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Dia de Finados – As visitas aos personagens queridos

Por: em 2 de novembro de 2010

Dia de Finados – As visitas aos personagens queridos

Por: em

Nesse dia 2 de Novembro comemoramos o dia de Finados, dia dos Mortos ou dia dos Fiéis Defuntos, seja lá como queira chamar. É o dia do ano em que prestamos homenagens aos nossos parentes ou amigos queridos que já partiram dessa para melhor. Não que não devemos lembrarmos deles todos os dias, mas a data é conhecida pela visita aos seus locais de descanso, seja no cemitério ou em altares próprios.

É legal notar que nem em todos os lugares do mundo essa data representa ou passa a ideia de tristeza. Afinal, a origem dela vem da premissa de lembrar dos momentos bons que foram vividos com tais pessoas. O México por exemplo, faz festa, no Dia de Los Muertos, com muita comemoração e alegria.

O objetivo do post é relembrar cenas emocionantes ou que tenham um caráter mais forte nas quais personagens prestam visitas a parentes ou amigos em seus devidos túmulos em cemitérios. Alguns conversam com eles como se estivessem ali, outros ainda guardam rancor e mágoas que não foram resolvidas, mas a maioria está ali para relembrar um personagem querido.

Sun e Hurley visitam Jin (Lost – 4×07 Ji Yeon) – por Caio

Quando ficamos sabendo que Sun era a última integrante dos Oceanic 6, (os 6 sobreviventes que saem da ilha. Já sabíamos de Jack, Kate, Hurley, Sayid e o pequeno Aaron) e a vimos em seu flashforward dando à luz na Coreia, recebendo a visita de Hurley e indo visitar um túmulo no cemitério, sabíamos que algo estava errado. Onze episódios mais tarde saberíamos que Jin sobrevivera a explosão do cargueiro, mas nesse episódio em questão foi um choque ao descobrirmos que Jin provavelmente morreria até os Oceanic 6 saírem da ilha. O susto misturado a tremenda emoção da cena fechou o episódio com chave de ouro. Em mais uma bela atuação de Yunjin Kim, vemos sua Sun com sua filha Ji Yeon (nome que Jin escolhera) e o amigo Hurley indo visitar o túmulo de Jin. Aos prantos ela fala com Jin como se ele realmente estivesse ali, contando que chamou por seu nome na hora do parto e o quanto sentia sua falta. Um misto de emoção e choque para os fãs de Lost.

Booth visita Tedy Parker (Bones – 4×14 Hero In The Hold) – por Camila

Booth é perfeccionista e super protetor, assumindo muita coisa para si, fazendo de tudo para proteger as pessoas que estão ao seu redor. Como parte dessa personalidade, acaba se culpando por muita coisa que acontece à outras pessoas. Quando Seeley Booth ficou preso pelo cavador de túmulos e precisou de ajuda, ele contou com o fantasma de um amigo do exército, Tedy Parker, pelo qual Booth se culpava pela morte. Ele apareceu para ajudar o Booth, não só a sair do lugar, mas também para dizer ao Booth que se perdoasse, não há nada que poderia ter feito. E pede ao amigo que diga a sua antiga namorada que a amava. Booth a encontra no cemitério, visitando o túmulo de Tedy Parker, conseguindo finalmente conversar com ela sem culpa, prestando sua homenagem ao amigo.

Nancy visita os pais (Weeds – 6×10 Dearborn-Again) – por Caio

Essa cena tem um tom mais forte do que emocional. Conhecemos Nancy por 6 temporadas e sabemos do que ela é capaz. E com Weeds aprendemos como relacionamento pai e filho é importante no desenvolvimento emocional do futuro adulto, algo que fica claro quando vemos Shane. Mas nunca havíamos pensado por que Nancy faz as coisas do jeito que faz. O problema é que ela também nunca teve um relacionamento saudável com os pais. Nessa visita aos túmulos dos pais, Nancy apresenta o 3º neto dos dois, mas eles nem chegaram a conhecer Silas e Shane. Nancy conversou com os pais como se eles estivessem ali e com o humor negro da série ressaltou o fato de que prefere os pais assim, pois escutam mais e falam e julgam de menos. Tudo sugere que a mãe tinha problemas com bebida e que o casamento com o judeu Judah foi o que deu o fim ao já rasgado laço entre pais e filha. Porém, mesmo em Weeds, uma visita ao cemitério consegue ser emocionante, pois Nancy nunca se abre com ninguém e foi procurar os pais já falecidos para poder desabafar um pouco.

Elena visita os pais (The Vampire Diaries – 1×01 Pilot) – por Leandro

Não conhecíamos Elena Gilbert totalmente, mas já era possível saber que por algum trauma a garota havia passado. Sentindo-se sozinha, sem ter com quem realmente conversar sobre tudo que tinha passado, Elena encontra no seu diário um meio de escape da realidade tão dura que era obrigada a viver. E logo no episódio piloto, Elena nos leva até o cemitério onde estão enterrados seus pais, onde se sente em paz, mais perto deles e tem a tranqüilidade para escrever o que quer, pensar o que quer, sem ter que fingir para ninguém que está tudo bem ou que ela não precisa de ajuda.Todo o trauma que está passando é conseqüência da perda repentina de seus pais, que morrem em um trágico acidente de carro. Assim, estar ali perto deles mais uma vez é como se estivesse tudo no lugar, nada tivesse mudado. E é nesse momento que a história de amor, que move a série até hoje, tem uma das partidas iniciais, quando Stefan magicamente aparece, salvando Elena de um possível ataque/aparição de Damon. E assim The Vampire Diaries começa uma das grandes histórias de amor e sangue.

Chris visita o irmão (Skins – 1×04 Chris) – por Caio

Chris é, de longe, o personagem com a vida mais trágica em Skins, pelo menos da 1ª geração. O pai nunca quis saber dele e já tem outra família enquanto a mãe resolveu abandoná-lo da noite para o dia. Sozinho, tendo gasto todo o dinheiro que a mãe deixou; sem um lugar para morar ou roupas para vestir Chris pediu ajuda aos amigos. Jal foi com ele até a casa do pai, mas ele não quis saber do filho e Chris fugiu para o cemitério com Jal atrás dele. Lá Chris conta o melhor dia de sua vida, de quando era pequeno e o irmão o salvou de uma vergonhosa cena no jardim de infância. Chris admirava o irmão Peter. Era o que havia de melhor na vida de Chris, mas o irmão morreu jovem vítima de um tipo de hemorragia cerebral de origem hereditária, que o mesmo teria mais tarde. Foi a visita ao túmulo do irmão e o desabafo para Jal que deu forças para Chris continuar.

Patty visita a filha (Damages – 1×13 Because I Know Patty) – por Guilherme

Uma das decisões mais difíceis que Patty Hewes teve que tomar em sua vida foi a escolha entre a construção de uma família ou a construção de uma carreira. Escolhendo a segunda opção, Patty conquistou respeito, admiração, dinheiro e teve seu nome estampado na fachada de uma dos escritórios de advocacia mais respeitados de Nova York. Mas os méritos de todo esse sucesso não apagam o fato de que Patty forçou o próprio aborto pra poder chegar onde chegou. Isso criou um buraco enorme em sua vida que a gente só pôde perceber plenamente na terceira temporada, quando a personagem se mostrou mais atormentada do que nunca. Mas já na primeira a gente recebia algumas dicas — e a mais forte delas foi a cena em que a advogada visitou o túmulo da filha que nunca chegou a existir. É uma cena dolorosa, mas ao mesmo tempo é perfeita no universo de Damages porque durante toda a temporada foi construído um mistério à respeito de quem havia morrido. Podia ser quase anti-climático descobrir que não era ninguém que a gente já conhecesse, mas o túmulo de Julia Hewes funcionou porque nos trouxe elementos ainda mais interessantes sobre a vida de uma das protagonistas mais complexas da TV.

Chuck visita o pai (Pushing Daisies – 1×09 Corpsicle) – por Caio

Quando era criança Ned ainda não sabia lidar com seu poder, o de ser capaz de trazer as pessoas de volta a vida com o simples toque de seu dedo. Muito menos sabia que se deixasse a pessoa ou animal vivos por mais de um minuto algo ou alguém nas redondezas morreria no lugar, e quando Ned deixou a mãe viva por mais de um minuto, o pai de Chuck, que estava do outro lado da rua, caiu morto. Anos mais tarde, depois de ter trazido a amada de volta a vida, Ned resolveu contar a verdade. Chuck reagiu mal, não por Ned ter sido o responsável pela morte do pai, tanto porque ele não teve culpa, era apenas uma criança que não entendia o que estava acontecendo, mas sim pelo namorado ter escondido o segredo por tanto tempo. Com o susto, Chuck sumiu e Ned a procurou durante todo dia até finalmente se ligar do paradeiro de Chuck. Mesmo com tanta neve caindo, ela foi visitar o túmulo do pai no cemitério e ficou por lá durante boa parte do dia. Quando Ned a encontrou, Chuck pediu, aos prantos, que ele trouxesse o pai dela de volta a vida com um toque de seu dedo, mas Ned, que então já conhecia os malefícios de seu poder, precisou rejeitar o pedido.

Ryan visita Marissa (The O.C. – 4×01 The Avengers) – por Caio

Cinco meses haviam se passado desde a morte de Marissa e a vida de Ryan estava virada de cabeça para baixo. Morando nos fundos de um bar ele participava de ringues de luta no melhor estilo Clube da Luta para fazer a cabeça pensar em outra coisa. Não conversava com os Cohen, não havia ido no funeral de Marissa e nunca tinha ido visitar seu túmulo. Mas quando os Cohen resolveram agir com a ajuda de Summer, Ryan voltou a si. Porém, ele não era o único que estava sofrendo. Julie queria vingança pela morte da filha, e ao invés de ir atrás ela mesma, colocou nas mãos de Ryan o papel de vingador. Quando voltou para a casa dos Cohen e decidiu voltar a viver normalmente, Ryan resolveu visitar a amada no cemitério. Como sempre, muito quieto, ele não disse nada, apenas ficou olhando para o túmulo. Julie o encontrou lá e lhe deu os papéis com o paradeiro de Volchuck, comentando que visita a filha todos os dias. Quando perguntado por que mudou de ideia tanto quanto a visitar Marissa como resolver se vingar pela morte dela, Ryan simplesmente responde: “Apenas percebi que preciso fazer isso.”

Walter visita Peter (Fringe – 1×20 There’s More Than One of Everything) – por Guilherme

A reta final da primeira temporada de Fringe foi responsável por nos apresentar o elemento que hoje é o principal condutor da série: universos alternativos e a viagem entre eles. Na season finale, quando as barreiras finalmente foram abertas e Olivia conseguiu passar rapidamente pro lado de lá, a série nos mostrou uma das cenas mais reveladoras — e ao mesmo tempo emocionantes — que Fringe já conseguiu montar: a visita de Walter Bishop ao túmulo de Peter Bishop. Walter tem um carinho gigante pelo filho, tão gigante que foi capaz de roubá-lo de outra realidade, quando a versão de seu próprio universo não resistiu à doença que teve quando criança. A gente ainda não sabia de todos os detalhes durante a cena (descobrimos de maneira espetacular na segunda temporada), mas a força da interpretação de John Noble, e o amor que a gente acompanhou entre os dois durante todos aqueles 20 já eram suficientes pra transformar aquela breve visita ao túmulo em uma das maiores e melhores surpresas já reveladas pela série.

Joy e Reggie visitam George (Dead Like Me – 2×15 Haunted) – por Caio

Na series finale da série, Joy quer levar a filha para pedir doces, como ela sempre costumava fazer com a irmã George. Mas Reggie continua com problemas e ainda acha que a irmã está por perto. Então ao invés de pedirem doces, Joy e Reggie decidem visitar o túmulo da filha no cemitério. Apesar de Joy estar com medo de estar de noite num local como aquele, esse foi o cenário perfeito para que mãe e filha se reconciliassem antes da série acabar. As duas precisavam desse momento juntas, afinal, todos os seus problemas só aumentaram após a morte de George. Foi emocionante ver as duas passando a noite ali e no dia seguinte, bem cedo, George visitando mãe e irmã em seu próprio túmulo, provando de uma vez por todas para Reggie que sempre estará por perto, mesmo estando morta.

Clark e Lana visitam o casal Lang (Smallville – 1×01 Pilot) – por Rosangela

No primeiro episódio da série, após ter salvado Lex de uma morte certa, Clark descobre que sua chegada ao nosso planeta causou a morte dos pais de seu grande amor adolescente, Lana. Sem saber como diminuir a culpa pelo incidente e, para diminuir a tristeza da garota, que não terá a presença de seus pais durante o baile da primavera, Clark a segue até o cemitério de Smallville, onde encontra a garota sozinha e triste diante do túmulo de seus pais. É então que a emoção do capítulo começa. Disposto a diminuir a tristeza de Lana, Clark começa a conversar com os pais dela, se apresentando e comentando sobre o baile da primavera. Um momento singelo e que demonstra, desde o primeiro capítulo da série, o verdadeiro caráter do futuro Homem de Aço.

Sookie visita a avó (True Blood – 3×12 Evil is Going On) – por Caio

Uma das únicas cenas realmente comoventes e interessantes da fraca season finale da 3ª temporada foi a visita de Sookie ao túmulo da avó. Adele Stackhouse será sempre lembrada como uma das melhores avós da televisão. Ela dava vida à 1ª temporada de True Blood com sua simpatia e amor pelos netos, além da grande sabedoria e experiência dos mais velhos. Ela foi a verdadeira mãe de Sookie, de Jason e até de Tara. Então ver Sookie recorrer a avó após saber dos verdadeiros planos de Bill quanto a ela e Bon Temps e fechar a porta tanto para ele como para Eric, foi realmente emocionante. Sookie desabafou. Estava sozinha, seguiu seu coração e isso só a fez sofrer. Depois de tanta loucura em sua vida, Sookie relembrou da paz que sua avó trazia, e o quanto um ombro amigo facilitaria. Tudo bem que a cena termina com Sookie indo para o mundo das fadas onde, como diz a mentora Claudine, ela nunca estará sozinha, mas a “conversa” com Adele foi emocionante.


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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