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Hannibal – 3×12 The Number of the Beast is 666

Por: em 28 de agosto de 2015

Hannibal – 3×12 The Number of the Beast is 666

Por: em

É duro ter que encarar o fato que de este foi o penúltimo episódio de Hannibal, mas impossível ficar triste quando se tem mais uma prova de que a série foi coerente, bem executada e fiel aos seus princípios until the very end. The Number of the Beast is 666 foi um um episódio bonito, psicológico, aterrorizante, brutalmente gráfico e ousado. Toda a essência de Hannibal esteve ali.

will-graham

Não consigo não começar o texto falando sobre a ficha do Will, que finalmente caiu para uma coisa que todo mundo já sabia: a paixão de Hannibal por ele. Curioso como “in love” não parece uma expressão adequada para o que Hannibal sente, mas “apaixonado” – assim, em bom português – faça total sentido. Amor não é um sentimento que brota em psicopatas (exceto o Dexter), mas que outro nome se pode dar ao sentimento que faz Dr. Lecter ter tanto fascínio, dependência, ciúmes e até mesmo piedade de Will que não seja paixão? Hannibal é sim apaixonado por Will e a série foi absurdamente corajosa e ousada em verbalizar isso, ainda mais durante um diálogo dos dois maiores conhecedores da mente do canibal.

Will também já deu inúmeras provas de que sua existência não faz mais sentido sem Hannibal. Mesmo ferido, ele atravessou o oceano para dizer que o perdoava, mesmo sabendo que colocaria a nova família em risco, ele voltou a entrar em contato com o psiquiatra, pedir sua ajuda, deixar que ele visse a vida que estava levando. Os dois obviamente nunca terão um “felizes para sempre” ou momentos de ternura, mas há uma certa poesia na forma como eles colocaram suas vidas nas mãos do outro tantas vezes.

A armadilha que o FBI criou para atrair Francis funcionou, mas não da forma como eles esperavam. Talvez Jack e Will tenham subestimado as habilidades do Dragão depois que Molly conseguiu escapar do último ataque. Mas se tem um personagem que disputa com Will o posto de mais ferrado da série, é o Dr. Chilton. Foi bizarro, assustador, asqueroso e ao mesmo tempo hipnótico o ataque de Dolarhyde, no auge da sua violência, arrancando os lábios de sua vítima como um animal estraçalhando a presa.

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A cena icônica da cadeira de rodas em chamas foi a cereja do bolo de um episódio cheio de auto-homenagens, e de uma ironia tão fina que poucas séries conseguiriam alcançar. A morte é certamente um destino cruel, mas ela não se compara ao sofrimento que D. causou ao Dr. Chilton. E ele foi apenas um mensageiro, já que os planos do Dragão para Will são ainda piores.

Depois de tantos atos de brutalidade, era de se esperar que a humanidade restante se esvaísse de Francis e que ele se tornasse definitivamente o Grande Dragão Vermelho. Quando ele revela sua identidade para Reba e a faz refém, ele rompe seu último laço com o homem que costumava ser. Dominado por vaidade e fúria, o que vem daqui em diante é imprevisível e absolutamente aterrorizante.

Algumas observações:

– Bedelia shippa Will e Hannibal forte. Muito forte. Forte tipo: eu.

– Jack morreu junto com a esposa. Esse aí que colocaram no lugar dele é só uma pedra de gelo com uma máscara de Laurence Fishburne.

– Teve pouco Hannibal neste episódio. Acho bom ele voltar com tudo, lindo e triunfante na finale.

– Estou sofrendo pela Reba. Me apeguei fácil, dei mole.

francis

Quais são as suas expectativas para o grande final? Deixe seu comentário e não esqueça de conferir a nossa última review de Hannibal!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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