Gotham em mais um episódio de: Como fazer uma temporada de vinte e dois episódios sem enrolar o telespectador.
É impossível não ficar surpreendido com a fluidez que Gotham está apresentando por meses seguidos. Para nós, Apaixonados por Séries, é como acompanharmos muitas – muuuitas – séries simultaneamente e, como a maioria delas possui temporadas com mais de vinte episódios, infelizmente somos enrolados com casos da semana, tramas desnecessárias e algum mistério que demora para ser resolvido. Entretanto, aqui estamos vendo um caso à parte. Assim como em um prato delicioso, o roteiro está sendo cozinhado no ponto certo. Sem demorar nem um minuto a mais e sem muita rapidez.
Quem diria que em uma semana Gordon seria preso, na próxima sua fuga seria mostrada e logo em seguida ele conseguiria provar sua inocência? Pois é… O mais incrível é que, mesmo sendo muita informação em um pequeno período de tempo, a história não contém nem um furo e foi apresentada em um ritmo que soou completamente natural. Como se não bastasse isso, as subtramas continuam interessantíssimas e não deixaram a desejar. Gotham definitivamente está causando inveja nas inimigas!
Para começar, o embate entre Nygma e Gordon já aconteceu e foi ótimo (“Eu sabia que você sabia que eu sabia”). Era um desejo popular que o comissionário conseguisse provar sua inocência, mas ao mesmo tempo ninguém desejava que Edward Nygma fosse capturado. Acompanhamos o personagem desde os primórdios do seriado e o seu desenvolvimento foi magistral. Agora, com a transformação completa em vilão, seria maravilhoso ver o Charada se tornando cada vez mais presente nos acontecimentos. Entretanto, somente um dos dois desejos podiam se concretizar, então foi melhor ver alguma coisa boa acontecendo com o Gordon – finalmente! Além disso, convenhamos que é só uma questão de tempo até rolar uma fuga e Nygma retornar às ruas de Gotham, ainda mais porque a série já foi renovada e se ela continuar com esse ritmo muita coisa vai acontecer.
Por falar em vilão, finalmente vimos o retorno do Pinguim como conhecemos. Era fácil prever que a morte do pai seria o pingo d’água para fazer Oswald retornar à forma antiga, mas vamos ser sinceros: Foi bem melhor que o esperado. Fazer a Julie Cooper mãe provar a Marissa e a Caitlin os próprios filhos? Um ato pesado até mesmo para os padrões da série… É interessante notar que após essa “reviravolta” o futuro do Pinguim ficou completamente em aberto. Afinal, o que vai acontecer? Ele tentará recuperar sua reputação ou Hugo Strange virá atrás para algum tipo de tratamento?
Infelizmente nem tudo é perfeito e um detalhe acabou ficando completamente desnecessário no contexto geral. As interações entre o Bruce e a Selina são excelentes e ajudam no desenvolvimento de ambos, porém a implicância do Alfred com isso já ficou repetitiva e apenas torna mais difícil criarmos empatia com o mordomo. Se era necessário separá-los novamente para que cada um seguisse sua história, que o fizessem de uma maneira diferente – e mais amigável.
Como sempre, o melhor ficou para o final: A Barbara voltou! A nossa doidinha preferida retornou, mas de uma maneira um pouco diferente, assim como o Pinguim algumas semanas atrás. Que milagre é esse que o Hugo faz? Porém, como já vimos, esse milagre acaba sendo temporário e o lado vilanesco logo vai reaparecer. Sei que tudo está se desenvolvendo rápido nesse segundo ano, mas espero que o arco dela dure diversos episódios, visto que sua participação é sempre bem-vinda. No fim, assim como algumas tramas chegaram ao fim, outras foram iniciadas e prometem uma reta final eletrizante. Estão todos preparados?
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Observações:
-Gordon ligando apenas para ouvir a voz da Lee… Que dor…
-O Harvey virou oficialmente o alívio cômico de Gotham e mais uma vez ele estava hilário!