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Lost – 6×11 Happily Ever After

Por: em 7 de abril de 2010

Lost – 6×11 Happily Ever After

Por: em

Isso é Lost!! Não importam quantos episódios medianos nos apresentem, se uma vez ou outra exibirem algo parecido com Happily Ever After. Emocionante, misterioso, recheado de informações sobre o fim do jogo. Antigos rostos conhecidos voltam a cena, juntando-se ao mega quebra cabeças que é a história de Lost, uma história sobre vidas, suas escolhas, seus destinos e suas redenções. Uma dessas vidas em particular, pode ser considera a mais interessante, aquela as quais as regras básicas não se aplicam, aquela que é destinada a salvar o mundo, a ser um herói.

Quando Desmond Hume nos foi apresentado, na premiere da 2ª temporada, eu não imaginava que ele serviria para alguma coisa. Apenas um homem louco e estranho que vivia na escotilha e fugiu quando os sobreviventes encontraram o local. Porém, o personagem foi crescendo, sua história foi se tornando importante e logo logo o jogo mostrou que Desmond era uma parte essencial da trama, e se não bastasse, foi por culpa dele que tivemos maravilhosos episódios como 2×23 Live Together, Die Alone, 3×08 Flashes Before Your Eyes e o inesquecível 4×05 The Constant.

Se até então os flashsideways não tinham muita importância, agora eu duvido alguém questionar. Como disse Damon Lindelof em seu twitter: esse episódio mudou tudo. Toda a forma de vermos e analisarmos essa tão falada nova fórmula de contar a história. Como Eloise Hawking disse, Desmond conseguiu o que mais queria: a aprovação de Widmore, mesmo que ainda sem Penny. Jack conseguiu ser um bom pai; Locke conseguiu estar com Helen e ter um bom relacionamento com o pai; Ben conseguiu o amor do pai; Sayid conseguiu ter Nadia em sua vida; Kate não matou o próprio pai; Jin e Sun conseguiram ser um casal feliz e Sawyer não é a pessoa ruim que um dia foi. Todos eles, na nova realidade, conseguiram ter uma vida diferente da que tinham na realidade original. Reparando certos erros, abrindo mão de certas regalias, mas ainda assim, diferentes. Porém, essa não é a vida que eles deveriam viver. Se o que aconteceu, aconteceu, cada uma dessas pessoas devem passar pelo que passaram, mesmo que tenha sido uma vida infeliz. Tudo é parte de um plano maior.

Agora, quem é que vai “ativar” essa nova realidade, eu não sei. Widmore, acabando com o homem de preto e resetando todas as vidas, ou o próprio mal encarnado, que após poder sair da ilha dá a chance aos sobreviventes de viverem tudo de novo, porém diferente? E por que, se tudo era para ser perfeito, os sobreviventes começam a ter flashes sobre suas outras vidas? São perguntas ainda sem respostas, mas que mal posso esperar para conhecê-las. Na verdade, após esse episódio, começo a pensar o seguinte: se Daniel Faraday, agora Widmore e pianista, (lembram que esse era o sonho dele quando criança? Tocar piano) disse que já detonou uma bomba nuclear, ( a bomba Jughead de hidrogênio) e que assim passou a viver uma vida que não deveria ser a dele, então essa nova realidade foi criada a partir do momento que Juliet a detonou, certo?

Foi ótimo ver Charlie novamente, e ainda mais vendo a importância que teve. O roqueiro, quando quase morreu no avião, começou a viver sua outra vida, tendo visto Claire e os dois juntos, assim como a ilha? Como assim, então se você morre em uma realidade você passa a viver a outra? Isso explicaria porque Juliet disse para Sawyer que a detonação da bomba havia funcionado quando morreu na ilha, sendo que assim, foi capaz de ver sua outra vida na nova realidade. Sério…isso é muito confuso!!

Daniel ainda mostrou que está apaixonado por Charlotte (uma ruiva de olhos azuis que trabalha num museu e estava comendo chocolate. Lembram que suas últimas palavras antes de morrer foram: “eu não deveria comer chocolate antes do jantar”?) E Charlie ainda mostrou para Desmond toda a verdade…fez, como disse, Des sentir. Outra ironia básica é que na ilha o brotha não pode salvar Charlie do afogamento, mas agora conseguiu, sendo capaz de visualizar a famosa mão com as palavras: Não é o barco da Penny. Mas mais misteriosa ainda, foi a aparição fenomenal da minha querida Eloise Hawking, agora também Widmore, que pareceu esta a par de toda a situação, mandando Desmond parar de procurar por Penny e esquecer essa história antes que seja tarde demais. Por que ela pode ser capaz de saber de tudo? Charles Widmore também sabe? Isso reforça mais ainda a ideia de que os flashsideways são resultados da detonação da bomba, pois Eloise sabia de todo o plano.

Ainda sobre os flashsideways, a cena entre Desmond e Penny foi sensacional…como é bom vê-la em Lost novamente, assim como Charlie ao invés de suas personagens em FlashForward. Ele conheceu Penny assim como conheceu Jack, no estádio. Agora ele quer encontrar os sobreviventes do voo 815 para contá-los a verdade, pois tudo indica que, quando Widmore fez o experimento eletromagnético com Des na ilha, ele viajou no tempo para essa nova realidade, assim como quando girou a chave de emergência da escotilha e viajou para 1996, onde conheceu Eloise. E assim que conheceu Penny e desmaiou, percebeu mesmo que a outra realidade existe, que conhece Sayid e agora quer ajudá-los a saber a verdade: essa vida, o novo 815, não é a vida que eles deveriam viver!!

Da ilha, de interessante mesmo foi só a reafirmação de que Desmond é importante e que as regras não se aplicam a ele, pois foi capaz de sobreviver a sua segunda descarga eletromagnética. Só não entendi porque ele foi com Sayid logo após de concordar em ajudar Widmore. Ele deveria ter ficado com o sogro, pois aposto que o homem de preto vai querer acabar com o Des caso ele seja a peça chave da destruição da fumaça. E no mais, foi legal ver mais um coelho desempenhando um papel na série, o que já recorrente.

Enfim, Lost está no caminho certo para sua temporada final e cada episódio agora promete demais. Semana que vem temos Hurley no centro de Everybody Loves Hugo, com dois convidados especiais


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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