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Alcatraz – 1×03 Kit Nelson

Por: em 25 de janeiro de 2012

Alcatraz – 1×03 Kit Nelson

Por: em

Confesso que estava com maiores expectativas para este episódio do que os dois primeiros, já que, após apresentar personagens, premissas e motivações no Piloto e em Ernest Cobb, poderíamos ter uma visão realista sobre o que esperar de Alcatraz. E, mais uma vez, J.J. Abrams não me decepcionou.

Em Kit Nelson ficou mais do que claro que o ritmo do show, como observado na premiere, será frenético, além de não poupar a audiência de aspectos e casos brutais. Tanto a perseguição à Kit quanto os flashbacks mostraram detalhes fortíssimos. A cena do espancamento na prisão, por exemplo, não escondeu qualquer tipo de brutalidade, o que torna a série mais próxima da realidade, pois estamos tratando dos maiores e piores criminosos já existentes.

Chama a atenção, também, o quão importante será para o show fatores psicológicos, não só para a compreensão dos crimes cometidos pelos prisioneiros, mas também para as motivações dos personagens principais: nos dois primeiros episódios já descobrimos um lado sádico de Emerson Hauser (Sam Neill) e seu fascínio por torturar presos e reproduzir a antiga prisão, bem como a ligação da detetive Madsen (Sarah Jones) com Alcatraz, já que seu avó, além de ser um antigo presidiário, está envolvido no assassinato de seu ex-colega de trabalho. No episódio de segunda, abordou-se, sem ser muito aprofundado, um drama de infância de Doc (Jorge Garcia), o que o envolveu, ainda mais, no caso da semana.

Todo o desenvolvimento do caso da semana foi extremamente satisfatório. O plot foi interessante, as atuações ótimas (excetuando o gurizinho, mas aí a gente releva, hehe) e contribuiu para dar uma maior profundidade aos personagens, principalmente ao Doc, onde ficou evidente seus conflitos sobre o passado e seu novo estilo de vida. A meu ver, toda a história envolvendo Kit Nelson foi bem estruturada e me pareceu pertinente: desde a história envolvendo seu irmão, até o seu modus operandi, ou seja, a forma que ele envolve e elimina suas vítimas. A finalização do caso foi também surpreendente, já que, em suas atitudes psicóticas já vistas, Emerson sempre foi firme ao querer que os presidiários fossem capturados com vida e, assim, construir uma réplica de Alcatraz.

Para mim, o principal ponto negativo de Kit Nelson foi o não desenvolvimento da premissa principal do show: nesse episódio não tivemos nenhuma resposta e poucas questões foram levantadas sobre o mistério de Alcatraz. Tenho lido muitas críticas sobre a fórmula de casos da semana da série, mas isso não me incomoda: desde o princípio foi dito que Alcatraz seria uma espécie de procedural. Acredito que, com o desenrolar da história, a série não utilizará mais deste artifício, pois já teremos uma base sólida para sustentar um episódio de 40 minutos, repetindo a fórmula de Fringe, em que a primeira temporada foi composta de casos da semana e depois o padrão foi reformulado.

 

P.S.: Apesar de uma leva queda na audiência, Alcatraz manteve um consistente número de 9,03 milhões espectadores.

P.S.2: Jorge Garcia + selva + escotilha de metal = acho que já vi isso antes!


Gabriela Carvalho

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Big Love

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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