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Being Erica 3×09 – Gettin’ Wiggy Wit’ It

Por: em 19 de dezembro de 2010

Being Erica 3×09 – Gettin’ Wiggy Wit’ It

Por: em

Durante meus quatro anos de faculdade eu aprendi que a ética não é volátil. Ou você é ético ou você não é. Não existe meio termo. Neste episódio de Being Erica, que caminha para um final de temporada que promete ser interessante, Erica e Julianne são colocadas a prova sobre que tipo de profissionais elas são.

Enquanto acompanhava uma de suas colegas de terapia em uma viagem no tempo, Erica se encontrou (inesperadamente) com Seth em uma loja de perucas. Para sua surpresa, ele era casado, barbudo e vestia trajes judaicos. Obviamente que Erica ficou confusa, pois segundo relatos do próprio, ele havia passado parte de sua vida em uma sociedade alternativa. A partir desta descoberta, Erica parte para uma pesquisa mais detalhada sobre sua vida. Ao que tudo indicava, Seth estava mentindo sobre seu passado. Dito e feito, “The Purple Door”, se fosse lançado, seria uma farsa editorial.

São vários os conflitos que tal revelação proporcionou. Primeiro: O que fazer? A 50/50 não poderia publicar uma biografia falsa, ou talvez pudesse, talvez nunca ninguém descobrisse. Porém, onde fica a ética profissional nesse meio? Pior ainda, se a verdade viesse à tona, o que seria das duas em meio ao mercado editorial? Como ficaria a reputação da empresa? E a reputação delas como profissionais?

Fora isso, Erica e Dr. Tom se desentenderam (mais uma vez), pois ela não poderia utilizar a informação que conseguiu no regresso ao passado para tentar se beneficiar no presente. Mas convenhamos: Como que Erica poderia seguir em frente sabendo que Seth era um mentiroso? Seria impossível! O que o terapeuta lhe pediu não fazia sentido algum. É claro que Erica não ficaria quieta. Enquanto conversam, ela pede ao doutor para voltar ao passado e mudar o dia em que eles assinaram contrato para lançamento do livro. O pedido, como era de se esperar, foi recusado, pois não é para isso que serve a terapia.

Erica volta para a 50/50 Press sem saber o que fazer. Lançar o livro, ganhar muito dinheiro e enganar o público ou cancelar o lançamento, derrubar a imagem da editora frente aos concorrentes e falir. As duas já não tinham mais dinheiro, tudo fora investido em “The Purple Door”. E agora? Qualquer decisão seria ruim.

Enquanto isso, Dr. Tom resolve viajar ao passado em prol de Erica. Nesta viagem se encontra com Seth e o impede de assinar contrato com as garotas. Tudo muda depois disso. Erica e Julianne estão felizes e bem sucedidas no mercado. A River Rock, antiga editora das meninas, lançou “The Purple Dorr” e logo depois a farsa sobre o livro chegou à mídia e Brent foi demitido (essa parte até que foi boa). Tudo estava as mil maravilhas, até que Naadiah aparece para Erica e lhe conta que o Dr. Tom mudou seu passado sem o seu consentimento.

Erica vai ao terapeuta e os dois discutem. As intenções do Dr. Tom eram as melhores, mas ele não poderia ter feito isso sem consultá-la. Lembram-se da review passada quando falei sobre Dr. Tom considerar Erica como sua filha? São atitudes como esta que reforçam a idéia. Com certeza ele não faria isso por outro paciente, pois as regras impedem que isso aconteça. Mas por Erica vale à pena correr o risco. E depois de discutirem, Dr. Tom desfaz o seu erro e Erica retorna ao momento em que conversava com Julianne sobre o que fazer daqui para frente.

Fiquei muito orgulhoso com a resolução deste episódio. As duas pegaram o projeto do livro e o jogaram no triturador de papel. Erica e Julianne optam pelo caminho correto. As duas sabem que vão falir, mas nada compra a dignidade e a reputação que ambas têm lutado para conseguir. O caminho não será fácil, mas pelo menos poderão dormir em paz.

Enquanto isso, Sam e Lenin estão se pegando no hospital. Todas as vezes que vou ao hospital fico pensando no quanto os quartinhos são utilizados pelos médicos para transar. Pelo menos é esta a idéia que séries como Grey’s Anatomy nos transmitem. O casal café com leite é pego, ele é demitido (o lado mais fraco da corda sempre se dá mal) e os dois discutem quando ela tenta interceder por ele. Lenin é um tanto orgulhoso. O rapaz não gosta que tentem defendê-lo, pois desta forma ele se sente menor, mais frágil e mais pobre.

Judith, a amiga mais séria de Erica, está confusa sem saber se trai ou não o marido. Sinceramente, não entendo o motivo dos produtores trabalharem com esta personagem agora, quase no final da temporada. O drama dela é tão irrelevante que não vale a pena ser comentada. Aliás, estou gostando muito desta temporada, mas parte dos personagens coadjuvantes não está sendo bem aproveitada e parece que algumas histórias, como a de Judith, por exemplo, estão soltas demais dentro da história.

Anyway, no geral, um episódio maravilhoso. Mais uma vez Being Erica nos dá uma lição de moral.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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