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Desperate Housewives – 8×03 Watch While I Revise the World

Por: em 17 de outubro de 2011

Desperate Housewives – 8×03 Watch While I Revise the World

Por: em

De vez em quando, acontece de um episódio não ser ruim de todo, mas também não é bom o suficiente para chamar a sua atenção. Comigo, foi o caso de Watch While I Revise the World. Assisti há dois dias e tudo o que eu conseguia me lembrar foi a história da Susan e do Carlos, que foi bonitinha até o Mike inventar de estragar a amizade fofa com o ciúme dele.

Sei que estou sendo injusta porque não vou muito com a cara do Mike. Ele teve motivos reais para ficar desconfiado: estava na cara que a Susan tinha um segredo, ela estava saindo com o Carlos no meio da noite para conversar e, como todo bom casal em séries, um homem e uma mulher que começam a trocar mais do que amenidades vão acabar desenvolvendo sentimentos mais fortes, mesmo que ambos estejam em relacionamentos (em crise ou não).

E Desperate Housewives tem tantos personagens secundários bons que fica interessante desenvolver histórias envolvendo as donas de casa e estes coadjuvantes, ao invés de focar só nas protagonistas. O Carlos e o Tom são os meus favoritos (mesmo eu xingando todos os descendentes e familiares do Carlos quando ele demitiu a Lynette por ela estar grávida). Também estou achando legal o desenvolvimento da culpa no Carlos e na Susan, que parecem ser os únicos verdadeiramente conscientes do que fizeram.

Falando nos personagens secundários, gostei da trama do Lee com a Renée. Ela anda meio apagadinha nesta temporada, que decidiu voltar às origens e ela não é mais novidade, como foi na passada. Para uma mulher que mal conseguia suportar a presença de crianças quando chegou em Wisteria Lane, ter que lidar com a Jenny sozinha foi um baita passo para ela. Mesmo que seja algo tão simples como comprar sutiãs (pessoalmente, acho mais fácil comprar sutiã do que explicar a menstruação).

Tudo bem que a Renée tratou a Jenny como uma mini adulta, mas levantou uma questão interessante: o fato de crianças em desenvolvimento se sentirem mais confortáveis falando sobre certos assuntos com alguém do mesmo gênero. Ou essa é a primeira leitura que podemos ter do caso, que foi o que o Lee e a Renée concluíram após as compras. Mas eu acredito que seja mais o fato do Lee ser o pai dela e tem coisas que a gente não conta para os pais; prefere contar para as amigas. Até porque, se falarmos em um estereótipo de mãe, o Lee é mais “menina” do que a maioria das mulheres da série.

Enquanto isso, a Bree e a Gabriele querem descobrir o que o Chuck tem a ver com tudo isso. Não porque se sentem mal pelo que aconteceu, mas porque não querem serem pegas depois de terem feito algo não muito louvável. Todo mundo avisou que seria muito perigoso a Bree namorar um policial, as consequências vão bater na porta dela daqui a pouco.

Ainda não entendi direito o que o Chuck tem a ver com tudo isso, se ele vai se revelar um psicopata em alguns episódios, se vai colocar as mulheres na prisão depois de descobrir o que elas fizeram, se ele vai acobertar tudo e não abrir o bico. Pela reação dele no restaurante, ele não é um homem muito bom de se ter por perto. Vingativo, rancoroso, agressivo.

Desta vez, a Lynette não conseguiu captar a minha atenção (e ela é a minha dona de casa favorita). Começo a pensar que prefiro ela brigando com o Tom do que envolvida com a Lydia (Sarah Paulson, a Harriet Hayes de Studio 60 on the Sunset Strip) e o Rashi (Christopher Gartin, do filme Cisne Negro). Nem a briga das irmãs ajudou em algo.

Estou no lado da Lynette e acho que a Lydia foi até a casa da irmã esfregar a felicidade na cara dela – talvez não de forma consciente. E um grande exagero o Rashi ter ameaçado terminar o noivado após ver uma cena de briga familiar, estava na cara que tinha alguma coisa a mais ali. Ninguém é feliz o tempo todo só porque faz yoga, é vegetariano ou faz trabalho voluntário. Se o Rashi ia desistir de um relacionamento só porque uma briga familiar o fez lembrar do inferno que é a própria família… olha, não acho que ele esteja muito comprometido com o noivado. Você precisa conhecer a “face familiar” da pessoa com quem você vai casar.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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