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Devious Maids

Por: em 21 de setembro de 2015

Devious Maids

Por: em

“Elas lavam as roupas que não podem comprar, dão polimento à prataria que nunca usarão para jantar e, algumas vezes, vão para cama com os maridos de suas chefes”

Devious Maids é uma série da Lifetime que estreou em 2013, e hoje se encontra no fim da sua terceira temporada. A série, que se foca no cotidiano da alta sociedade de Beverly Hills (e principalmente suas criadas) têm vários aspectos que fazem dela extremamente gostosa de assistir, prendendo o espectador do início ao fim do episódio e até mesmo após seu término, deixando cliffhangers que nos deixam ansiosos pelo próximo release. A premissa está longe de ser original, mas a relação entre os personagens e o bom humor fazem desta uma produção única!

Devious Maids

As personagens principais, em sua maioria mulheres fortes e independentes, incluem Zoila Diaz (Judy Reyes), criada/amiga de Genevieve Delatour (Susan Lucci), para quem trabalha junto com sua filha Valentina Diaz (Edy Ganen), uma garota sonhadora que aspira trabalhar com moda; Marisol Duarte (Ana Ortiz), professora universitária que por motivos pessoais resolve trabalhar como criada para investigar um assassinato ocorrido na mansão da família Powell; Rosie Falta (Dania Ramirez) mãe solteira e viúva recém-chegada do México, que tem de lidar com sua intragável patroa Peri Westmore ( Mariana Klanevo); e Carmem Luna (Roselyn Sanchez) aspirante à cantora que no momento trabalha na casa do famoso músico Alejandro Rubio (Matt Cedeño) enquanto espera sua grande chance.

A primeira temporada se inicia com o assassinato de Flora Hernandez (Paula Garces) durante uma festa na mansão de Evelyn Powell (Rebecca Wisocki) e Adrian Powell (Tom Irwin), acontecimento que serve de mote para Marisol se aproximar do antigo grupo de amigas de Flora – Rosie, Zoila e Carmem – além de suscitar diversos questionamentos sobre o culpado de tal crime, não tão simples quanto aparentava inicialmente. A trama principal é a responsável por manter um clima de mistério e investigação na série, mas paralela a ela se desenvolvem inúmeras intrigas, casos, romances, subtramas que aos poucos vão construindo personagens queridos com os quais conseguimos nos relacionar bastante.

A pegada de novela mexicana existe, afinal a produção busca inspiração na telenovela “Ellas son… la allegría del hogar”, o que se reflete até mesmo na prevalência proposital do elenco latino. Sendo assim, ás vezes as tramas trazem algum melodrama ou certo exagero, mas tudo fazendo parte do bom humor da série, que é sempre marcante e com pitadas de metalinguagem irônica. Em poucos episódios, você já vai estar se deliciando com as excentricidades dos Powell, a relação peculiar de amizade entre Genevieve e Zoila, e os surtos de ambição de Carmem.

Vale a pena dizer que o formato adotado pela série é de um mistério por temporada, sempre com tramas secundárias e alguns novos personagens. Assim, não há aquela fórmula cansativa de postergar a solução apenas para manter o assunto. Além disso, duas coisas valem a pena ser exaltadas: a crescente amizade entre as protagonistas, que vai se tornando bonita de assistir, pois estão sempre apoiando umas às outras de diversas maneiras; e a forma como a série consegue representar as famílias dos “ricos” para além de meramente patrões, inserindo-os em tramas próprias e mostrando que mesmo não tendo de encerar o chão, suas vidas não são assim tão perfeitas. Essa característica torna os milionários mais humanos, menos estereotipados, e possibilita ao espectador sentir afeto também por eles.

No mais, trata-se de uma série leve, do viés entretenimento puro, e sem maiores pretensões de ser algo que não é. A trama poderia trazer alguns questionamentos sociais mais profundos, mas não o faz até porque não é essa sua proposta.  Então, se você busca desligar-se do mundo por quarenta minutos, e adentrar o universo de intrigas, crime e paixões de Beverly Hills, essa é a série para você. Garanto que valerá cada minuto dessas três temporadas.

 


Bernardo Nery

Romântico soteropolitano que adora brincar de poesia. Apaixonado por séries e qualquer tipo de história, pois a vida é feita de pessoas e o que elas têm a contar.

Salvador/BA

Série Favorita: Doctor Who

Não assiste de jeito nenhum: American Horror Story

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