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Melhores momentos da 4ª temporada de Bates Motel

Por: em 17 de fevereiro de 2017

Melhores momentos da 4ª temporada de Bates Motel

Por: em

Spoiler Alert!

Este texto contém spoilers pesados,

siga por sua conta e risco.

A quarta temporada de Bates Motel foi um deleite para os fãs da série e de um bom suspense. Foi nesta season que a história focou no elemento principal: a relação entre mãe e filho, deixando de fora plots desinteressantes (oi, plantação de maconha!) e que não contribuíam nada no enredo.

Quem conhece o filme Psicose, de Hitchcock, e o livro que originou a história sabe que os eventos que aconteceram ao decorrer da temporada eram inevitáveis. Por mais tristes que sejam, certas coisas precisavam acontecer. Assim, é necessário relembrar os melhores momentos do quarto ano antes do início da quinta e última temporada:

Norma(n)


Já na primeira temporada percebemos que Norman Bates não era igual as outras pessoas. A super dependência da mãe, todas as mentiras, mortes e abusos que ocorreram entre eles serviram para aumentar ainda mais sua obsessão por Norma. Se em uma pessoa normal esse relacionamento já traz alguns problemas, imagine na mente psicopata de Norman!

Agora, não estamos mais na fase de “Norman está se transformando em Norma”. Estamos na fase “Norma já é uma personalidade Norman”, e se antes não sentíamos medo do que ele poderia fazer, agora sentimos. Medo dele matar personagens importantes ou que gostamos, medo do que isso significa no futuro, e grande parte desse medo é devido a atuação incrível de Freddie Highmore. Sua interpretação, como na cena acima em que conversa com o psiquiatra, é fenomenal e ele consegue passar tudo o que Norman, ou melhor, Norma sente, seja com uma conversa ou com movimentos sutis.

Norma e Romero

A tensão sexual dos dois estava crescendo a cada ano e eu não via a hora de se tornarem um casal. Só que a situação não era das melhores, afinal Norman precisava se tratar no sanatório Pineview e os Bates não tinham condições financeiras para a estadia dele. É aí que Romero dá o ar das graças! A proposta de casar com Norma para “apenas” garantir um seguro médico ao enteado foi aceita e para o casamento não ser anulado, o policial vai morar com a futura esposa.

Era óbvio que tudo não passava de uma fachada para os dois ficarem juntos logo. Todavia, como nem tudo é um conto de fadas, Norman, com sua obsessão doentia, não aceita o novo relacionamento de sua mãe e encontra no xerife uma grande ameaça. Na verdade, o filho mais novo queria a mãe só para ele, não queria dividir com mais ninguém,  principalmente com um novo marido, como se Norma fosse uma propriedade que já tinha dono. Tudo isso é um tanto estranho, mas foi assim que a matriarca criou o próprio filho, uma mistura de apego e possessividade.

Com o passar dos episódios, eu conseguia enxergar uma Norma feliz, sem seu assombroso passado, e com um futuro em que ela poderia realmente viver, só que estamos falando de Bates Motel 

“Forever” e “Norman”

A quarta temporada da série proporcionou o melhor episódio de todo o show. O nono episódio, intitulado Forever, foi um choque para todos. Os fãs esperavam o grande momento em que Norma iria morrer; ninguém queria que acontecesse, porém era um fato de que isso iria ocorrer. Além disso, ninguém poderia saber como iria acontecer. Em Psicose, é comentado que Norman matou a mãe e o amante, mas não específica se isso necessariamente aconteceu na mesma noite, talvez esse tenha sido o gancho para Romero não ter morrido ainda.

A cena do suicídio que Norman planejou foi espetacular! A música Mr. Sandman foi um elemento que contribuiu para o momento. Já ouvimos a música no episódio Shadow of a Doubt da segunda temporada, no qual os dois mostravam uma relação natural e saudável de mãe/filho. Uma relação que ainda não estava abalada por todos os problemas que iriam surgir, e sabe o que é engraçado? Apesar de todos esses problemas, Norma brigou com Dylan, abandonou Romero e no fim escolheu seu filho mais novo. Não porque era uma questão de certo ou errado, e sim porque era o que ela deveria fazer. O relacionamento dos dois é como Will e Hannibal, no qual a proximidade é um perigo, mas a distância é pior ainda.

Já o décimo episódio, Norman, serviu para comprovar se alguém ainda tinha dúvidas: Norma está mortíssima. A cena de Romero tentando reanimá-la, os preparativos para o velório, o enterro e a cena final foram precisos, mas não menos dolorosos. Ver que Dylan não ficou sabendo da morte de sua mãe e a última “conversa” que tiveram foi uma discussão, foi de partir o coração. Entretanto a melhor parte está no final do último episódio quando Norman simplesmente cola as pálpebras da mãe. Foi chocante e maravilhoso ver que, para ele, ela não morreu. Ela continua com ele, presente como uma sombra.


É claro que alguns furos também ocorreram. Me pergunto como Norman conseguiu sair tão rápido do sanatório ou de como a morte da Aubrey pode ter sido esquecida (ok, ninguém gostava dela). Contudo, o quarto ano da série foi um ótimo esquenta do que ainda está por vir, e espero ansiosamente um Norman como o de Anthony Perkins e a cena do chuveiro!!

E para você quais foram os melhores momentos? O que espera da nova temporada? Lembrando que a estreia do último ano está marcada para o dia 20 deste mês!


Karine Medeiros

Futura jornalista. Mora em uma cidade desconhecida. Apaixonada por séries. Cinéfila e bookaholic. Sonha em um dia morar em Nova Iorque. O que ama mais do que tudo isso? Comer e dormir.

Votorantim / SP

Série Favorita: Friends

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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