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Livros para a Netflix transformar em série!

Por: em 20 de setembro de 2016

Livros para a Netflix transformar em série!

Por: em

Uma coisa que todo apaixonado por séries sabe é que a Netflix é a melhor coisa que aconteceu desde Cristo a Internet. Além de criar séries exclusivas, que são indicadas a prêmios e reconhecidas pelo mundo inteiro, ela também consegue dar uma temporada novinha para séries que já acabaram, como é o caso de Fuller House e Gilmore Girls, para matar a saudade dos fãs.

Mas, e aqueles filmes que não bombaram nos cinemas e não tiveram críticas favoráveis? Melhor ainda: e aqueles filmes que são baseados em livros que desagradaram a crítica e os fãs? Afinal, não são todas as adaptações que fazem sucessos como Harry Potter e The Lord of the Rings. A Netflix poderia trazê-los de volta em forma de séries, dando uma nova chance para a história e tendo uma nova direção e um novo elenco. Confira abaixo uma pequena lista de filmes fracassados que deveriam ganhar uma segunda chance em novo formato:

The Chronicles of Narnia (2005)

As Crônicas de Nárnia

Há pouco tempo foi anunciado que o quarto filme da saga As Crônicas de Nárnia será um reboot, ou seja, tudo será novo, até os atores. Isso é muito bom, porque os filmes anteriores não conquistaram muito os fãs, fazendo com que a Disney abandonasse o projeto. E mesmo depois do lançamento de A Viagem do Peregrino da Alvorada, a saga não obteve o sucesso que era esperado e assim, caiu no esquecimento, até recentemente.

Talvez com o novo reboot, a adaptação dos livros de C. S. Lewis ganhe notoriedade de novo, mas mesmo assim seria fantástico se a própria Netflix pudesse desenvolver. Todas as sete histórias são cheias de aventuras e personagens diferentes e por se passarem em um mundo super mágico, mostraria um novo potencial do serviço de streaming, afinal um universo mágico têm muitos efeitos especiais.

Eragon (2006)

Eragon

Os livros da saga Ciclo da Herança, escritos por Christopher Paolini foram um sucesso mundial. O livro conta a história de Eragon, um jovem de 15 anos, que descobre uma pedra azul na floresta, porém acontece que esta pedra na verdade é um ovo de dragão e dele nasce Saphira, um dragão azul. Eragon, que agora se tornou um Cavaleiro dos Dragões, e Saphira tornam-se melhores amigos e juntos, têm que enfrentar o exército de Galbatorix para salvar todo o reino.

Em 2006 foi lançado o filme baseado nos livros. Apesar de ter um elenco de peso (Rachel Weisz, John Malkovich e Robert Carlyle), o filme foi taxado de uma versão ruim de The Lord of the Rings. Muitos também reclamaram do tempo de duração. O filme adaptou uma obra de quase 500 páginas em apenas 104 minutos, ou seja, muitos detalhes foram deixados de lado e toda a história ficou corrida. Assim nem a bilheteria e nem a crítica foram favoráveis, fazendo com que perdesse todas as chances de um segundo filme.

Uma segunda chance para Eragon é tudo o que os fãs precisam. A querida Netflix poderia readaptar a história em forma de série para que todos os detalhes não sejam esquecidos e que o enredo flua de uma maneira melhor. E seria espetacular ver como ficaria a Saphira em uma nova versão, não é mesmo?

Percy Jackson & the Olympians (2010)

Percy Jackson

Baseado na série de livros Percy Jackson & os Olimpianos, escrita por Rick Riordan, o filme era muito esperado pelos fãs. A história era digna de cinema, contendo elementos da mitologia grega e assim como Harry Potter, os personagens eram crianças e muito carismáticos. Mas aí o diretor, Chris Columbus, quis fazer um filme totalmente diferente dos livros, mudando muitas das características essenciais da história e até o antagonista foi transformado em outro personagem. Nem mesmo um elenco favorável (Logan Lerman e Alexandra Daddario) salvou a película da tragédia. Enfim, o filme teve uma sequência intitulada Percy Jackson e o Mar de Monstros e até que Columbus tentou ser mais fiel à obra original, mas não teve jeito, fracassou e o terceiro filme foi cancelado pela baixa bilheteria.

Há pouco tempo vários fãs estavam fazendo alguns posts no Facebook para que a Netflix conseguisse os direitos autorais que, no momento, está com a 20th Century Fox. Talvez assim, a história se tornasse tão boa e surpreendente quanto o livro.

I Am Number Four (2011)

Eu sou o número 4

Eu sou contra fazer adaptações de livros logo que são lançados. Se a adaptação for boa, ela irá fazer da obra um sucesso, porém se for ruim, todas as chances de tornarem o livro um best-seller, serão perdidas. E foi exatamente o que aconteceu com Eu Sou o Número Quatro. Baseado nos livros de Pittacus Lore, o filme foi um fracasso total. Primeiro porque foi lançado, basicamente, junto com a primeira parte de Breaking Dawn. Segundo, o J. J. Abrams (Lost) iria ser o diretor, mas sei lá porque, o filme acabou caindo nas mãos de D. J. Caruso, um desconhecido até hoje. E terceiro porque, realmente, muitos elementos do livro foram retirados da adaptação. Além disso, colocaram Alex Pettyfer, um ator não muito carismático, para fazer o protagonista, o número Quatro. Entretanto, foi por causa do filme que eu comecei a ler os livros e percebi o quanto os produtores desmereceram os fãs.

A história começa quando nove alienígenas saem de seu planeta natal, Lorien e, partem para a Terra para se protegerem dos Mogadorianos (espécie invasora que destruiu Lorien). Cada um deles possui um número e legados (poderes) que são ativados ao decorrer do livro. Assim, os Mogadorianos precisam matá-los, desde que seja na sequência certa dos números. No começo da trama os números Um, Dois e Três já estão mortos e é a partir do Quatro que tudo é contado. Se a Netflix resolvesse fazer um reboot, seguindo a mesma mitologia dos livros, com atores melhores e desenvolvendo bem todos os personagens, a história se tornaria um sucesso absoluto.

Beautiful Creatures (2013)

beautiful creatures

Quando assisti Dezesseis Luas, tive uma grande decepção. Esperava ver toda a mitologia dos Conjuradores (não, eles não são bruxos) e todas as diferenças entre a Luz e as Trevas, mas ao invés disso, acabei assistindo um romancezinho barato e sem sal, no estilo de Twilight. O filme é uma adaptação dos livros de Kami Garcia e Margaret Stohl. A produção desperdiçou toda a história e até o elenco – que contava com a Viola Davis, gente! A crítica massacrou e toda a bilheteria foi abaixo do esperado.

É preciso saber que até o livro não tem uma história tão densa quanto os livros citados acima. Infelizmente, o casal principal é bem clichê e isso por si só já é decepcionante. Por isso Dezesseis Luas merece uma série, mas de uma forma em que toda a trama fique mais interessante e os personagens mais cativantes. Toda a mitologia poderia ser mais utilizada, afim de deixa-lá mais rica em conteúdo e sair do romance clichê.


São muitos os livros que tiveram adaptações nada glamorosas. É muito difícil adaptar sagas, pois algumas histórias e personagens não podem passar das páginas para as telas. Mas muitos diretores pisam na bola mesmo, deixando não alguns, mas vários detalhes importantíssimos de lado. Isso acaba prejudicando não só o filme, como também os livros, já que muitos assistem ao filme para ver se gostam da história. Se a película deixa a desejar, o livro provavelmente também deixa. Assim, histórias que merecem mais reconhecimento, acabam sendo esquecidas e não conseguem mais fazer sucesso.

A Netflix já seguindo o esquema de readaptar livros, está com o planejamento de fazer uma série de A Series of Unfortunate Events (Desventuras em Série), tendo o ator Neil Patrick Harris como o Conde Olaf. Ela também está transmitindo aqui no Brasil, a série Shadowhunters, baseada nos livros The Mortal Instruments – que também teve um filme fracassado.


Karine Medeiros

Futura jornalista. Mora em uma cidade desconhecida. Apaixonada por séries. Cinéfila e bookaholic. Sonha em um dia morar em Nova Iorque. O que ama mais do que tudo isso? Comer e dormir.

Votorantim / SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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