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Once Upon A Time – 6×13 Ill-Boding Patterns

Por: em 21 de março de 2017

Once Upon A Time – 6×13 Ill-Boding Patterns

Por: em

Ainda não foi dessa vez que Once Upon A Time recuperou a força das próprias pernas e, assim como Rumple faz com sua adaga, a série tem se apoiado em muletas para tentar sobreviver. Se existiu um tempo no show em que os tradicionais flashbacks eram surpreendentes e importantes para a história, preenchendo as lacunas e desenvolvendo os personagens, essa época já se foi e, atualmente, os flashbacks são nada menos que muletas manipuladoras que reescrevem o passado como conhecíamos. Chega a ser ofensivo pra quem acompanha o seriado desde o princípio.

Eu costumava gostar bastante dos episódios focados quase-exclusivamente na história de Rumple, mas Ill-Boding Patterns – onde o andamento da trama principal beirou a zero – foi um dos piores que já assisti até hoje. Nele, nos foi empurrado goela abaixo que Bae (aquele que ODIAVA a magia do pai) certa vez se rendeu à escuridão e manipulou o Senhor das Trevas para matar um homem.

Um homem que, inclusive, entrou pra longa lista de personagens inúteis dessa série. Em questão de minutos, Beowulf foi herói, vilão e vítima e, o pior de tudo, extremamente entediante. Serviu pra nos fazer engolir que Bae teve lá seu momento de escuridão na infância e Rumple, naquele momento, colocou as necessidades do filho diante das suas. Engraçado é que, convenientemente, Mr. Gold tinha esquecido essa lição até agora – quando novamente tem um filho no caminho das trevas.

De volta ao presente, Rumple tenta repetir o truque da poção do esquecimento com Gideon, mas é claro que não funcionou. Também descobrimos um pouquinho sobre a vida do rapaz com a Fada Negra e que ele tem bastante em comum com o pai. Ok, o jeito é esperar pela continuação do arco e implorar que não seja dolorido. Agora Gold vai ajudar o filho cometendo os atos de maldade em seu lugar para que ele não tenha a alma comprometida, a começar por colocar a Fada Azul em coma. A moralidade da série continua meio turva. Se a Branca de Neve teve culpa na morte de Daniel por simplesmente contar um segredo na boa-fé, de que forma Rumple realizar ações que Gideon DESEJA protege o rapaz?

Totalmente alheio a tudo isso, estava Robin e o mistério que deixou aberto na semana passada roubando o cofre de Regina. Eu, que estava com esperanças nesse plot, dei com a cara no chão ao descobrir que o mistério nada mais era de que o novo Robin é um idiota. Ele não procura por felicidade ou redenção. A única coisa que ele quer é continuar roubando e viver à sombra.

Regina merece muito mais do que isso e parece que a mensagem foi recebida e visualizada dessa vez: aquele não é o Robin que ela uma vez amou e tentar transformá-lo nele seria um erro. Uma coisa que eu adoraria é que nossa prefeita se desse conta de uma vez por todas de que ela não precisa de um homem pra ser feliz, mas esse não é o perfil da série e acho difícil de acontecer. Aliás, tudo parece estar trilhando exatamente o caminho contrário, agora que Robin está preso em Storybrooke e, pelo visto, eles vão acabar se entendendo. (Quer dizer que, mais uma vez, ninguém pode abandonar a cidade? Alguém tem o manual do feitiço de proteção atualizado? Tô perdidíssimo).

O melhor do episódio são seus minutos finais, com o retorno da nossa sempre amada Evil Queen que entrega cenas que são um deleite aos olhos. Mesmo assim, acredito que já passou da hora de nos despedirmos dela e um final que eu gostaria de ver seria ela e Robin indo ser os vilões lá pelas bandas do Reino do Desejo. Imagina!

Pra finalizar, o arco “Hook tem um segredo” segue se arrastando (provavelmente até o fim da temporada) e destruindo qualquer evolução que o Capitão tenha tido até aqui. É palpável o crescimento de Gancho até então, que deixou de ser vilão e, hoje, é um mocinho daqueles que preferem sacrificar a própria felicidade em nome da verdade. Mas querer ainda não foi poder e foi a própria Emma, meio sumida da série pela segunda semana consecutiva, quem estragou seus planos.

Acompanhamos uma longa e dura jornada de uma Emma fechada em muros para uma totalmente aberta para o amor e agora tudo está por um fio graças a uma bobagem. A Salvadora merece seu momento de felicidade com o homem que ama, mas aparentemente ele não vai chegar tão cedo. Aguardemos.

Outras observações:

  • Sempre bom ver Zelena em cena, né? AMO Rebecca Mader!
  • O orçamento da temporada se esgotou depois daquela Guerra dos Ogros, pena ter sido em uma cena que ninguém se importa com personagens que ninguém se importa.

José Elias Mendes

Jornalista, aquariano e apaixonado por séries que se esforça pra fingir saber do que está falando (spoiler alert: não sabe).

Uberlândia / MG

Série Favorita: Gilmore Girls e White Collar

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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