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Glee – 4×04 The Break-Up

Por: em 5 de outubro de 2012

Glee – 4×04 The Break-Up

Por: em

Sou apaixonado por um drama, mesmo aqueles mais apelativos, românticos e chorosos. Gosto de declarações piegas, olhares distantes e músicas no piano. Ou seja, nem preciso que amei esse episódio, preciso?

Procuro evitar spoilers, mas não sou daqueles que morre de ódio quando alguém sem querer deixa escapar um detalhe que está por vir. Assim, fui cheio de expectativas para esse episódio, sem saber nada do que me aguardava. Porém, ao ver o título, logo imaginei que coisas ruins estavam na pauta, principalmente para casais apaixonados. Não imaginava, nem na mais forever alone das hipóteses, que teríamos quatro relacionamentos em crise.

Começando pelos protagonistas da série, Finn e Rachel. Confesso que a volta do soldado não soldado não me irritou tanto quanto imaginei que fosse irritar. Primeiro, acho que deveriam ter sim mostrado a reação dele logo após encontrar sua noiva sozinha com o menino com apenas 3% de gordura. Vamos convir que nem eu, nem você e nem a própria Rachel acreditamos que ele engoliu em seco aquele semi-flagrante. Não demorou para a roupa suja começar a ser lavada, e, de todos, acredito que este é o casal que tem mais chance de ficar junto. Finchel é daqueles casais que começam no episódio piloto da série, passam por vários percalços, mas sabemos que ele irão ficar juntos no final. Particularmente, espero um pouco mais de coragem de Glee, de desfazer esse casal e trabalhá-los separadamente, de forma que possam seguir em frente, tornando-se personagens bem mais interessantes do que quando estão como um casal.

Blaine nunca foi unânime, mas eu sempre gostei mais dele do que a maioria dos fãs. Acho que gosto de tudo que envolve o Kurt. Até o momento em que ele admite que traiu o namorado, ele me conquistou. Darren Cris e suas expressões exageradas dessa vez me agradaram. O ator deu show cantando Teenage Dream, conseguindo transmitir todas as emoções que o personagem estava sentindo. Aliás, pela primeira vez elogio a interpretação como um todo. Lea Michele e Chris Colfer, que desde sempre provam seu talento, juntam-se a outros atores, em The Break-Up, para demonstrar o amadurecimento do elenco. Naya Rivera também mostrou-se eficiente, mas dela eu falo daqui a pouco.

Voltando a Kurt e Blaine, eu me apaixonei por eles desde cedo e torço e acho que torcerei para sempre que eles fiquem juntos. São complementares. Eu já imaginava que Blaine poderia trair Kurt, mas ainda assim senti muito. Kurt tem sim parcela de culpa, mas muito pequena se comparada ao tamanha da burrada de Blaine. Infelizmente, acho que esse término é definitivo, ou ao menos será por um bom tempo. Eles já tinham algumas crises bem séries antes e vejo essa como a última. Uma pena.

Já Will, que fede e cheira mal para mim, vai mesmo viajar. Já estou contando os dias para ele dar o fora, e acho que Finn irá substituí-lo no comando do coral enquanto ele estiver em Washington. Sei que ele não vai abandonar a série, porque mesmo em seus melhores momentos Glee não conseguiu me deixar tão feliz, não seria agora que isso iria acontecer. Quem esculachou e deu aula de maturidade foi Emma. Ela mostrou que, antes de mais nada, tem atitude e merece coisa bem melhor que um senhor com crise de meia-idade.

Preciso manifestar minha felicidade de ver Santana de volta. Senti tanta falta dessa personagem que, incrivelmente, nas duas primeiras temporadas era totalmente descartável para mim. Brittana é tão lindo que chega a doer mais essa separação. Tenho um pressentimento que Brittany irá ter um affair com  Sam e vejo Naya Rivera cada vez mais longe do elenco, para tristeza da nação. Aliás, esse término foi o mais estranho de todos, e talvez o único quase injustificável. Blaine traiu Kurt, Rachel praticamente fez o mesmo que ele, mas nem Santana e nem Brittanny fizeram algo errado. Será a distância tão devastadora assim?

Essa sim deveria ser a palavra do episódio: distância. É ela, que é sim devastadora, que motivou todos esses rompimentos. Ficou muito claro, quando todos os envolvidos cantaram The Scientist, que o maior anseio daqueles apaixonados era voltar, ao começo. E isso não é possível, mesmo em Glee. E que bom que a série está passando uma mensagem mais madura. Nem tudo são flores, mesmo que viagens de avião pra lá e pra cá pareçam fácies, relacionamentos não tem tamanha solidez, não importa quantos check-in se faça ou se deixe de fazer.

O mais interessante de tudo é que voltei a me emocionar, a torcer por determinados personagens, vibrar pelas palavras ditas e pelas não ditas. Voltei a elogiar a série e ansiar pelos próximos episódios e conhecer os desfechos para tantas tramas. Glee voltou aos eixos, finalmente, e super chororô e meloso, apresentou um episódio como não apresentava faz (muito) tempo. Ouso dizer, que em questão de dramas românticos, este foi o melhor da série. Sempre soube que a série conseguiria se reerguer, afinal foi ela mesma que sempre me ensinou a não parar de acreditar.

p.s.: se no episódio passado as músicas foram ruins, nesse elas foram ótimas. Teenage Dreams e The Scientist foram sensacionais.  Give your heart a break e Mine foram igualmente excelentes.

p.s.²: só eu amei aqueles flashbacks do início da estória dos casais?

p.s.³: este post-scriptum pertence a você. Comente!


Micael Auler

Gaúcho que ama chimarrão e churrasco (tchê!) quase tanto quanto ama séries, filmes e livros. Para acompanhar, seja lá o que for, bebe: se não o chimarrão, café; ou então algo com um pouquinho de álcool.

Lajeado / RS

Série Favorita: The Good Wife

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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