Mais uma série de Sci-fi estreou na televisão norte americana, mais um sci-fi policial para fazer companhia à Almost Human. Mas diferente desta, Intelligence se passa nos dias atuais e nos faz perceber a tecnologia usada como se fosse real. O tom de ficção da série não é exagerado, não nos transporta para algo futurístico, algo que poderia acontecer, nem brinca com leis da física como Fringe diversas vezes fazia. Ao contrário do que eu esperava, a série parece se construir mais na ação do que na ficção, com episódios com caso da semana, crimes para serem solucionados.
O agente Gabriel, interpretado por Josh Holloway, sofre de uma mutação genética que permitiu à uma agencia federal de segurança implantar um chip e fazer dele um super agente que tem acesso a qualquer coisa que transmita dados. Pode ser wi-fi, bluetooth, celular… Qualquer coisa. Com estas habilidades ele facilmente consegue dados secretos para a agencia. Sua chefe é a diretora Lillian, Marg Helgenberger, que tem uma ligação com o agente e começa a série fazendo entrevistas para contratar Riley, Meghan Ory, agente do serviço secreto para ser parceira e proteger Gabriel.
O episódio é muito didático, sem grandes surpresas e em momento algum foi além das nossas expectativas. A contratação da Riley serve como uma narrativa para explicar o projeto do qual Gabriel faz parte. Somos apresentados à alguns personagens, às instalações físicas da organização e também alguns recursos e opiniões desta agência secreta. Riley também foi descrita como capaz de grandes lutas, alguém irá fazer o trabalho pesado na parte da ação da história, se Gabriel não for suficiente. Contudo, gostei da interação entre os dois personagens e fiquei querendo ver mais interação entre Gabriel e o Dr. Shenandoah Cassidy (John Billingsley), os dois são os melhores atores no elenco e a química funcionou bem nos momentos que estiveram juntos.
Se até já tínhamos entendido o que era o projeto, o caso da semana caiu na mesmice e ficou redundante. Um dos criadores do projeto e do chip implantado em Gabriel foi sequestrado e a agencia tem que fazer de tudo para resgatá-lo. A oportunidade é aproveitada primeiro para explicar mais um pouco do projeto, como tudo começou, porque Gabriel foi escolhido, qual a relação entre criador e criatura. Além disso, cria um padrão de inimigos que devem voltar à cena em alguns momentos. para “variar” a série cai em estereótipos não só para seus agentes, mas também para seus vilões.
Com este episódio tão didático a série pecou pelo excesso e não disse a que veio. Não era necessário tantas narrativas para nos fazer entender algo que é bem simples. Poderiam ter criado mistério ou focado na ação e entregar um bom piloto, que nos fizesse querer assistir ao restante da temporada. Vou continuar vendo Almost Human e fazendo maratona de Battlestar Galactica para suprir minha carência de ficção científica.
Para os fãs de Josh Holloway e Marg Helgenberger que querem vê-los trabalhando, a série tem potencial para se tornar uma boa série policial. A parte de ficção irá tornar o trabalho fácil e fazer do seu personagem principal um alvo desejado por todo o mundo, mas não torna a série uma boa ficção. Se é uma nova série policial que procura, esta pode ser uma opção.
Quem já viu a série, gostou? O que acharam das atuações?