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No Divã – os personagens que fizeram terapia

Por: em 27 de agosto de 2015

No Divã – os personagens que fizeram terapia

Por: em

Hoje é dia do psicólogo, esse profissional que as vezes não damos tanta atenção e as vezes temos até certo preconceito com quem faz terapia, mas a verdade é que é um processo de autoconhecimento de grande ajuda para todos. Inclusive para os personagens de séries, que por motivos diversos se sentaram no divã e procuraram melhorar suas vidas. Desde Tony Soprano a terapia tem servido também para ajudar os personagens a crescerem e mostrar motivações das histórias para nós, telespectadores.

Harvey (Suits)

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Depois de se sentir abandonado por Donna e de guardar todo o sentimento sem conversar com ninguém, Harvey tem ataques de pânico e precisa procurar ajuda para controla-los . Com o tratamento ele começa a trabalhar o seu crescimento, a se conhecer melhor, a lidar com as pessoas que estão a sua volta. Sabemos que ele precisa aceitar e conversar mais sobre seus sentimentos e a Dra. Paula Agard consegue finalmente fazer Harvey falar sobre o seu passado, sobre sua mãe e a falta de confiança. Há um embate entre Harvey e sua terapeuta e no início ele parece estar ali apenas para obter uma prescrição para medicação. Porém após uma postura firme da Dra. Paula, assistimos Harvey se abrindo mais e a tendência é que ele volte a falar sobre sua mãe e o quão profundo ela o magoou.

Reese (Person of Interest)

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Reese foi obrigado pelo departamento de policia (seu disfarce) a fazer terapia por ter atirado em algumas pessoas. Nós sabemos da verdade, mas o departamento não está acostumado com essa violência, atirar em alguém (mesmo que nos joelhos) não deveria ser tratado como algo normal. Então ele faz as sessões até que sua psicóloga o libera para trabalho, mas decide continuar com a terapia para parar de afastar as pessoas que estão à sua volta. Reese tem um complexo de herói, quer salvar todo mundo mas não deixa ninguém se aproximar, tem medo de fazer os outros sofrerem. Ele consegue trabalhar um pouco o seu lado pessoal na terapia, com tantos segredos, ele não poderia continuar são.

Kate (Castle)

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Kate na terceira temporada sofreu um atentado e logo no início da quarta temporada é obrigada a fazer terapia para poder voltar ao trabalho. A terapia era pra tratar o trauma, o medo e o estresse pós traumático, mas a detetive Beckett continuou fazendo terapia para aceitar não ter conseguido resolver o assassinato de sua mãe, e por isso sempre afastar as pessoas. A própria Kate diz em determinado episódio da temporada que tem um muro dentro dela, impedindo-a se conectar a outras pessoas e até aceitar amor. A terapia é fundamental para ela compreender o seu papel como detetive e separar sua vida pessoal. Graças a terapia pudemos ver Kate e Castle juntos, ela finalmente aceita que o ama.

Meredith Grey (Grey’s Anatomy)

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Meredith já sofreu muito, tem muitos motivos pelos quais desde criança já deveria fazer terapia. Mas foi só após um período de eventos especialmente traumáticos – no final da terceira temporada com o acidente de barco, uma experiência de quase morte, a morte da mãe, Derek começa a namorar Rose e sua meia irmã aparecendo no hospital (ufa!) – que ela resolve procurar ajuda profissional com a Dra. Wyatt, porque não conseguia dormir. Apesar de relutante no começo, ela consegue se abrir e falar sobre o relacionamento com sua mãe, com o Derek e faz algumas mudanças em sua vida, consegue lidar melhor com o trabalho e a vida pessoal. Um resultado foi admitir que gosta do Derek e tivemos aquele lindo episódio com a casa de velas.

House (House)

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House é internado para tratar seu vício em remédios, e durante o tempo que passa internado é obrigado a fazer terapia e falar de sua dor, física e da vida. Ele faz o tanto que é recomendado, mas ao sair do hospital ele percebe que precisa falar com alguém sobre sua vida. Nolan, seu médico, trabalha com House o seu problema com confiança, diz que ele pode confiar nas pessoas, não precisa tratar tudo com ironia, pode deixar as pessoas se aproximarem.

Dr. Spencer Reid (Criminal Minds)

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Dr. Reid precisou de terapia depois de ter sido mantido em cativeiro por um dos suspeitos que estavam investigando em um caso, foi drogado e ficou viciado. Após o evento ele procura um grupo de apoio para tratar do seu vício, nas terapias ele também conversou sobre o trauma que passou. Ele que é fechado e sempre sofreu muito por ser diferente, precisava desse grupo de suporte, que passaram por problemas similares, por mais que trabalhe com pessoas acolhedoras e que o respeitam muito, tem hora que é preciso falar com profissional e com quem passa por problemas similares.

Betty Draper (Mad Men)

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Betty viveu num tempo que era muito mais difícil para as mulheres, na década de 60 sofriam ainda mais dominação social e mesmo para fazer terapia era complicado, tinha que ter autorização do marido e sempre tentar manter tudo em segredo. Afinal, quem com uma vida tão boa faria terapia? Betty na primeira temporada frequentou seções de terapia depois que médicos falaram que a tremedeira nas mãos era psicossomático. Ela descobre que o seu psiquiatra estava reportando tudo que conversavam ao seu marido, e então resolve falar sobre as traições dele. Na segunda temporada ela já não faz terapia.

Will Graham (Hannibal)

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Will tem uma habilidade especial: ele consegue penetrar em uma cena de crime e ver o crime pela ótica de quem o cometeu. Tal habilidade despertou o interesse de parte do FBI, que o recrutou como consultor especial. Porém isso despertou também em sua mente uma grande confusão e desconfiança. Será que tal habilidade é em razão dele ser um serial Killer em potencial? Para entender mais sobre sua mente, ele é direcionado a um psiquiatra: Hannibal Lecter. As sessões entre os dois são bem sombrias e incômodas – tanto para Will, quanto para nós. Porém Hannibal parece se divertir investigando a mente de Will, talvez pelo fato dele ser também um serial Killer e se enxergar em seu paciente.

Quer ver mais como é o cotidiano dentro das sessões de terapia? Tem algumas séries que recomendamos para isso, que se passam em grande parte dentro de um consultório: In Treatment, Necessary Roughness, Sessão de terapia, Go On, Web therapy.


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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