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Once Upon a Time – 5×13 Labor of Love

Por: em 16 de março de 2016

Once Upon a Time – 5×13 Labor of Love

Por: em

De coração aberto, já digo: Fazia tempo que eu gostava tanto de um episódio de Once Upon a Time, provavelmente desde a temporada passada.

Não sei dizer ao certo o que me prendeu tanto em Labor of Love. Mas sei que, aos 5 minutos, eu já estava totalmente imerso na trama e consegui assistir a tudo interessado e, principalmente, me importando com a história que ali se desenvolvia (o que já é mais que alguns episódios do arco da Dark Swan, posso dizer) . Talvez tenha sido o senso de aventura emulado, a mensagem bonita que eu consegui comprar ou mesmo a presença de Hércules, um dos meus personagens favoritos da vida.

Hercules-and-Snow-

E como já era esperado, OUAT continuou com sua mania de ligar os personagens clássicos aos personagens de sua história. Foi uma bela surpresa descobrir que Hércules foi o provável primeiro crush de Snow White e foi, em parte, responsável por ela ter sido a heroína que foi um dia e que agora, graças aos deuses, promete voltar a ser. A interação entre os dois, tanto nos flashbacks quanto no Underwold, foi excelente e deu um ótimo ritmo ao episódio. O roteiro se preocupou em não fazer da parceria dos dois uma coisa jogada. No passado, o que outrora os uniu foi o desejo de se ter alguém para lhe dizer “você pode. Vá em frente.” Lá, Snow fez isso por Hércules mais do que ele por ela. No presente, a situação se inverteu. Mesmo sem perceber, o filho de Zeus fez por sua antiga amiga da infância mais do que ele jamais poderia imaginar.

Já há algum tempo, Snow não é mais a personagem decidida e interessante do começo da série. Claro que muito disso é “culpa” de planejamento de arcos, que na maioria das vezes coloca Regina e Emma ao centro e esqueceu seus secundários, relegando-os a plots simplórios ou pouca utilidade prática. Por isso mesmo, o senso de reconhecimento que Hércules provoca em Mary Margareth é tão bom. Ajudá-lo a derrotar o Cérberos para cumprir seu assunto inacabado e salvar Meg fez com que a mãe de Emma percebesse que, sendo Mary, ela não estava sendo ela mesma. Ela é Snow White. Ela PRECISA ser Snow White. Agora ela está decidida a ser. E vale ressaltar que Regina também tem sua parcela de participação na decisão da antiga inimiga. É engraçado pensar que, onde um dia houve tanto ódio, hoje há uma amizade sincera e bonita. A conversa das duas onde Regina admite que Snow a derrotou e que isso já é motivo suficiente pra não desistir é muito bonita e não é só uma escada para o crescimento de Mary Margareth, mas também uma prova de como a antiga Evil Queen é o personagem que mais evoluiu desde o começo da série.

Pra não dizer que não falei dos espinhos, só vou criticar duas coisas nesse plot: Esperava uma participação maior do Hércules e, mesmo com a bonita mensagem de que falhar às vezes é necessário, fiquei triste de ver que seu arco aparentemente já foi fechado e ele rumou até o Olimpo. Seria um personagem bacana de ser ter por mais tempo. E, na mesma linha, também me decepcionei com o pouco espaço que a Meg teve. Sim, ela foi importante para a resolução de tudo, claro, e seu (re) encontro com o Hérc foi muito bonito, mas a personagem poderia ter rendido mais. Espero que, no futuro, eles retornem para novos cameos. 

Cruela-OUAT

A presença de Cruela e suas motivações para entrar em contato com Henry também foram uma ótima surpresa. Todo o arco Queen of Darkness e a história do Autor estão entre as melhores coisas de OUAT pra mim e eu sempre tive entalado na garganta o fato do menino ter destruído a pena e “renunciado” ao seu posto de Autor (é quase o mesmo sentimento que eu tive quando o Harry destrói a Varinha das Varinhas no final de Harry Potter e as Relíquias da Morte). Mesmo que Cruela possa estar mentindo, é bom ter uma esperança de que essa história não se encerrou ainda. 

Ok, é preciso fazer um esforço pra comprar todo esse papo de que a pena era uma energia e que agora está no Underwold também, mas não dá pra negar que existe um bom potencial aí. Não só por tirar Henry de sua zona de conforto e colocá-lo para praticar atos tecnicamente questionáveis (mesmo que por uma boa causa, como “purificar” a alma da mãe), mas também por tudo que pode ser mudado na história caso ele realmente assuma o papel de Autor. Vamos ter que pagar pra ver.

Killian-OUAT

E fechando os arcos de Labor of Love, tivemos ainda um pouco de sofrimento para Hook. Os planos de Hades para o capitão ainda não ficaram claros, mas já dá pra ver que o novo vilão não vai ser algo tão ‘simples’ como foi Arthur. Hades é imponente, decidido, sarcástico, maligno – como o rei do Inferno deve realmente ser. Torturar Killian fisicamente já parece ter cansado-o e agora, a coisa parte pro psicológico. O “jogo” final, onde Killian terá que escolher uma alma para ficar para sempre no Underwold a cada alma que Emma e seus amigos salvarem, é sádico e promete acabar com o emocional do pirata. Só nos resta torcer para que ele seja logo encontrado e que, em seu íntimo, ele consiga resistir ao deus.

Ao menos, ele tem algo em que se agarrar: A certeza de que Emma está indo salvá-lo. E, em uma situação como essa, isso faz muita diferença.

Outras observações:

– Essa foi uma das poucas vezes em que consegui curtir tanto o flashback quanto os tempos presentes.

– Aparentemente, existe um motivo para o Underwold ser uma versão instagrimizada de Storybrook. Alguém arrisca teorias?

– Queria ter visto mais trabalhos de Hércules. Quando criança, esse livro (Os 12 Trabalhos de Hércules) era o meu favorito.

– Coisas que só essa série faz por vc: O Hércules foi o primeiro crush da Branca da Neve.

– Abigail Hobbes sofrendo de novo. Mulher, se benze.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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