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Madam Secretary – 1×09 So it Goes e 1×10 Collateral Damage

Por: em 30 de novembro de 2014

Madam Secretary – 1×09 So it Goes e 1×10 Collateral Damage

Por: em

Madam Secretary arriscou uma bela virada narrativa nas últimas semanas. Sob a necessidade de mostrar o passado para evoluir a trama, a série fez uso dos flashbacks em dois momentos. Mas será que o recurso funcionou bem em ambos?

mrsecretary

Assistindo a So it Goes, o público tinha uma enorme sensação de “acabou a brincadeira”. Foi um episódio sem tramas paralelas, sem dramas pessoais, sem DRs Daisy-Matt. Madam Secretary limpou todos os seus pontos fracos para exibir o melhor episódio da temporada e finalmente apresentar Vincent Marsh em carne e osso.

Foi uma excelente sacada costurarem as cenas do passado do ex-secretário com a investigação de Bess. A esta altura dificilmente alguém ainda tinha dúvidas sobre a sabotagem ao avião, mas todos os detalhes técnicos que os McCord descobriram e a confissão do sabotador eliminaram de vez qualquer resquício de desconfiança sobre as circunstâncias do suposto acidente.

Elizabeth conseguiu recrutar Matt como seu agente duplo. Ele fingirá que a espiona enquanto tenta descobrir o que eles pretendem com isso. Toda a admiração e confiança que a Secretária tinha por seu presidente desabou, e agora ela precisará lidar com o fato de trabalhar para alguém que acredita ser um assassino.

triangulo

O grande problema é que a série ainda não aprendeu a manter uma curva ascendente e na semana seguinte apresentou Collateral Damage um completo anti-clímax depois de So it Goes. Ele, pelo contrário, trouxe de volta toda a “sujeira” que torna Madam tão sonolenta na maior parte do tempo. Foram vários minutos gastos discutindo a roupa de trabalho da Stevie, a briga nada relevante de dois ministros figurantes e em mais um capítulo da novela Daisy-Matt-Will feat. bolinhos.

O que vimos foi uma longa e dramática reprodução do clássico “inimigos presos no elevador”. Will e Matt, Bess com os ministros brigões e Nadine com uma funcionária insatisfeita.  Este recurso poderia funcionar se todos os personagens envolvidos fossem regulares e o tempo gasto tratasse de assuntos relevantes ao andamento da série. Mas não, todas as cenas envolviam conflitos e personagens que nunca tínhamos visto antes e provavelmente nunca veremos outra vez.

Se em  So it Goes o flashback foi muito bem empregado, em Colateral damages, foi desnecessário e fora do padrão narrativo. Não encaixou. Serviu para mostrar um “lado negro” de Bess que poderia muito bem ser apresentado apenas através de diálogos, já que ela nem sequer participou da tortura do terrorista pessoalmente. Stevie ficou chocada em conhecer mais sobre o passado da mãe e isso é compreensível, mas arrumar as malas e sair de casa foi bem overreacting da parte dela. Não é como se Bess fosse uma serial killer em atividade. Foi um erro que ela cometeu no passado e hoje em dia faz de tudo para que não seja mais necessário repetir.

bess-stevie

Algumas observações:

-Aquela gravatinha borboleta do Dalton não inspira a menor credibilidade. Ele deve ter passado por um banho de loja pra virar presidente.

– Como a Daisy, tendo um Will-gato-muso-legalize em casa, deu bola pro Matt? Amiga, não tem como te defender.

– O Henry agora é um agente secreto tão secreto que nem a gente sabe mais que fim levou a missão dele.

– O atirador foi tão inútil que nem precisavam ter escalado um ator pro papel. Se alguém só falasse que tinha um maluco lá fora com uma arma não faria a menor diferença.

– Nadine foi maravilhosa, diva, altiva e ganhou minha confiança de vez, além de ter se tornado minha personagem favorita na série.

Com um episódio excelente e outro que poderia ser exibido a qualquer momento da temporada, de tão desconectado da trama, Madam Secretary se mantém nesse ritmo de altos e baixos que dificulta o processo de apego à série. E você, de qual dos dois episódios gostou mais?


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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