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Maratona Sex and the City – 6ª Temporada

Por: em 15 de setembro de 2016

Maratona Sex and the City – 6ª Temporada

Por: em

 […] But the most exciting, challenging, and significant relationship of all is the one you have with yourself. And if you can find someone to love the you you love, well, that’s just fabulous.

E eis que nossa maratona de Sex and the City chega ao fim depois de quase uma centena de episódios! Foram muitos momentos marcantes e decisivos para nossas amigas ao longo dessas seis temporadas, mas vamos tratar sobre a última delas que, claro, não deixou a desejar se tratando de emoção e reviravolta. Os 20 últimos episódios abordaram várias questões pertinentes que tornaram ainda mais evidente a gigantesca evolução dessas personagens. Não dá para contestar que Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha passaram por muita coisa e que, de algum modo, tudo contribuiu para que elas se reinventassem, se permitissem, revessem valores, enfim, se encontrassem.

Apesar de termos testemunhado momentos em que o amor próprio foi deixado em segundo plano, a frase destacada acima, dita por Carrie, resgata essa questão ao dizer que o relacionamento mais importante é aquele que temos com nós mesmos, um pouco piegas, eu sei, mas acho importante frisar que os homens, os vilões e mocinhos dessa série, não são a coisa mais importante na vida de uma mulher. Comecemos então por explorar mais a fundo o que aconteceu com as quatro amigas ao longo da temporada.

Ele não está tão a fim de você

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O relacionamento de Carrie e Berger parecia muito promissor, achei um dos mais shippáveis, inclusive. Os dois se davam bem, as amigas tinham aprovado, o cara era engraçado, mas só isso não era o suficiente. Berger conseguia ser insuportável quando tinha o orgulho ferido, como da vez em que ele e Carrie brigaram por causa de um elástico de cabelo… Tenha santa paciência, sabe?! Claramente não ia dar certo e Carrie também teve sua parcela de culpa nessa história, mas não dá para negar que foi uma canalhice bem covarde o lance do post-it. As pessoas não cansam de surpreender.

No entanto, Berger deixou um legado com a frase “he’s just not that into you” que, para quem não sabe, inspirou um livro, escrito por Greg Behrendt, consultor de script da série; a obra, por sua vez, inspirou um filme de mesmo nome e ambos foram um sucesso. A frase abriu os olhos de Miranda, que pareceu ter descoberto o verdadeiro sentido da vida! A cena em que ela decide passar adiante tal sabedoria foi hilária, visto que as moças não gostaram muito da intromissão da ruiva, mas paciência, né? O recado foi dado.

O conto de fadas de Charlotte

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Charlotte e Harry também tiveram momentos bem difíceis na relação. Começando pelo fato de que Charlotte chegou a se converter ao judaísmo para poder se casar com o amado. O casamento desastrado dos dois foi ótimo, e eu não vi os filmes ainda, mas acho que tudo bem dizer que é evidente que eles estão muito felizes, principalmente depois da chegada de Elizabeth Taylor e da notícia de que conseguiram adotar uma filha! Nós acompanhamos o sofrimento de Charlotte de perto, inclusive quando sofreu um aborto espontâneo, e a moça, que do quarteto parecia a mais delicada e frágil, se mostrou forte como nunca!

A evolução de Charlotte, sem dúvida, é uma das mais impactantes na série. Sempre romântica e otimista, a mulher se desprendeu de certos preconceitos; Harry é o exemplo mais contundente, visto que a moça estava bem hesitante no começo desse relacionamento, com vergonha de assumi-lo e de aceitar que seria capaz de se apaixonar por tal pessoa. Mas que bom que as pessoas mudam, não é mesmo? Well done, Char!

A nova vida de Miranda

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Olha, não é por nada não, mas eu sabia que Miranda e Steve iam acabar juntos desde o começo, tem coisas que a gente só sente, sabe? Era o que fazia sentido. Mas tenho que dizer que estava gostando bastante do Dr. Robert, mas este, infelizmente, se mostrou bem imaturo após o término, e pensar que Miranda ainda podia jurar que ele estava desesperadamente apaixonado por ela… Pelo menos em Brooklyn ela não terá de se preocupar em encontrá-lo no elevador.

Isso mesmo, Miranda se mudou com a família da cidade de Nova Iorque, algo que ela nunca pensou possível. Admiro muito o amor que essas mulheres sentem em relação à cidade, mas, nesse caso, realmente acho que foi um sacrifício válido considerando essa família que só aumenta, até agora temos um Brady, um Steve, um gato, um cachorro, uma Magda e a mãe de Steve, que, como vimos, não está em um bom momento. Me emocionei com o carinho maternal com que Magda beija a testa de Miranda no final; sentirei falta.

A velha e fabulosa Samantha

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Samantha, por sua vez, impressionou ao se envolver em um relacionamento com Smith. Claro que foi um trabalho árduo até chegarmos nesse ponto, mas não dá para negar que Smith é o máximo! O ator esteve lá por ela não só nos momentos de prazer e diversão, mas também nos momentos mais sombrios e difíceis da loira; e, como ela mesma disse, nenhum homem havia feito por ela o que ele fez. Não sei vocês, mas outro fator chocante para mim foi a revelação da idade de Samantha! Finalmente descobrimos que a mulher tem 45 anos, e foi bem cômico vê-la lidando com a menopausa. Força, miga!

Mas a menopausa não era nada comparado com a descoberta de que Samantha tinha câncer de mama, isso sim foi um tremendo baque, o que trouxe reflexões interessantes acerca da doença, nos mostrando uma Samantha ainda mais poderosa, forte e que sabia arrasar nas perucas! Foi linda a solidarização que ocorreu no momento do discurso de Samantha, com todas as mulheres presentes retirando suas perucas. Talvez tenha caído um cisco no meu olho nessa hora…

Uma new yorker, um russo e um valentão em Paris

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Voltando à novela que é a vida de Carrie, precisamos falar sobre Petrovsky, o russo, quem eu jurava que veria por uns dois, três episódios no máximo, não só durou como levou nossa Carrie embora para Paris. Não sabia muito bem o que esperar dessa relação, mas torci pela felicidade da escritora, achei ótimo ela ter se entregado da maneira como se entregou e ter ido a Paris, pelo menos agora ela nunca ficará se questionando se teria dado certo ou não. Foi bem frustrante ter de vê-la infeliz naquela cidade maravilhosa, quer dizer, até o príncipe Big aparecer para salvá-la…

Depois de Big ter aberto o coração, fechado, aberto de novo para Carrie, e esta ter surtado com ele no meio da rua, parecia que essa história maluca de encontros e desencontros tinha chegado ao fim, mas só parecia mesmo. Joãozinho foi até Paris buscar a amada depois de quase não ter sobrevivido a um encontro com as outras três amigas de Carrie, e sim, me senti representada pelo olhar fuzilador de todas. Não é como se não esperássemos por essa reviravolta, mas depois de todas as mancadas do cara, fica difícil não ter um pezinho atrás. Mas é isso. Acabou a palhaçada Carrie e Big, e eu realmente espero que eles tenham encontrado a felicidade juntos!

Participações especiais

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A série teve algumas participações para lá de especiais, começando por Jason Lewis, ou o Absolut Hunk, ou o boy de Samantha, Smith. A ganhadora de Oscar Tatum O’Neal também aparece como a amiga de Carrie que se vê obrigada a pagar por um par de Manolos novos. Só no décimo episódio foram três: Blair Underwood é Dr. Robert Leeds, a spice girl Geri Haliwell faz uma aparição rápida como a amiga inglesa de Samantha que a avisa sobre a Soho House, e a famosa drag queen Lady Bunny aparece como a atração do prom em que Marcus e Stanford reatam o namoro.

Também tivemos a participação do russo Mikhail Baryshnikov, como Petrovsky, e gente, o cara é um famoso dançarino de ballet! O quão maravilhoso é isso?! A comediante Julia Sweeney apareceu como a freira que Samantha conhece enquanto tenta uma consulta de última hora e, por último, Kristen Johnston foi Lexi Featherston, a amiga de Carrie que morre depois de acidentalmente cair de uma janela. Trágico.

Look da Temporada

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Eu poderia ter escolhido qualquer um dos looks que Carrie usou em Paris, pois achei todos maravilhosos, mas optei por esse, que também acho incrível, usado em um dos dates com o russo, em Nova Iorque, no episódio The Ick Factor (6×14), quando a vida de Carrie parecia não poder melhorar.


Foram seis temporadas de muito drama, idas e vindas, descobertas, amizade e persistência. Ainda acho incrível o fato dessa série ter acabado há mais de 10 anos e ser tão atual. Não dá para desconsiderar o quão revolucionária não deve ter sido na vida de milhares de mulheres que, talvez pela primeira vez, se sentiram representadas por uma série de TV que insiste em mostrar que as mulheres podem ser independentes e, mais que isso, podem ser independentes juntas, and that’s just fabulous!

Um muito obrigada a você que nos acompanhou nessa maratona até aqui! Não esqueça de deixar seu comentário me contando o que achou da temporada!


Lara Monteiro

Estudante de humanas que já perdeu a conta de quantas séries fizeram e fazem parte de sua vida. Fã da internet, da literatura e do ócio; especialista em conciliar comida com binge-whatching.

São Paulo/SP

Série Favorita: Veronica Mars

Não assiste de jeito nenhum: The Vampire Diaries

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