jogada bem inteligente de Fisk. Não é nenhuma novidade em histórias de herói, mas traz um diferencial a trama no atual momento e mostra de uma vez por todas para Matt que o Rei do Crime não é como os bandidos que ele vem enfrentando até agora. A última conversa com Vladimir antes de conseguir fugir do prédio resume de maneira certeira: Ele sabe como isso tem que acabar. Fisk controla a polícia, a política e sabe mais o quê… É mais do que óbvio, e talvez Matt finalmente tenha entendido, que os métodos convencionais não vão funcionar.

Claire Demolidor 1x06

A mesma questão da ideologia dita o rápido plot de Claire no episódio. Ajudar Matt a salvar o homem que mandou espancá-la porque sabe que, dessa maneira, seu “amigo” poderia chegar até Fisk, mostra muito mais da enfermeira do que tínhamos visto até aqui. A “despedida” deles ao telefone é uma das cenas mais bonitas da série por enquanto e o sorriso no rosto dele enquanto dizia adeus é a prova de que, talvez, ele já esteja muito mais ligada à ela do que imagina.

Ben também é seguido pelo instinto de fazer o certo, mas diferente de Claire, não tem Matt para defendê-lo diretamente. Sua insistência em seguir adiante com a história do submundo de Hell’s Kitchen e a provocação que exerceu aos policiais pode acabar lhe custando muito caro, especialmente agora que Fisk sabe que o jornalista está na jogada. Algo me diz que ele não vai cair nessa história da culpa do Mascarado e vai se juntar a Karen (que também não comprou a acusação) para tentar provar a inocência dele e culpar Fisk.

 

Outras observações:

– Só eu achei um pouco exagerado Murdock conseguindo sentir todas aquelas coisas ao seu redor?

– Nos quadrinhos, Leland Owlsley é o vilão Coruja.

– Viram que havia uma carta de baralho na bolsa do rifle do atirador? Será que é um sinal do Mercenário por agora ou numa temporada mais adiante?

– O que o Foggy tinha mesmo? Sangrou e depois já tava de cama…

– De aplaudir de pé o plano final do episódio!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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